Estudos taxonômicos em espécies de Ramalina Ach. (Ascomycota liquenizados, Ramalinaceae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gumboski, Emerson Luiz
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/183720
Resumo: O gênero Ramalina Ach. possui cerca de 250 espécies aceitas e está distribuído por todo o mundo. Desde a circunscrição inicial do gênero em 1809, aceitava-se que boa parte das espécies possuía distintos graus de plasticidade morfológica e até química, resultando em centenas de nomes na literatura e certa confusão a respeito da sistemática do mesmo. Estudos recentes revelaram uma diversidade oculta para o grupo e que, possivelmente, algumas características estavam sendo negligenciadas. Com o objetivo de contribuir para o entendimento da sistemática de Ramalina, o presente estudo utilizou-se de análises morfológicas, anatômicas, químicas e moleculares. No total foram examinados 2415 espécimes de Ramalina, dos quais 332 representam espécimes tipo. Foram geradas 278 novas sequências relativas a 24 espécies, sendo 195 sequências de ITS, 59 de IGS e 24 de rpb2. O estudo identificou 27 espécies distribuídas por doze estados brasileiros e em diversos ambientes, tais como restingas, mata de araucária, campos de altitude, Cerrado e Caatinga. Duas espécies são novas para a ciência. Ramalina anceps foi cofirmada como espécie distinta de R. usnea. A espécie R. subfraxinea foi excluída da micota brasileira. Foram registradas 33 novas ocorrências em vários Estados brasileiros, o que amplia consideravelmente a distribuição das espécies no país. A importância de ter descrições detalhadas sobre a morfologia e anatomia foi comprovada através dos estudos tendo respaldo das análises moleculares. O presente estudo contribui muito para o conhecimento a cerca dos problemas taxonômicos e sistemáticos das espécies de Ramalina, não apenas em nível nacional, mas mundial. Sobe para 38 o número de espécies de Ramalina conhecidas para o Brasil. A Região Sul teve substancial ganho no conhecimento a respeito das espécies presentes, bem como parte da Região Sudeste e Nordeste. As Regiões Centro-Oeste e Norte ainda carecem de coleções suficientes mesmo em herbários nacionais. Descrições, comentários, ilustrações e chaves de identificação são apresentadas.
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spelling Gumboski, Emerson LuizSilveira, Rosa Mara Borges daEliasaro, Sionara2018-10-20T03:15:46Z2016http://hdl.handle.net/10183/183720001005439O gênero Ramalina Ach. possui cerca de 250 espécies aceitas e está distribuído por todo o mundo. Desde a circunscrição inicial do gênero em 1809, aceitava-se que boa parte das espécies possuía distintos graus de plasticidade morfológica e até química, resultando em centenas de nomes na literatura e certa confusão a respeito da sistemática do mesmo. Estudos recentes revelaram uma diversidade oculta para o grupo e que, possivelmente, algumas características estavam sendo negligenciadas. Com o objetivo de contribuir para o entendimento da sistemática de Ramalina, o presente estudo utilizou-se de análises morfológicas, anatômicas, químicas e moleculares. No total foram examinados 2415 espécimes de Ramalina, dos quais 332 representam espécimes tipo. Foram geradas 278 novas sequências relativas a 24 espécies, sendo 195 sequências de ITS, 59 de IGS e 24 de rpb2. O estudo identificou 27 espécies distribuídas por doze estados brasileiros e em diversos ambientes, tais como restingas, mata de araucária, campos de altitude, Cerrado e Caatinga. Duas espécies são novas para a ciência. Ramalina anceps foi cofirmada como espécie distinta de R. usnea. A espécie R. subfraxinea foi excluída da micota brasileira. Foram registradas 33 novas ocorrências em vários Estados brasileiros, o que amplia consideravelmente a distribuição das espécies no país. A importância de ter descrições detalhadas sobre a morfologia e anatomia foi comprovada através dos estudos tendo respaldo das análises moleculares. O presente estudo contribui muito para o conhecimento a cerca dos problemas taxonômicos e sistemáticos das espécies de Ramalina, não apenas em nível nacional, mas mundial. Sobe para 38 o número de espécies de Ramalina conhecidas para o Brasil. A Região Sul teve substancial ganho no conhecimento a respeito das espécies presentes, bem como parte da Região Sudeste e Nordeste. As Regiões Centro-Oeste e Norte ainda carecem de coleções suficientes mesmo em herbários nacionais. Descrições, comentários, ilustrações e chaves de identificação são apresentadas.Ramalina Ach. has ca. 250 species accepted and is distributed worldwide. Since the initial division of the genus in 1809, it was accepted that many of the species had different degrees of morphological and even chemical plasticity, resulting in hundreds of names in literature and some confusion about the systematic of the group. Recent studies have revealed a hidden diversity to the group and possibly some characteristics were being neglected. In aim to contribute to the understanding of systematic of Ramalina, this study used morphological, anatomical, chemical and molecular analyzes. 2415 specimens of Ramalina were examined, of which 332 represent type specimens. 278 new sequences related to 24 species were generated: 195 sequences of ITS, 59 of IGS and 24 of rpb2. The study identified 27 species distributed on twelve Brazilian states and in different environments, such as coastal vegetation, Araucaria forest, high altitude grasslands, savannah and Caatinga vegetation. Two species are new to science. Ramalina anceps was confirmed as a distinct species of R. usnea. The species R. subfraxinea was excluded from the Brazilian mycota. Thirty three new records were found in some Brazilian states, which considerably expand the distribution of species in the country. The importance of having detailed descriptions of morphology and anatomy has been proven through the studies and supported by the molecular analysis. This study contributes to the knowledge about the taxonomic and systematic problems of the species of Ramalina, not only nationally, but worldwide. The number of Ramalina species known to Brazil increases to 38. The South region had substantial gain to the knowledge about the species present, and part of the Southeast and Northeast regions. The North and Midwest regions still lack of sufficient collections even in national herbaria. Descriptions, comments, illustrations and identification keys are given.application/pdfporTaxonomia vegetalFungosFruticose thallusTaxonomySpecies circumscriptionMolecular analysisLichenized fungiEstudos taxonômicos em espécies de Ramalina Ach. (Ascomycota liquenizados, Ramalinaceae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPrograma de Pós-Graduação em BotânicaPorto Alegre, BR-RS2016doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001005439.pdfTexto completoapplication/pdf9038245http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183720/1/001005439.pdfcf88047716a8ba4baf49a5a3fc61b737MD51TEXT001005439.pdf.txt001005439.pdf.txtExtracted Texttext/plain327138http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183720/2/001005439.pdf.txtf5f25a49c29dc5374f71475922200379MD52THUMBNAIL001005439.pdf.jpg001005439.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1014http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183720/3/001005439.pdf.jpg21d43be4bcb55f733599c6b92ac283a2MD5310183/1837202022-06-26 04:47:29.985912oai:www.lume.ufrgs.br:10183/183720Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-06-26T07:47:29Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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