Função dos músculos do assoalho pélvico : comparação entre mulheres praticantes do método Pilates e sedentárias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa, Lia Janaina Ferla
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/108929
Resumo: Pesquisas relacionadas os músculos do assoalho pélvico (MAP) tem ganhado espaço na última década principalmente quando se refere a alterações na sua função. A maioria das pesquisas encontradas na literatura diz respeito às disfunções dos MAP. É importante conhecer formas de condicionamento dessa musculatura que possa evitar a perda de função, seja por falta de exercícios os por alterações decorrentes do processo de envelhecimento. Sabe-se que em mulheres com disfunção o treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) tem um efeito positivo na melhora da função desse grupo muscular o qual comumente é treinado isoladamente. Porém as formas de melhorar o condicionamento independente de um quadro de disfunção ainda são pouco investigadas, visto que mulheres não ingressam em um TMAP de forma preventiva. Já há registros de exercícios que podem gerar impacto negativo sobre a função dessa musculatura, como corrida e jump, mas não sobre exercícios que possam melhorar a função. A existência de um sinergismo entre os músculos profundos do tronco, em especial do transverso abdominal (TrA), e do assoalho pélvico (AP) é tema de estudos recentes e uma estratégia de prevenção seria a prática de exercício físico regular, que enfatize a coativação dos músculos abdominais e do AP. Assim, esta dissertação teve como foco de estudo identificar a presença ou não de sinergismo abdomino-pélvico em mulheres hígidas e também identificar se a função dos MAP de mulheres que praticam o Método Pilates diferem de sedentárias. O Método Pilates tem por objetivo melhorar o condicionamento de todos os grupos musculares que compõem o powerhouse, incluindo, portanto, TrA e os MAP. O primeiro estudo foi uma revisão sistemática das pesquisas que buscou identificar a presença de sinergismo em mulheres sem disfunções do assoalho pélvico. Tal revisão seguiu as recomendações propostas pela Colaboração Cochrane e a busca na literatura incluiu as bases MEDLINE, Cochrane CENTRAL e EMBASE, além de busca manual, do início das bases até agosto de 2013. Foram incluídos estudos observacionais transversais, com mulheres hígidas que foram avaliadas quanto à presença de sinergismo abdomino-pélvico. Foram incluídos 10 artigos e todos demonstraram a existência de sinergismo entre os músculos abdominais e músculos do assoalho pélvico (MAP) em mulheres hígidas nas posturas supina, sentada e em ortostase. O conhecimento desse sinergismo pode favorecer a proposição de estratégias de tratamento e prevenção das disfunções dos MAP feminino. O segundo estudo que compôs esta dissertação teve por objetivo verificar se existe diferença na função dos MAP entre mulheres praticantes do Método Pilates e sedentárias. O estudo foi observacional e transversal, com uma amostragem composta por mulheres praticantes do Método Pilates (GMP) e sedentárias (GS). O nível de significância e o poder estatístico foram fixados em 5% e 80%, respectivamente, e o tamanho da amostra foi de no mínimo 24 indivíduos para cada grupo - Grupo Método Pilates (GMP) e Grupo Sedentárias (GS). Para avaliação da função dos MAP utilizou-se a perineometria e a Escala PERFECT e uma Ficha de Anamnese. Foi utilizada estatística inferencial, sendo o nível de significância adotado menor ou igual a 0,05. Foram avaliadas um total de 60 mulheres, sendo 30 do GMP e 30 do GS. Este estudo demonstrou não haver diferença significativa entre o GMP e o GS em nenhuma das variáveis analisadas. Conclui-se que mulheres praticantes do Método Pilates não diferem de mulheres sedentárias em relação à função dos MAP.
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Já há registros de exercícios que podem gerar impacto negativo sobre a função dessa musculatura, como corrida e jump, mas não sobre exercícios que possam melhorar a função. A existência de um sinergismo entre os músculos profundos do tronco, em especial do transverso abdominal (TrA), e do assoalho pélvico (AP) é tema de estudos recentes e uma estratégia de prevenção seria a prática de exercício físico regular, que enfatize a coativação dos músculos abdominais e do AP. Assim, esta dissertação teve como foco de estudo identificar a presença ou não de sinergismo abdomino-pélvico em mulheres hígidas e também identificar se a função dos MAP de mulheres que praticam o Método Pilates diferem de sedentárias. O Método Pilates tem por objetivo melhorar o condicionamento de todos os grupos musculares que compõem o powerhouse, incluindo, portanto, TrA e os MAP. O primeiro estudo foi uma revisão sistemática das pesquisas que buscou identificar a presença de sinergismo em mulheres sem disfunções do assoalho pélvico. Tal revisão seguiu as recomendações propostas pela Colaboração Cochrane e a busca na literatura incluiu as bases MEDLINE, Cochrane CENTRAL e EMBASE, além de busca manual, do início das bases até agosto de 2013. Foram incluídos estudos observacionais transversais, com mulheres hígidas que foram avaliadas quanto à presença de sinergismo abdomino-pélvico. Foram incluídos 10 artigos e todos demonstraram a existência de sinergismo entre os músculos abdominais e músculos do assoalho pélvico (MAP) em mulheres hígidas nas posturas supina, sentada e em ortostase. O conhecimento desse sinergismo pode favorecer a proposição de estratégias de tratamento e prevenção das disfunções dos MAP feminino. O segundo estudo que compôs esta dissertação teve por objetivo verificar se existe diferença na função dos MAP entre mulheres praticantes do Método Pilates e sedentárias. O estudo foi observacional e transversal, com uma amostragem composta por mulheres praticantes do Método Pilates (GMP) e sedentárias (GS). O nível de significância e o poder estatístico foram fixados em 5% e 80%, respectivamente, e o tamanho da amostra foi de no mínimo 24 indivíduos para cada grupo - Grupo Método Pilates (GMP) e Grupo Sedentárias (GS). Para avaliação da função dos MAP utilizou-se a perineometria e a Escala PERFECT e uma Ficha de Anamnese. Foi utilizada estatística inferencial, sendo o nível de significância adotado menor ou igual a 0,05. Foram avaliadas um total de 60 mulheres, sendo 30 do GMP e 30 do GS. Este estudo demonstrou não haver diferença significativa entre o GMP e o GS em nenhuma das variáveis analisadas. Conclui-se que mulheres praticantes do Método Pilates não diferem de mulheres sedentárias em relação à função dos MAP.Searches related muscles of the pelvic floor (MAP) has gained ground over the last decade particularly when it comes to changes in its function. Most studies found in the literature with regard to disorders of MAP. It is important to know ways of conditioning these muscles which can prevent loss of function, either by lack of exercise for the changes resulting from the aging process. It is known that the dysfunction in women with pelvic floor training (PFMT) muscles have a positive effect on the improvement of the function of this muscle group which is commonly trained alone. But the ways to improve the fitness of an independent frame of dysfunction are still poorly investigated, since women do not enter into a TMAP preventively. Already there are reports of exercises that can have a negative impact on the function of these muscles, such as running and jump, but not about exercises that can improve function. The existence of a synergism between the deep trunk muscles, particularly the transversus abdominis (TrA), and pelvic floor (AP) is the subject of recent studies and a prevention strategy would be the practice of regular exercise that emphasizes coactivation abdominal muscles and the AP. Thus, this dissertation focused study to identify the presence or absence of abdominal-pelvic synergism in healthy women and to identify the function of the MAP of women who practice Pilates differ from sedentary. The Pilates method aims to improve the conditioning of all muscle groups that make up the powerhouse, including therefore TrA and MAP. The first study was a systematic review of research aimed at identifying the presence of synergism in women without pelvic floor dysfunction. This review followed the recommendations proposed by the Cochrane Collaboration and the literature search included the MEDLINE, EMBASE and Cochrane CENTRAL databases, and manual search, the start of the bases until August 2013 transversal observational studies were included, with healthy women who were evaluated for the presence of abdominal-pelvic synergism. 10 articles were included and all demonstrated the existence of synergism between the abdominal muscles and pelvic floor muscles (PFMs) in healthy women in the supine, sitting postures and standing positions. Knowledge of this synergism may favor the proposition of strategies for treatment and prevention of disorders of the female MAP. The second study that composed this dissertation aimed to verify whether there are differences in the function of MAP between practitioners of Pilates and sedentary women. The study was observational and cross-sectional, with a sample composed by practitioners of Pilates (GMP) and sedentary (GS) women. The significance level and statistical power were set at 5% and 80%, respectively, and the sample size was at least 24 subjects for each group - Group Pilates Method (GMP) and Sedentary Group (GS). To evaluate the role of MAP was used perineometry and Scale PERFECT and a sheet of Anamnesis. Inferential statistics were used, and the significance level less than or equal to 0.05. A total of 60 women, 30 and 30 of the GMP GS were evaluated. This study showed no significant difference between the GMP and the GS in any of the variables analyzed. It is concluded that women who practice Pilates Method not differ from sedentary women in relation to the function of MAP.application/pdfporRevisãoMúsculos abdominaisFisioterapiaPilatesRevisionAbdominal musclesPelvic floorFunção dos músculos do assoalho pélvico : comparação entre mulheres praticantes do método Pilates e sedentáriasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação FísicaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2014mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000949404.pdf000949404.pdfTexto completoapplication/pdf617292http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/108929/1/000949404.pdff086184ff25d5af396006d1c2f8dcf8bMD51TEXT000949404.pdf.txt000949404.pdf.txtExtracted Texttext/plain109809http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/108929/2/000949404.pdf.txt17ad364e127a09da8ac81a9ed4fb723eMD52THUMBNAIL000949404.pdf.jpg000949404.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1077http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/108929/3/000949404.pdf.jpg1cc13b84d0626fad6bc53d92ee0e9f76MD5310183/1089292018-10-23 08:38:45.9oai:www.lume.ufrgs.br:10183/108929Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-23T11:38:45Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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