Efeito da suplementação de vitamina D no envolvimento muscular em modelo experimental de lúpus eritematoso sistêmico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Manuela dos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/213286
Resumo: Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune sistêmica, de etiologia multifatorial. Dentre as alterações musculoesqueléticas, observa-se com frequência mialgias e miosite, o que causa perda de força muscular nos pacientes. Neste contexto, a suplementação de vitamina D demonstra ter efeitos benéficos na morfologia e função muscular. Objetivos: Descrever as alterações histológicas e moleculares do músculo gastrocnêmio sem e com suplementação de vitamina D em modelo de lúpus induzido por pristane. Metodologia: 28 camundongos Balb/c fêmeas de 8-12 semanas de vida foram randomizados em três grupos, sendo eles: LES (doente; n=10), LES + vitamina D (tratado; n=10) e controle (n=8). O modelo experimental de LES foi induzido, através de injeção intraperitoneal de 500μl de pristane. O grupo tratado recebeu vitamina D por via subcutânea, na concentração de 2μg/kg, em dias alternados. O tratamento iniciou após a indução da doença, e permaneceu até o final do período experimental de 180 dias. Os testes físicos de força (levantamento de peso), locomoção espontânea e fadiga (teste em esteira) foram realizados nos tempo 0, 60, 120 e 180 dias. Após eutanásia, o músculo tibial anterior foi utilizado para avaliação da área da miofibra e o músculo gastrocnêmio para análise da expressão proteica de marcadores de regeneração (myod, miogenina), síntese (AKT) e degradação (murf, miostatina, P62, LC3) muscular, através da técnica de Western blot. Resultados: O grupo PIL mostrou uma redução significativa na área de miofibra em comparação aos grupos CO e VD (10%). A expressão de LC3 foi significativamente maior no grupo PIL do que nos grupos CO e VD. A expressão de miostatina foi maior no grupo VD em comparação ao grupo PIL. A expressão de Myod foi maior no grupo PIL do que no grupo VD. Não encontramos diferença estatística entre os grupos para a expressão de p62, miogenina e Akt (p> 0,05). Os grupos PIL e VD apresentaram maiores taxas de fadiga e menor força muscular em comparação ao grupo CO ao longo do tempo. Conclusão: Nesse modelo de lúpus induzido por pristane, observou-se leve atrofia muscular (10%), sem impacto importante na função física. O aumento de LC3, biomarcador de autofagia, indica potencial participação desse processo no desenvolvimento da atrofia, o qual foi atenuado com a suplementação de vitamina D. Mais estudos sobre o efeito da Vitamina D no processo de autofagia são necessários.
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spelling Santos, Manuela dosXavier, Ricardo Machado2020-09-02T03:39:08Z2019http://hdl.handle.net/10183/213286001114087Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune sistêmica, de etiologia multifatorial. Dentre as alterações musculoesqueléticas, observa-se com frequência mialgias e miosite, o que causa perda de força muscular nos pacientes. Neste contexto, a suplementação de vitamina D demonstra ter efeitos benéficos na morfologia e função muscular. Objetivos: Descrever as alterações histológicas e moleculares do músculo gastrocnêmio sem e com suplementação de vitamina D em modelo de lúpus induzido por pristane. Metodologia: 28 camundongos Balb/c fêmeas de 8-12 semanas de vida foram randomizados em três grupos, sendo eles: LES (doente; n=10), LES + vitamina D (tratado; n=10) e controle (n=8). O modelo experimental de LES foi induzido, através de injeção intraperitoneal de 500μl de pristane. O grupo tratado recebeu vitamina D por via subcutânea, na concentração de 2μg/kg, em dias alternados. O tratamento iniciou após a indução da doença, e permaneceu até o final do período experimental de 180 dias. Os testes físicos de força (levantamento de peso), locomoção espontânea e fadiga (teste em esteira) foram realizados nos tempo 0, 60, 120 e 180 dias. Após eutanásia, o músculo tibial anterior foi utilizado para avaliação da área da miofibra e o músculo gastrocnêmio para análise da expressão proteica de marcadores de regeneração (myod, miogenina), síntese (AKT) e degradação (murf, miostatina, P62, LC3) muscular, através da técnica de Western blot. Resultados: O grupo PIL mostrou uma redução significativa na área de miofibra em comparação aos grupos CO e VD (10%). A expressão de LC3 foi significativamente maior no grupo PIL do que nos grupos CO e VD. A expressão de miostatina foi maior no grupo VD em comparação ao grupo PIL. A expressão de Myod foi maior no grupo PIL do que no grupo VD. Não encontramos diferença estatística entre os grupos para a expressão de p62, miogenina e Akt (p> 0,05). Os grupos PIL e VD apresentaram maiores taxas de fadiga e menor força muscular em comparação ao grupo CO ao longo do tempo. Conclusão: Nesse modelo de lúpus induzido por pristane, observou-se leve atrofia muscular (10%), sem impacto importante na função física. O aumento de LC3, biomarcador de autofagia, indica potencial participação desse processo no desenvolvimento da atrofia, o qual foi atenuado com a suplementação de vitamina D. Mais estudos sobre o efeito da Vitamina D no processo de autofagia são necessários.Introduction: Systemic lupus erythematosus (SLE) is a systemic autoimmune disease of multifactorial etiology. Among musculoskeletal disorders, myalgia and myositis are frequently observed, which causes loss of muscle strength in patients. In this context, vitamin D supplementation has been shown to have beneficial effects on muscle morphology and function. Objectives: To describe the histological and molecular changes of gastrocnemius muscle without and with vitamin D supplementation in a pristane-induced lupus model. Methodology: 28 8-12 week old female Balb / c mice were randomized into three groups: SLE (sick; n = 10), SLE + vitamin D (treated; n = 10) and control (n = 8). ). The experimental model of SLE was induced by intraperitoneal injection of 500μl of pristane. The treated group received vitamin D subcutaneously at a concentration of 2μg / kg every other day. Treatment began after disease induction and continued until the end of the 180-day experimental period. Physical tests of strength (weightlifting), spontaneous locomotion and fatigue (treadmill test) were performed at time 0, 60, 120 and 180 days. After euthanasia, the anterior tibial muscle was used to evaluate the myofiber area and the gastrocnemius muscle to analyze the protein expression of muscle regeneration (myod, myogenin), synthesis (AKT) and muscle degradation (murf, myostatin, P62, LC3) markers. by Western blot technique. Results: The PIL group showed a significant reduction in myofiber area compared to the CO and VD groups (10%). LC3 expression was significantly higher in the PIL group than in the CO and VD groups. Myostatin expression was higher in the VD group compared to the PIL group. Myod expression was higher in the PIL group than in the VD group. We did not find statistical difference among the groups for p62, myogenin and Akt expression (p>0.05). The PIL and VD groups presented higher fatigue and lower muscle strength rates compared to the CO group over time. Conclusion: In this pristane-induced lupus model, mild muscle atrophy (10%) was observed, with no significant impact on physical function. The increase in autophagy biomarker LC3 indicates potential participation of this process in the development of atrophy, which was attenuated with vitamin D supplementation. Further studies on the effect of Vitamin D on the autophagy process are needed.application/pdfporAtrofia muscularLupus eritematoso sistêmicoAutofagiaMúsculo esqueléticoModelos animaisVitamina DImunossupressoresMuscle atrophyLupusPristane-induced lupusVitamin DEfeito da suplementação de vitamina D no envolvimento muscular em modelo experimental de lúpus eritematoso sistêmicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001114087.pdf.txt001114087.pdf.txtExtracted Texttext/plain122885http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/213286/2/001114087.pdf.txtd4815644445de2fb329ed25b53ec2509MD52ORIGINAL001114087.pdfTexto completoapplication/pdf821662http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/213286/1/001114087.pdfe30f7ec322dcb7bc028cd18af4df8b98MD5110183/2132862022-12-16 05:50:24.5735oai:www.lume.ufrgs.br:10183/213286Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-12-16T07:50:24Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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