Ericaceae : taxonomia e distribuição geográfica no Rio Grande do Sul
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/212074 |
Resumo: | Ericaceae ocorre em regiões temperadas, subtropicais e nas cadeias montanhosas dos trópicos. Compreende 124 gêneros e cerca de 4.100 espécies, em maioria ocorrentes na Região Neotropical. No Brasil, a família ocorre principalmente nas Regiões Sudeste e Sul, frequentemente em campos de altitude, e é representada por 12 gêneros e 103 espécies (71 endêmicas). Apesar da alta diversidade no país, há poucos trabalhos florísticos a nível estadual e local, sendo que o Rio Grande do Sul não dispõe de um tratamento taxonômico. Esse trabalho teve por objetivo fazer o estudo taxonômico das espécies de Ericaceae nativas do Rio Grande do Sul, fornecendo chaves taxonômicas, descrições morfológicas, fotos de campo e de material herborizado e mapas de distribuição geográfica visando auxiliar na identificação e conservação das espécies ocorrentes no estado. Foram realizadas revisão de literatura, expedições de coleta e revisão presencial de 14 herbários do Brasil, além de 17 herbário virtuais. Foram confirmados três gêneros, nove espécies e 10 táxons ocorrentes no Rio Grande do Sul. Todas as espécies de Ericaceae nativas no estado são registradas para os campos subtropicais de altitude (campos de cima da serra) da Mata Atlântica. Nos afloramentos rochosos e campos temperados de terras baixas do Pampa foram confirmadas cinco espécies, sendo Agarista eucalyptoides e A. chlorantha ocorrências conhecidas e A. minensis, A. nummularia e Gaylussacia brasiliensis novos registros no domínio. Agarista eucalyptoides e Gaylussacia brasiliensis são as espécies mais amplamente distribuídas no estado. Agarista nummularia e Gaylussacia brasiliensis são as únicas espécies registradas nas planícies. Cinco espécies foram categorizadas como ameaçadas de extinção no estado: Agarista chlorantha (EN), A. minensis (VU), A. niederleinii (VU), Gaultheria itatiaiae (EN) e Gaylussacia pseudogaultheria (EN). Agarista minenis, até então considerada extinta no Rio Grande do Sul, foi redescoberta. Destaca-se a morfologia das sementes como uma característica distintiva para a diferenciação das espécies de Agarista. Adicionalmente, cinco lectótipos e três epítipos são designados para nomes publicados em Agarista. |
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Dalastra, Claudenice HildaHeiden, Gustavo2020-07-18T03:48:06Z2020http://hdl.handle.net/10183/212074001115821Ericaceae ocorre em regiões temperadas, subtropicais e nas cadeias montanhosas dos trópicos. Compreende 124 gêneros e cerca de 4.100 espécies, em maioria ocorrentes na Região Neotropical. No Brasil, a família ocorre principalmente nas Regiões Sudeste e Sul, frequentemente em campos de altitude, e é representada por 12 gêneros e 103 espécies (71 endêmicas). Apesar da alta diversidade no país, há poucos trabalhos florísticos a nível estadual e local, sendo que o Rio Grande do Sul não dispõe de um tratamento taxonômico. Esse trabalho teve por objetivo fazer o estudo taxonômico das espécies de Ericaceae nativas do Rio Grande do Sul, fornecendo chaves taxonômicas, descrições morfológicas, fotos de campo e de material herborizado e mapas de distribuição geográfica visando auxiliar na identificação e conservação das espécies ocorrentes no estado. Foram realizadas revisão de literatura, expedições de coleta e revisão presencial de 14 herbários do Brasil, além de 17 herbário virtuais. Foram confirmados três gêneros, nove espécies e 10 táxons ocorrentes no Rio Grande do Sul. Todas as espécies de Ericaceae nativas no estado são registradas para os campos subtropicais de altitude (campos de cima da serra) da Mata Atlântica. Nos afloramentos rochosos e campos temperados de terras baixas do Pampa foram confirmadas cinco espécies, sendo Agarista eucalyptoides e A. chlorantha ocorrências conhecidas e A. minensis, A. nummularia e Gaylussacia brasiliensis novos registros no domínio. Agarista eucalyptoides e Gaylussacia brasiliensis são as espécies mais amplamente distribuídas no estado. Agarista nummularia e Gaylussacia brasiliensis são as únicas espécies registradas nas planícies. Cinco espécies foram categorizadas como ameaçadas de extinção no estado: Agarista chlorantha (EN), A. minensis (VU), A. niederleinii (VU), Gaultheria itatiaiae (EN) e Gaylussacia pseudogaultheria (EN). Agarista minenis, até então considerada extinta no Rio Grande do Sul, foi redescoberta. Destaca-se a morfologia das sementes como uma característica distintiva para a diferenciação das espécies de Agarista. Adicionalmente, cinco lectótipos e três epítipos são designados para nomes publicados em Agarista.Ericaceae occurs mainly in temperate or subtropical regions and along tropic mountain chains. Comprises 124 genera and about 4,100 species, occurring mostly in the Neotropics. In Brazil, the family occurs mainly in Southeast and South Regions, frequently in highlands, and is represented by 12 genera and 103 species (71 endemic). Besides the high diversity of the family in Brazil, there are only few floristic studies at state and local levels and Rio Grande do Sul state does not have a taxonomic treatment for its flora. This study aimed to carry out a taxonomic survey of native Ericaceae in Rio Grande do Sul, providing identification keys, morphological descriptions, fieldwork and herbaria specimens plates, and maps of geographic distribution in order to assist in the identification and conservarion of the species. I performed literature review, fieldwork expeditions and review of 14 Brazilian herbaria plus 17 on line herbaria. The occurrence of three genera, nine species and 10 taxa are confirmed in Rio Grande do Sul. All Ericaceae species occurring in Rio Grande do Sul are registered to the Highland Subtropical Grasslands (Campos de Cima da Serra) from the Atlantic Forest. In the rocky outcrops and temperate fields of the lowlands of the Pampa, five species were confirmed. From that, Agarista eucalyptoides and A. chlorantha are known occurrences and A. minensis, A. nummularia and Gaylussacia brasiliensis new records in this domain. Agarista eucalyptoides and Gaylussacia brasiliensis are the most widely distributed species in the state. Agarista nummularia and Gaylussacia brasiliensis are the only species registered to the plains. Five species are categorized as endangered in the state flora: Agarista chlorantha (EN), A. minensis (VU), A. niederleinii (VU), Gaultheria itatiaiae (EN) e Gaylussacia pseudogaultheria (EN). Agarista minenis, formearly considered extint in Rio Grande do Sul, was rediscovered. Seed shape is highlighted as a distinctive trait do differentiate species within Agarista. Additionally, five lectotypes and three epytipes are designated for names published in Agarista.application/pdfporAgaristaGaultheriaGaylussaciaLectotipificaçãoBioma Mata AtlânticaBioma PampaAtlantic RainforestPampasSubtropical Highland GrasslandsEricaceae : taxonomia e distribuição geográfica no Rio Grande do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPrograma de Pós-Graduação em BotânicaPorto Alegre, BR-RS2020mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001115821.pdf.txt001115821.pdf.txtExtracted Texttext/plain173264http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/212074/2/001115821.pdf.txt44a1b91c121017918593ad739457df09MD52ORIGINAL001115821.pdfTexto completoapplication/pdf9215960http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/212074/1/001115821.pdf32b4b6484cab2e3d341a3cb18c31be05MD5110183/2120742021-05-26 04:38:57.285062oai:www.lume.ufrgs.br:10183/212074Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-05-26T07:38:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Ericaceae ocorre em regiões temperadas, subtropicais e nas cadeias montanhosas dos trópicos. Compreende 124 gêneros e cerca de 4.100 espécies, em maioria ocorrentes na Região Neotropical. No Brasil, a família ocorre principalmente nas Regiões Sudeste e Sul, frequentemente em campos de altitude, e é representada por 12 gêneros e 103 espécies (71 endêmicas). Apesar da alta diversidade no país, há poucos trabalhos florísticos a nível estadual e local, sendo que o Rio Grande do Sul não dispõe de um tratamento taxonômico. Esse trabalho teve por objetivo fazer o estudo taxonômico das espécies de Ericaceae nativas do Rio Grande do Sul, fornecendo chaves taxonômicas, descrições morfológicas, fotos de campo e de material herborizado e mapas de distribuição geográfica visando auxiliar na identificação e conservação das espécies ocorrentes no estado. Foram realizadas revisão de literatura, expedições de coleta e revisão presencial de 14 herbários do Brasil, além de 17 herbário virtuais. Foram confirmados três gêneros, nove espécies e 10 táxons ocorrentes no Rio Grande do Sul. Todas as espécies de Ericaceae nativas no estado são registradas para os campos subtropicais de altitude (campos de cima da serra) da Mata Atlântica. Nos afloramentos rochosos e campos temperados de terras baixas do Pampa foram confirmadas cinco espécies, sendo Agarista eucalyptoides e A. chlorantha ocorrências conhecidas e A. minensis, A. nummularia e Gaylussacia brasiliensis novos registros no domínio. Agarista eucalyptoides e Gaylussacia brasiliensis são as espécies mais amplamente distribuídas no estado. Agarista nummularia e Gaylussacia brasiliensis são as únicas espécies registradas nas planícies. Cinco espécies foram categorizadas como ameaçadas de extinção no estado: Agarista chlorantha (EN), A. minensis (VU), A. niederleinii (VU), Gaultheria itatiaiae (EN) e Gaylussacia pseudogaultheria (EN). Agarista minenis, até então considerada extinta no Rio Grande do Sul, foi redescoberta. Destaca-se a morfologia das sementes como uma característica distintiva para a diferenciação das espécies de Agarista. Adicionalmente, cinco lectótipos e três epítipos são designados para nomes publicados em Agarista. |
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