Prematuros com muito baixo peso : fatores de risco para readmissão hospitalar no primeiro ano de vida
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/276465 |
Resumo: | Introdução: A prematuridade é uma causa importante de morbidade e de mortalidade na infância. Nos últimos anos, a assistência em saúde materno-infantil, por meio de novas tecnologias, proporcionou o aumento da sobrevida dos recém-nascidos prematuros. Entretanto, as complicações da prematuridade persistem e a morbidade nesse grupo é significativa, principalmente nos nascidos com muito baixo peso, o que contribui para o aumento das readmissões hospitalares no primeiro ano de vida. Objetivos: Avaliar a incidência das readmissões hospitalares nos prematuros com muito baixo peso no primeiro ano de vida e determinar a relação dessa incidência com os fatores preditores, em uma amostra de pacientes de hospital universitário do interior do sul do Brasil. Métodos: Estudo observacional retrospectivo aninhado em uma coorte. Incluiu-se recém-nascidos prematuros com peso de nascimento igual ou inferior a 1.500g, egressos da UTI neonatal, entre 2014 e 2020, e que realizaram acompanhamento no ambulatório de seguimento. Excluiu-se recém-nascidos com malformações congênitas complexas e as síndromes genéticas letais. Os dados foram coletados da coorte dos pacientes da UTI neonatal e da coorte dos prematuros com muito baixo peso que são acompanhados no ambulatório de seguimento de prematuros. A coleta foi complementada com busca de dados no prontuário eletrônico do hospital e nos prontuários manuais do ambulatório. Regressão logística univariada foi utilizada para calcular o odds ratio (OR) e os intervalos de confiança de 95% (IC 95%) para a associação entre variáveis de interesse e o desfecho (reinternação no primeiro ano de vida). O programa utilizado para análise estatística foi o software R para Windows versão 4.3.1. O nível de significância estatística adotado foi de p<0,05. Resultados: 223 pacientes foram avaliados, tendo uma taxa de reinternação de 31,8% (27,5 – 38,0). Destaca-se o menor número de consultas no pré-natal (p= 0,02), a maior ocorrência de hemorragia periventricular (p<0,01) de paralisia cerebral (p<0,01), de epilepsia (p= 0,03), o maior tempo de ventilação mecânica no período neonatal (p<0,01), e ser lactente sibilante (p<0,01) no grupo com readmissões hospitalares em comparação aos indivíduos que não internaram. A paralisia cerebral e a sibilância recorrente aumentaram a chance de reinternação em 3,57 (1,01 – 13,58) e 2,28 (1,05 – 5,03) vezes, respectivamente. Cada dia de ventilação mecânica na UTIN aumentou em 1,05 vezes (1,01 – 1,09) a chance de readmissão no primeiro ano de vida. Conclusões: Considera-se paralisia cerebral, a sibilância recorrente e o uso de ventilação mecânica no período neonatal fatores preditores para readmissão hospitalar nos recém-nascidos prematuros no primeiro ano de vida. |
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Jacobs, Ana Paula MartinezCarvalho, Clarissa GutierrezSouza, Vandréa Carla de2024-07-19T06:20:45Z2023http://hdl.handle.net/10183/276465001206430Introdução: A prematuridade é uma causa importante de morbidade e de mortalidade na infância. Nos últimos anos, a assistência em saúde materno-infantil, por meio de novas tecnologias, proporcionou o aumento da sobrevida dos recém-nascidos prematuros. Entretanto, as complicações da prematuridade persistem e a morbidade nesse grupo é significativa, principalmente nos nascidos com muito baixo peso, o que contribui para o aumento das readmissões hospitalares no primeiro ano de vida. Objetivos: Avaliar a incidência das readmissões hospitalares nos prematuros com muito baixo peso no primeiro ano de vida e determinar a relação dessa incidência com os fatores preditores, em uma amostra de pacientes de hospital universitário do interior do sul do Brasil. Métodos: Estudo observacional retrospectivo aninhado em uma coorte. Incluiu-se recém-nascidos prematuros com peso de nascimento igual ou inferior a 1.500g, egressos da UTI neonatal, entre 2014 e 2020, e que realizaram acompanhamento no ambulatório de seguimento. Excluiu-se recém-nascidos com malformações congênitas complexas e as síndromes genéticas letais. Os dados foram coletados da coorte dos pacientes da UTI neonatal e da coorte dos prematuros com muito baixo peso que são acompanhados no ambulatório de seguimento de prematuros. A coleta foi complementada com busca de dados no prontuário eletrônico do hospital e nos prontuários manuais do ambulatório. Regressão logística univariada foi utilizada para calcular o odds ratio (OR) e os intervalos de confiança de 95% (IC 95%) para a associação entre variáveis de interesse e o desfecho (reinternação no primeiro ano de vida). O programa utilizado para análise estatística foi o software R para Windows versão 4.3.1. O nível de significância estatística adotado foi de p<0,05. Resultados: 223 pacientes foram avaliados, tendo uma taxa de reinternação de 31,8% (27,5 – 38,0). Destaca-se o menor número de consultas no pré-natal (p= 0,02), a maior ocorrência de hemorragia periventricular (p<0,01) de paralisia cerebral (p<0,01), de epilepsia (p= 0,03), o maior tempo de ventilação mecânica no período neonatal (p<0,01), e ser lactente sibilante (p<0,01) no grupo com readmissões hospitalares em comparação aos indivíduos que não internaram. A paralisia cerebral e a sibilância recorrente aumentaram a chance de reinternação em 3,57 (1,01 – 13,58) e 2,28 (1,05 – 5,03) vezes, respectivamente. Cada dia de ventilação mecânica na UTIN aumentou em 1,05 vezes (1,01 – 1,09) a chance de readmissão no primeiro ano de vida. Conclusões: Considera-se paralisia cerebral, a sibilância recorrente e o uso de ventilação mecânica no período neonatal fatores preditores para readmissão hospitalar nos recém-nascidos prematuros no primeiro ano de vida.Introduction: Prematurity is an important cause of morbidity and mortality in childhood. In recent years, maternal and child health care through new Technologies has led to an increase in the survival of preterm infants. However, complications of prematurity persist and morbidity in this group is significant, especially in those born with very low birth weight, which contributes to the increase in hospital readmissions in very low birth weight preterm infants in the first year of life and determines its relation with predictive factors. Methodology: Retrospective observational study nested in a cohort. Preterm newborns with birth weight equal to or less than 1,500 g, discharged from the neonatal ICU between 2014 and 2020, and who performed follow-up at the follow-up clinic, were included. Complex congenital malformations and lethal genetic syndromes were excluded. Data were collected from the cohort of neonatal ICU patients and the cohort of very low birth weight preterm infants followed at the premature infant follow-up clinic. Data collection was complemented by searching for data in the hospital's electronic medical records and in the outpatient clinic's manual records. Univariate logistic regression was used to calculate the odds ratio (OR) and 95% confidence intervals (95% CI) for the association between variables of interest and the outcome (readmission in the first year of life). The program used for statistical analysis was the R software for Windows version 4.3.1. The level of statistical significance adopted was p<0.05. Results: 223 patients were evaluated, with a readmission rate of 31.8% (27.5 – 38.0). The lowest number of prenatal consultation (p= 0.02), the highest occurrence of periventricular hemorrhage (p<0.01), cerebral palsy (p<0.01), epilepsy (p=0,03), longer duration of mechanical ventilation in the neonatal period (p<0.01) and being a wheezing infant (p<0.01) stand out in the group with hospital readmissions compared to individuals who were not hospitalized. Cerebral palsy and recurrent wheezing increased the chance of readmission by 3.57 (1.01 – 13.58) and 2.28 (1.05 – 5.03) times, respectively. Each day of mechanical ventilation in the NICU increased the chance of readmission in the first year of life by 1.05 times (1.01 – 1.09). Conclusion: Cerebral palsy, recurrent wheezing, and use of mechanical ventilation in the neonatal period are considered predictive factors for hospital readmission in premature newborns in the first year of life, with cerebral palsy being an independent predictive factor for hospital readmission.application/pdfporPediatriaFatores de riscoReadmissão do pacienteRecém-nascido de muito baixo pesoPediatricsPrematurityPatient readmissionVery low birth weightPrematuros com muito baixo peso : fatores de risco para readmissão hospitalar no primeiro ano de vidainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescentePorto Alegre, BR-RS2023mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001206430.pdf.txt001206430.pdf.txtExtracted Texttext/plain91772http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276465/2/001206430.pdf.txtceeeb162d605409e0d147fc2d70c820eMD52ORIGINAL001206430.pdfTexto parcialapplication/pdf709663http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276465/1/001206430.pdf18551b0881a6d19b1700dc8d87772864MD5110183/2764652024-07-20 06:22:01.821473oai:www.lume.ufrgs.br:10183/276465Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-07-20T09:22:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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