Relação retorno x risco de sistemas integrados de produção agropecuária em terras baixas

• Autor(a) principal: Favero, Débora
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/130774
• topic: Lavoura; Pecuária; Arroz irrigado; Produtividade; Integrated crop-livestock production systems; Risk; Lowlands

O setor agrícola é constantemente influenciado pelas conjunturas de mercado, as sazonalidades dos preços tanto de insumos quanto da produção afetam cada vez mais o produtor rural. O orizicultor domina as técnicas produtivas e as tecnologias, estando cada vez mais suscetível aos riscos da comercialização. Essa maior percepção dos riscos de mercado influencia diretamente sua tomada de decisão quanto à diversificação de cultivos. Nesse contexto os sistemas integrados de produção agropecuária ganham representatividade, reduzindo os riscos associados ao monocultivo de arroz, através da maior estabilidade da renda agrícola. Os objetivos deste trabalho são analisar as relações entre retorno e risco de diferentes sistemas produtivos de lavoura e pecuária, assim como sua integração; avaliar a importância relativa de cada atividade produtiva na formação da renda agrícola; criar cenários de aumentos de custos de produção e de valor da produção, avaliando seu impacto sobre os diferentes sistemas; analisar brevemente eficiência econômica, de uso da mão de obra própria e do uso da terra. Os sistemas produtivos analisados são: tradicional binômio arroz-pecuária (1), sistema pecuário (2), sistema similar ao tradicional com a inserção de soja (3), sistema mais diversificado e rotacionado no tempo (4), sistemas diversificados com menor uso da cultura do arroz (5 e 6). A análise do comportamento diferenciado dos sistemas permite a construção de relações Retorno x Risco, indicando que os sistemas 1, 3 e 4 possuem melhor relação retorno risco no cenário atual da propriedade, ou seja, possuem maior retorno, mas também maior risco, sendo recomendados para produtores menos avessos ao risco. Para produtores descapitalizados ou avessos ao risco o sistema 2 é o mais recomendado. Nas análises de sensibilidade para cenários futuros, a diversificação dos sistemas reduziu o impacto do aumento nos custos. A eficiência econômica, de uso de mão de obra e da terra, a cada ano-safra mostra as diferenças entre as atividades, sendo a pecuária a mais eficiente economicamente e ao mesmo tempo a que possui menor valor de cultivo por hectare. O arroz é a cultura dominante nos custos totais de produção por safra, já na formação do lucro total vêm perdendo espaço para a soja. Não existe, portanto, a recomendação de um sistema único, e sim a necessidade da formação de estratégias frente às condições do mercado. A interação de diferentes sistemas produtivos, dentro de uma propriedade, pode ser a resposta às mudanças do mercado no futuro.