Sinovite por ultrassonografia como preditora de falha de redução de tratamento em pacientes com artrite reumatoide

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Massignan, Ângela
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/188954
Resumo: Base teórica: A ultrassonografia é mais sensível do que o exame físico na detecção de sinovite. Na artrite reumatoide em remissão, a redução de dose ou mesmo a suspensão de medicamentos tem sido recomendada pela possibilidade de minimizar riscos e custos. Objetivos: Estimar os pontos de corte dos índices globais de sinovite ultrassonográfica por escala de cinza (EC) e por power Doppler (PD) na predição de recidiva em 6 a 8 meses de pacientes com AR em remissão ou em baixa atividade de doença, após a redução de tratamento. Métodos: Estudo prospectivo longitudinal com 6 a 8 meses de seguimento. Foram realizadas avaliações clínica e ultrassonográfica no momento da decisão da redução e em duas visitas, com intervalos entre 3 a 4 meses, após a redução de dose de um medicamento modificador do curso de doença (MMCD). Em cada visita, um índice clínico de atividade de doença (DAS28 ou CDAI) e dois índices globais de sinovite ultrassonográfica (escala de cinza e power Doppler) foram registrados. A falha na redução de tratamento foi definida como: DAS28 > 3,2; CDAI > 10; necessidade de aumentar a dose, recomeçar ou iniciar o uso de MMCD ou corticoide. Nos casos em que houve recidiva da doença, a dose anterior do mesmo MMCD foi reinstituida, seguindo-se a estratégia de tratamento por meta. A sensibilidade, a especificidade e os valores preditivos positivo e negativo da sinovite ultrassonográfica foram calculados, considerando-se o ponto de corte estabelecido pela curva ROC. Resultados: 33 pacientes consecutivos foram incluídos (29 mulheres; 4 homens). 8 pacientes falharam na redução de dose de MMCD. Usando o ponto de corte determinado pela curva ROC, os pacientes com sinovite por power Doppler ≥ 1 na primeira avalição tiveram chance significativamente maior de falhar do que aqueles sem atividade ao PD. Considerando-se o ponto de corte da sinovite por PD, a área sob a curva foi de 0,71 (IC 95%: 0,49-0,93), com sensibilidade de 62,5%, especificidade de 80%, valor preditivo positivo de 50% e valor preditivo negativo de 86,9%. A sinovite detectada por escala de cinza não foi um fator preditor de falha na nossa amostra. Ter pelo menos uma articulação com sinovite por PD resultou em um risco relativo de 3,14 (IC 95%: 1,03-9,60) para falha de redução de MMCD no modelo multivariado de Poisson. Conclusões: Sinovite por PD pode ser uma ferramenta útil para identificar pacientes com AR em risco de falha após reduzir MMCD.
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