Exploração sexual e trabalho : um estudo de fatores de risco e proteção com adolescentes e jovens
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/17211 |
Resumo: | A presente dissertação teve como objetivo investigar aspectos relacionados à juventude brasileira e trabalho através da identificação de fatores de proteção e de risco em dois estudos independentes. Os referenciais teóricos da Abordagem Bioecológica do Desenvolvimento Humano e da Psicologia do Trabalho embasaram estes estudos. O Estudo I teve como foco a exploração sexual como trabalho. O objetivo foi investigar o caso de uma menina de 14 anos, em situação de exploração sexual comercial, que informava ser esta a sua atividade laboral. Utilizou-se um delineamento de estudo de caso único. Constatou-se que a jovem percebia a atividade como um trabalho que lhe proporcionava autonomia, subsistência e sobrevivência. O Estudo II teve como foco a comparação das características de jovens trabalhadores e não trabalhadores. Seu objetivo foi investigar aspectos relacionados ao mundo do trabalho na vida de jovens brasileiros de nível sócio econômico baixo. Foi realizado um recorte transversal de uma pesquisa de caráter exploratório descritivo sobre Fatores de Risco e Proteção da Juventude Brasileira, realizada em sete cidades do país. Participam 7425 jovens, com idade entre 14 a 24 anos (m = 16,19; SD = 1,821), de ambos os sexos (masculino, n = 3397, 45,8%; feminino n = 4014, 54,2%) e nível sócio econômico baixo. Foi utilizado um questionário para levantamento de fatores de risco e proteção. Para análise dos dados, foram realizadas estatísticas descritivas, qui-quadrado e teste t de Student, comparando um grupo de jovens trabalhadores e um grupo de jovens não trabalhadores. Algumas constatações revelaram que, apesar de haver um número relativamente elevado de jovens trabalhando, a remuneração desta mão de obra foi considerada baixa, sendo que 47,9% trabalham entre cindo e oito horas diárias. Além disso, o fato de trabalhar na juventude mostrou-se relacionado ao número de reprovações. Os resultados indicaram que, quanto maior o nível educacional dos pais, menor o percentual de jovens trabalhando. Jovens não trabalhadores apresentaram média de escolaridade superior e estudam prioritariamente nos turnos da manhã e da tarde em relação aos jovens trabalhadores, cujo turno escolar concentra-se à noite. Jovens trabalhadores registraram auxiliar na renda doméstica, enquanto os jovens não trabalhadores registraram contar com o apoio financeiro familiar. Jovens trabalhadores apresentaram um percentual maior de uso de todas as drogas, maior risco de suicídio em relação aos jovens não trabalhadores. Além disso, a exposição à violência doméstica e na comunidade foi superior no caso dos jovens trabalhadores. O Estudo I e o Estudo II revelaram os efeitos negativos do trabalho sobre a saúde dos jovens trabalhadores, somado às dificuldades de administrar a competição que se estabeleceu entre o trabalho e outras tarefas. O trabalho juvenil pode ser considerado um fator de risco, principalmente quando as condições laborais não se dão de forma adequada e protegida. |
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Dutra-Thomé, LucianaKoller, Silvia Helena2009-09-12T04:17:21Z2009http://hdl.handle.net/10183/17211000707672A presente dissertação teve como objetivo investigar aspectos relacionados à juventude brasileira e trabalho através da identificação de fatores de proteção e de risco em dois estudos independentes. Os referenciais teóricos da Abordagem Bioecológica do Desenvolvimento Humano e da Psicologia do Trabalho embasaram estes estudos. O Estudo I teve como foco a exploração sexual como trabalho. O objetivo foi investigar o caso de uma menina de 14 anos, em situação de exploração sexual comercial, que informava ser esta a sua atividade laboral. Utilizou-se um delineamento de estudo de caso único. Constatou-se que a jovem percebia a atividade como um trabalho que lhe proporcionava autonomia, subsistência e sobrevivência. O Estudo II teve como foco a comparação das características de jovens trabalhadores e não trabalhadores. Seu objetivo foi investigar aspectos relacionados ao mundo do trabalho na vida de jovens brasileiros de nível sócio econômico baixo. Foi realizado um recorte transversal de uma pesquisa de caráter exploratório descritivo sobre Fatores de Risco e Proteção da Juventude Brasileira, realizada em sete cidades do país. Participam 7425 jovens, com idade entre 14 a 24 anos (m = 16,19; SD = 1,821), de ambos os sexos (masculino, n = 3397, 45,8%; feminino n = 4014, 54,2%) e nível sócio econômico baixo. Foi utilizado um questionário para levantamento de fatores de risco e proteção. Para análise dos dados, foram realizadas estatísticas descritivas, qui-quadrado e teste t de Student, comparando um grupo de jovens trabalhadores e um grupo de jovens não trabalhadores. Algumas constatações revelaram que, apesar de haver um número relativamente elevado de jovens trabalhando, a remuneração desta mão de obra foi considerada baixa, sendo que 47,9% trabalham entre cindo e oito horas diárias. Além disso, o fato de trabalhar na juventude mostrou-se relacionado ao número de reprovações. Os resultados indicaram que, quanto maior o nível educacional dos pais, menor o percentual de jovens trabalhando. Jovens não trabalhadores apresentaram média de escolaridade superior e estudam prioritariamente nos turnos da manhã e da tarde em relação aos jovens trabalhadores, cujo turno escolar concentra-se à noite. Jovens trabalhadores registraram auxiliar na renda doméstica, enquanto os jovens não trabalhadores registraram contar com o apoio financeiro familiar. Jovens trabalhadores apresentaram um percentual maior de uso de todas as drogas, maior risco de suicídio em relação aos jovens não trabalhadores. Além disso, a exposição à violência doméstica e na comunidade foi superior no caso dos jovens trabalhadores. O Estudo I e o Estudo II revelaram os efeitos negativos do trabalho sobre a saúde dos jovens trabalhadores, somado às dificuldades de administrar a competição que se estabeleceu entre o trabalho e outras tarefas. O trabalho juvenil pode ser considerado um fator de risco, principalmente quando as condições laborais não se dão de forma adequada e protegida.The aim of the study was to investigate aspects related to brazilian youth and work, identifying protective and risk factors through two independent studies. The Biological Human Development Approach and the Psychology of Work were used as frameworks. In the first study the focus was the sexual exploitation as a job. The objective was to investigate the case of a 14 years old girl, in the situation of commercial sexual exploitation, who considered this situation her labor activity. It was used a single case study delineation. The girl perceived the activity as a job that provided autonomy and her survival. The second study focused on the comparison of a group of youth workers and a group of youth non-workers. Its objective was to investigate aspects related to the world of work in the life of young brazilians of low economic level. It was a cross-sectional study based on a national descriptive exploratory research about risk and protective factors in brazilian youth, developed in seven different cities. There were 7425 participants, aged between 14 and 24 years old (m = 16,19; SD = 1,821), both genders (male, n = 3397, 45,8%; female n = 4014, 54,2%), of low economic level. The instrument was a questionnaire about risk and protective factors, containing 109 questions. The data analysis included descriptive statistics, chi-square and Student t test comparing a group of youth workers and a group of youth non-workers. Some results showed that although there is a relatively high number of youth workers, their income is low, considering that 47.9% work between five and eight a day. Concerning education, working during youth is related to a high failure rate at school. The results show that the higher the educational level of parents, the lower the percentage of youth workers. Non-workers group showed a greater average of educational level and with priority studies in the morning and the afternoon shifts in relation the young workers, whose scholar shift is at night. Young workers had registered to assist in the domestic income, while the non-workers group had registered to count on the familiar financial support. The youth workers' group had a greater percentage of use of all the investigated drugs and a higher risk of suicide in comparison to the youth nonworkers group. Moreover, the exposition to domestic violence and community violence was superior in the case of youth workers. Study I and Study II revealed that the negative effects of working during youth period can bring consequences to youth health and generate difficulties in managing the competition between work and other tasks. Youth work can be defined as a risk factor, especially when the labour conditions are not adequate and protected.application/pdfporJovensAdolescenteAbuso sexual : AdolescenciaTrabalhoFatores de riscoFatores de proteçãoFamílias de baixa rendaBrazilian youthWorkProtective and risk factorsSexual exploitationExploração sexual e trabalho : um estudo de fatores de risco e proteção com adolescentes e jovensinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaCurso de Pós-Graduação em PsicologiaPorto Alegre, BR-RS2009mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000707672.pdf000707672.pdfTexto completoapplication/pdf523803http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17211/1/000707672.pdf1b4aa197202831dabe2813d08ad2fb85MD51TEXT000707672.pdf.txt000707672.pdf.txtExtracted Texttext/plain328681http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17211/2/000707672.pdf.txt430a8c0576603c1dd94b152c07f8b4b5MD52THUMBNAIL000707672.pdf.jpg000707672.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1044http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17211/3/000707672.pdf.jpg45c47d65ddd85575e6d5ac6ead453041MD5310183/172112018-10-08 07:57:56.859oai:www.lume.ufrgs.br:10183/17211Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-08T10:57:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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