Associação independente entre síndrome das apnéias - hipopnéias obstrutivas do sono avaliada por polissonografia portátil e hipertensão resistente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Sandro Cadaval
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/8781
Resumo: Introdução: Evidências crescentes apontam as Síndromes das Apnéias-hipopnéias Obstrutivas do Sono (SAOS) como fator de risco independente para Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Demonstrou-se alta prevalência de SAOS entre hipertensos e, em estudos não-controlados, prevalência ainda maior em hipertensos resistentes. Entretanto, essa associação pode ser enviesada por fatores de confusão como sexo, idade e obesidade. Objetivo: Avaliar se existe associação independente entre SAOS e HAS resistente. Delineamento: Estudo de casos e controles. Pacientes e Métodos: Foram avaliados 63 pacientes com HAS resistente (casos) definidos por pressão arterial (PA) ≥ 140/90 mmHg em vigência de tratamento com pelo menos três anti-hipertensivos em doses plenas, incluindo um diurético e 63 pacientes com PA ≤140/90 mmHg em vigência de tratamento (controles). Todos foram oriundos do mesmo ambulatório de hipertensão de um hospital universitário. Sexo, idade e índice de massa corporal (IMC) foram pareados entre os dois grupos. Todos os pacientes foram submetidos a polissonografia portátil (PP) e monitorização ambulatorial da PA (MAPA). SAOS foi definida como índice de apnéia-hipopneia (IAH) ≥ 10 episódios/hora de sono. Resultados: Casos e controles apresentaram mesmas distribuições em termos de sexo, idade e IMC. A prevalência de SAOS foi 71% em casos e 38% de controles (P<0,001). Quando apenas os pacientes com PA elevada em ambos os métodos foram comparados com aqueles com PA controlada em ambos, essa associação se torna ainda mais intensa (72% em casos e 33 em controles; p< 0,001). Em modelo de regressão logística, controlando-se para idade, sexo, IMC e duração de HAS, apenas o IAH foi significantemente associado à HAS-resistente (RR 1.9; 95% CI 1.3 - 2.9). Conclusões: SAOS é altamente prevalente e independentemente associada à HAS resistente. O rastreamento dessa condição com monitores portáteis parece ser factível e pode ser estimulado.
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Todos foram oriundos do mesmo ambulatório de hipertensão de um hospital universitário. Sexo, idade e índice de massa corporal (IMC) foram pareados entre os dois grupos. Todos os pacientes foram submetidos a polissonografia portátil (PP) e monitorização ambulatorial da PA (MAPA). SAOS foi definida como índice de apnéia-hipopneia (IAH) ≥ 10 episódios/hora de sono. Resultados: Casos e controles apresentaram mesmas distribuições em termos de sexo, idade e IMC. A prevalência de SAOS foi 71% em casos e 38% de controles (P<0,001). Quando apenas os pacientes com PA elevada em ambos os métodos foram comparados com aqueles com PA controlada em ambos, essa associação se torna ainda mais intensa (72% em casos e 33 em controles; p< 0,001). Em modelo de regressão logística, controlando-se para idade, sexo, IMC e duração de HAS, apenas o IAH foi significantemente associado à HAS-resistente (RR 1.9; 95% CI 1.3 - 2.9). Conclusões: SAOS é altamente prevalente e independentemente associada à HAS resistente. O rastreamento dessa condição com monitores portáteis parece ser factível e pode ser estimulado.Background: There is increasing evidence that obstructive sleep apnea syndrome (OSAS) is an independent risk factor for systemic hypertension (HTN). Among patients with HTN, some uncontrolled studies have shown even higher prevalence of OSAS in those with resistant HTN. However, this association can be confounded by gender, age and obesity. Objective: To investigate wether OSAS is a risk factor for resistant HTN. Design: Case-control study. Patients and Methods: 63 patients with resistant HTN, defined as blod pressure ≥ 140/90 mmHg under treatment with at least three antihypertensive drugs in appropriate doses, including a diuretic, were compared to 63 controls, defined as those with BP ≤140/90 mmHg on drug treatment, from the same outpatient university hospital-based hypertension clinic. Groups were matched by age, gender and bodymass index (BMI). All patients underwent home portable polysomnography PP and ambulatory blood pressure (ABP) monitoring. OSAS was defined as an AIH index ≥ 10 episodes/hour of sleep. Results: Cases and controls were comparable in terms of age, proportion of women, and BMI. Prevalence of OSAS was 71% in cases and 38% in controls (P<0,001). When only those confirmed by ABP monitoring as resistant or controlled HTN are included, this association becomes even stronger (72% in cases and 33% in controls; p< 0,001). In a logistic regression model, controlling for age, gender, BMI, and years of HTN, only AHI was associated with resistant hypertension (RR 1.9; 95% CI 1.3 - 2.9). Conclusions: OSAS is highly prevalent and independently associated with resistant HTN. Screening OSAS with portable sleep monitors in such patients is feasible and should be encouraged.application/pdfporApneia obstrutiva do sonoAssociação independente entre síndrome das apnéias - hipopnéias obstrutivas do sono avaliada por polissonografia portátil e hipertensão resistenteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Cardiologia e Ciências CardiovascularesPorto Alegre, BR-RS2006doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000588843.pdf000588843.pdfTexto completoapplication/pdf282164http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8781/1/000588843.pdfd8b6f99e2960ffeab1b064c08ec0b70bMD51TEXT000588843.pdf.txt000588843.pdf.txtExtracted Texttext/plain128468http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8781/2/000588843.pdf.txt129f39e9553ab62f786ad9fc0f848df6MD52THUMBNAIL000588843.pdf.jpg000588843.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1376http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8781/3/000588843.pdf.jpg7c53d6eaee87defce6d3bcbfbd359e6eMD5310183/87812023-07-04 03:51:14.528456oai:www.lume.ufrgs.br:10183/8781Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-07-04T06:51:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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