Bem-estar subjetivo infantil e relações interpessoais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Bibiana Ramos dos
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/163937
Resumo: Esta tese investigou a relação entre o bem-estar subjetivo infantil e as relações interpessoais das crianças, através de quatro estudos: um teórico, dois quantitativos e um qualitativo. O primeiro verificou a identificação da contribuição das relações interpessoais para o bem-estar subjetivo infantil na literatura selecionada. Foram identificados nas bases de dados SciELO, Web of Science; MEDLINE/Pubmed, PsycINFO, LILACS e PROQUEST, 142 artigos, sendo analisados sistematicamente 26 artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Os resultados apontam que as relações interpessoais contribuem positivamente para o bem-estar subjetivo infantil, tendo sido estudadas principalmente as relações com a família, amigos e na escola. O segundo estudo e o terceiro estudos foram realizados com 2.280 crianças com idades entre 9 e 12 anos (55,5% meninas), sendo aplicados os instrumentos Student Life Satisfaction Scale (SLSS), Personal Wellbeing Index School-Children (PWI-SC), e 19 itens de satisfação com as relações com a família, amigos e no ambiente escolar. O segundo estudo teve como objetivo verificar fatores subjacentes entre o bem-estar subjetivo e a satisfação das crianças com suas relações interpessoais com a família, amigos e no ambiente escolar. Foram realizadas análises descritivas e de consistência interna, análise de componentes principais e de regressão múltipla. Os resultados apontam que os itens de relações interpessoais se agrupam em três componentes relacionados a família, escola e amigos, e que as relações estudadas podem ser consideradas preditoras do bem-estar infantil. O terceiro estudo buscou associar a satisfação das crianças com suas relações interpessoais com família, amigos e na escola, e sua satisfação com seu bem-estar subjetivo, considerando as variáveis idade, gênero, tipo de escola e cidade. Foram realizadas análises descritivas e análises multivariadas de variância (MANOVA). Os resultados apontam que não há diferença na satisfação com as relações interpessoais por idade, sendo as crianças do interior as mais satisfeitas. Alunos de escolas particulares são mais satisfeitos com suas relações com a família e na escola, enquanto os de escolas públicas são mais satisfeitos com suas relações e amizade. As meninas são mais satisfeitas com suas relações na escola e com amigos. O bem-estar apresenta redução com o aumento da idade, e os meninos obtiveram médias de bem-estar significativamente mais altas que as meninas. As crianças que apresentam maiores médias de bem-estar são as que vivem no interior e estudam em escolas públicas, e as que vivem na capital e estudam em escolas particulares. O quarto estudo foi realizado com 103 crianças com idades entre 8 e 12 anos de escolas públicas e privadas de Porto Alegre e Santa Maria, e objetiva conhecer as percepções das crianças sobre seu bem-estar e suas relações interpessoais. Foram realizados 10 grupos focais, analisados com Análise de Conteúdo. Os resultados apontam 4 subcategorias relativas a características das relações, que foram agrupadas em 3 categorias maiores: Família, Amigos e Outras relações. O trabalho contribui para a compreensão da perspectiva infantil sobre as relações interpessoais e bem-estar subjetivo, discutindo e esclarecendo aspectos que permitem a elaboração de intervenções e políticas públicas mais efetivas para aumento do bem-estar e melhoria da qualidade das relações interpessoais das crianças.
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O segundo estudo e o terceiro estudos foram realizados com 2.280 crianças com idades entre 9 e 12 anos (55,5% meninas), sendo aplicados os instrumentos Student Life Satisfaction Scale (SLSS), Personal Wellbeing Index School-Children (PWI-SC), e 19 itens de satisfação com as relações com a família, amigos e no ambiente escolar. O segundo estudo teve como objetivo verificar fatores subjacentes entre o bem-estar subjetivo e a satisfação das crianças com suas relações interpessoais com a família, amigos e no ambiente escolar. Foram realizadas análises descritivas e de consistência interna, análise de componentes principais e de regressão múltipla. Os resultados apontam que os itens de relações interpessoais se agrupam em três componentes relacionados a família, escola e amigos, e que as relações estudadas podem ser consideradas preditoras do bem-estar infantil. O terceiro estudo buscou associar a satisfação das crianças com suas relações interpessoais com família, amigos e na escola, e sua satisfação com seu bem-estar subjetivo, considerando as variáveis idade, gênero, tipo de escola e cidade. Foram realizadas análises descritivas e análises multivariadas de variância (MANOVA). Os resultados apontam que não há diferença na satisfação com as relações interpessoais por idade, sendo as crianças do interior as mais satisfeitas. Alunos de escolas particulares são mais satisfeitos com suas relações com a família e na escola, enquanto os de escolas públicas são mais satisfeitos com suas relações e amizade. As meninas são mais satisfeitas com suas relações na escola e com amigos. O bem-estar apresenta redução com o aumento da idade, e os meninos obtiveram médias de bem-estar significativamente mais altas que as meninas. As crianças que apresentam maiores médias de bem-estar são as que vivem no interior e estudam em escolas públicas, e as que vivem na capital e estudam em escolas particulares. O quarto estudo foi realizado com 103 crianças com idades entre 8 e 12 anos de escolas públicas e privadas de Porto Alegre e Santa Maria, e objetiva conhecer as percepções das crianças sobre seu bem-estar e suas relações interpessoais. Foram realizados 10 grupos focais, analisados com Análise de Conteúdo. Os resultados apontam 4 subcategorias relativas a características das relações, que foram agrupadas em 3 categorias maiores: Família, Amigos e Outras relações. O trabalho contribui para a compreensão da perspectiva infantil sobre as relações interpessoais e bem-estar subjetivo, discutindo e esclarecendo aspectos que permitem a elaboração de intervenções e políticas públicas mais efetivas para aumento do bem-estar e melhoria da qualidade das relações interpessoais das crianças.This thesis investigated the relationship between child subjective well-being and children interpersonal relationships, through four studies: a theoretical, two quantitative and one qualitative. The first study verified the identification of the contribution of interpersonal relationships to child subjective well-being in the selected literature. There were identified in databases SciELO, Web of Science; MEDLINE/Pubmed, PsycINFO, LILACS e PROQUEST, 142 articles, being systematically analysed 26 articles that attended to inclusion criteria. The results point that interpersonal relationships contribute positively to child subjective well-being, being studied mainly the relationships with family, friends and at school. The second and the third studies were realized with 2.280 children aged between 9 and 12 years old (55,5% girls), being apllied the instruments Student Life Satisfaction Scale (SLSS), Personal Wellbeing Index School-Children (PWI-SC),and 19 items of satisfaction with family, friends and at school environment. The second study had as objective at verifying subjacent factors between subjective well-being and children’s satisfaction with their interpersonal relationships with family, friends and at school environment. Descriptive analyzes and internal consistency, principal component analysis and multiple regression were performed.The results point that the items of interpersonal relationships grouped in three components related to the family, school and friends, and that the relationships studied can be consider predictors of subjective well-being. The third study sought associate the children satisfaction with their interpersonal relationships with family, friends and school, and their satisfaction with their subjective well-being, considering variables age, gender, school type and city. Descriptive analysis and multivariate analysis of variance (MANOVA) were performed.The results point that there is no difference between the satisfaction’s means with the interpersonal relationships by age, and that children living at country towns are more satisfied with their interpersonal relationships. Children who study at private schools are more satisfied with their relationships with family and at school environment, while students from public schools are more satisfied with their friendships; and girls are more satisfied with their relationships at school environment and with friends. The subjective well-being presented reduction with age increased, and boys had subjective well-being means significantly higher than girls did. The children who presented higher subjective well-being means are those who live in country towns and study at public schools, and the ones who live at the capital and study at private schools. The fourth study were realized with 103 children aged between 8 and 12 years old, from public and private schools of Porto Alegre and Santa Maria, and aim to know the perceptions of children about their well-being and their interpersonal relationships. Were performed 10 focus groups, analysed with content analysis. The results of this study reveal 4 subcategories related to relationships characteristics’, that were grouped in 3 major categories: Family, Friends and Other Relationships. The work contributes to the understanding of child perspective about interpersonal relationships, discussing and clarifying aspects that allow the development of more effective interventions and public policies to increase well-being and improving the quality of children interpersonal relationships.application/pdfporBem-estar subjetivoCriançaRelações interpessoaisRelações familiaresChild subjective well-beingInterpersonal relationshipsPersonal relationshipsChildFamilyFriendshipsSchoolBem-estar subjetivo infantil e relações interpessoaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaPorto Alegre, BR-RS2016doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001025673.pdf001025673.pdfTexto completoapplication/pdf2645789http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163937/1/001025673.pdffae0fa4b7480faacd3c46416b2db2fc9MD51TEXT001025673.pdf.txt001025673.pdf.txtExtracted Texttext/plain347783http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163937/2/001025673.pdf.txtb077abb725ff7c8e601cf636c28d5cbdMD52THUMBNAIL001025673.pdf.jpg001025673.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg911http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/163937/3/001025673.pdf.jpg37e25e0549cc53917d49628af5c89253MD5310183/1639372018-10-05 07:46:49.034oai:www.lume.ufrgs.br:10183/163937Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-05T10:46:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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