A República Popular Democrática da Coreia: mudanças político-econômicas e a nova ordem regional (2011-2021)

• Autor(a) principal: Geiger, Luana Margarete
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/254829
• topic: Diplomacia; Ciência política; Coréia do Norte; North Korea; Northeast Asia; Byungjin; Summit Diplomacy

O presente trabalho analisa as mudanças político-econômicas estabelecidas pelo governo Kim Jong Un na Coreia do Norte, diante da nova correlação de forças, inerente ao processo de transição do ordenamento internacional, e os seus impactos sobre as dinâmicas geopolíticas e geoeconômicas do Nordeste Asiático. Concentrando-se principalmente na primeira década de governo do terceiro líder norte-coreano (2011-2021), o estudo analisa a forma com que a política Byungjin representa um ajuste na estratégia nacional do país que, ao anunciar o desenvolvimento paralelo do elemento de dissuasão nuclear e da modernização econômica, visou a criar condições para, no longo prazo, articular a inserção internacional da Coreia do Norte. A pesquisa parte de uma fundamentação político-econômica histórica do Nordeste da Ásia, destacando as origens da lógica própria com que operam as relações entre os Estados regionais, os principais processos estruturantes da sua geografia econômica, bem como as dinâmicas de poder em meio à reestruturação da ordem internacional e a nova configuração geopolítica do Nordeste Asiático no pós-Guerra Fria. No contexto da ascensão asiática como eixo dinâmico da economia global, interpreta-se o novo perfil de inserção externa da Coreia do Norte, principalmente a virada diplomática de 2018, por meio da interação com os principais atores do Nordeste Asiático: Coreia do Sul, China, Estados Unidos, Japão e Rússia. Permeiam o trabalho concepções teórico-conceituais sobre as relações internacionais do continente asiático, a geopolítica, a geoeconomia e o impacto dos processos revolucionários no sistema internacional. A tese que se propõe é que as dinâmicas regionais são redimensionadas pelas mudanças político-econômicas inauguradas pelo governo Kim Jong Un, pois, ao dotarem a Coreia do Norte de uma nova condição geopolítica, geram ajustes ao perfil de sua atuação externa, impactando as complexas relações regionais.