Em que espécie de hombre o gaúcho se transformou? : (o regionalismo nos contos gaúchos do século XX)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rubert, Nara Marley Aléssio
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/28002
Resumo: O regionalismo tem sido tema de discussões incansáveis, especialmente nas letras gaúchas, que têm um dos regionalismos mais bem definidos da literatura brasileira. Com este trabalho, buscamos entender quando se deu o início desta categoria, no gênero conto, na literatura do estado do Rio Grande do Sul e como avançou pelo século XX. Neste estudo, debruçamo-nos sobre as obras: Tapera, de Alcides Maya (1911), Contos gauchescos, de João Simões Lopes Neto (1912), Campo fora, de Cyro Martins (1934), e Noite de matar um homem, de Sérgio Faraco (1986), por entendermos serem pontos determinantes de uma escalada do regionalismo no conto gaúcho. O escritor com o primeiro trabalho de ficção regionalista, na concepção típica do termo, no gênero de que estamos tratando é Maya; depois dele temos um nome que é referência no conto gaúcho, Lopes Neto; a seguir, com uma pausa de mais de duas décadas, encontramos o ―gaúcho a pé‖, figura criada por Martins e, com uma lacuna bem maior, surge o contemporâneo Faraco, que dedicou uma parte expressiva de sua produção ficcional para o conto regionalista. Nenhum grande valor das letras gaúchas surgiu depois dele até os dias de hoje. A fundamentação teórica amparou-se em Lúcia-Miguel Pereira e seu conceito de "cor local"; em José Clemente Pozzenato, por meio de suas discussões em torno do regional X universal; Antonio Candido, que traz uma tríplice divisão lúcida do regionalismo literário, à luz de teorias em torno da necessidade de acrescer consciência social e amplitude universal a esta categoria; além de Guilhermino Cesar, que nos fornece um importante diferenciador para o regionalismo gaúcho, que é "a gauchesca". Esses teóricos e os autores ficcionais de nosso estudo ajudam a esclarecer os rumos que o regionalismo gaúcho tomou no conto do Rio Grande do Sul no século XX.
id URGS_4f4d38eab565bdef432e58fdb56f18d7
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/28002
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Rubert, Nara Marley AléssioTutikian, Jane Fraga2011-03-10T05:59:29Z2010http://hdl.handle.net/10183/28002000766991O regionalismo tem sido tema de discussões incansáveis, especialmente nas letras gaúchas, que têm um dos regionalismos mais bem definidos da literatura brasileira. Com este trabalho, buscamos entender quando se deu o início desta categoria, no gênero conto, na literatura do estado do Rio Grande do Sul e como avançou pelo século XX. Neste estudo, debruçamo-nos sobre as obras: Tapera, de Alcides Maya (1911), Contos gauchescos, de João Simões Lopes Neto (1912), Campo fora, de Cyro Martins (1934), e Noite de matar um homem, de Sérgio Faraco (1986), por entendermos serem pontos determinantes de uma escalada do regionalismo no conto gaúcho. O escritor com o primeiro trabalho de ficção regionalista, na concepção típica do termo, no gênero de que estamos tratando é Maya; depois dele temos um nome que é referência no conto gaúcho, Lopes Neto; a seguir, com uma pausa de mais de duas décadas, encontramos o ―gaúcho a pé‖, figura criada por Martins e, com uma lacuna bem maior, surge o contemporâneo Faraco, que dedicou uma parte expressiva de sua produção ficcional para o conto regionalista. Nenhum grande valor das letras gaúchas surgiu depois dele até os dias de hoje. A fundamentação teórica amparou-se em Lúcia-Miguel Pereira e seu conceito de "cor local"; em José Clemente Pozzenato, por meio de suas discussões em torno do regional X universal; Antonio Candido, que traz uma tríplice divisão lúcida do regionalismo literário, à luz de teorias em torno da necessidade de acrescer consciência social e amplitude universal a esta categoria; além de Guilhermino Cesar, que nos fornece um importante diferenciador para o regionalismo gaúcho, que é "a gauchesca". Esses teóricos e os autores ficcionais de nosso estudo ajudam a esclarecer os rumos que o regionalismo gaúcho tomou no conto do Rio Grande do Sul no século XX.Regionalism has been the theme of tireless discussions, especially in Regional Gaucha lyrics, which have one of the most definite regionalisms in the Brazilian Literature. This work searches to understand when this category started, in the short story genre, in the literature of Rio Grande do Sul State and how it headed through the XX century. In this study, we lean over the works: Tapera, by Alcides Maya (1911), Contos Gauchescos, by João Simões Lopes Neto (1912), Campo for a, by Cyro Martins (1934), and Noite de matar um homem, by Sérgio Faraco (1986), as we understand them to be determinant points from a rising to regionalism, in the typical concept of the term, in the genre we are dealing with is Maya; after him there is a name which is reference in the Gaucho short stories, Lopes Neto; and after that, with a halt of more than two decades, we meet the ‗walking gaucho‘, image created by Martins and, with an even bigger gap, appears the contemporaneous Faraco, who dedicated an expressive part of his fictional production to the regionalist short stories.(Continue)0 No other great name, in the gaucho writing, appeared after him, until the present days. The theoretical fundamentation and the support of Lúcia-Miguel Pereira and her concept of "local color"; José Clemente Pozzenato through his discussion around regional x universal. Antonio Candido, who a triple lucid division of the literary regionalism, under the light of the theories which go around the need to add social conscience and universal amplitude to this category; besides Ghilhermino Cesar, who gives us an important differentiating point to the Gaucho Regionalism, which is "the gauchesca". There theoretic and fictional authors of our study help to clear the rumors that the gaucho regionalism took, in the short stories of Rio Grande do Sul, in the XX century.application/pdfporMaya, Alcides, 1878-1944. Tapera : Crítica e interpretaçãoLopes Neto, J. Simões (João Simões) , 1865-1916. Contos gauchescos : Crítica e interpretaçãoMartins, Cyro, 1908-1995 : Crítica e interpretaçãoFaraco, Sergio, 1940- : Crítica e interpretaçãoLiteratura brasileiraCrítica literáriaLiteratura sul-rio-grandenseRegionalismo gaúchoContoGaucho short storiesRegionalismXX centuryMayaLopes NetoMartinsFaracoEm que espécie de hombre o gaúcho se transformou? : (o regionalismo nos contos gaúchos do século XX)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPrograma de Pós-Graduação em LetrasPorto Alegre, BR-RS2010doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000766991.pdf000766991.pdfTexto completoapplication/pdf1199103http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/28002/1/000766991.pdf99fa8765771eac83df3a881fd99f32ceMD51TEXT000766991.pdf.txt000766991.pdf.txtExtracted Texttext/plain576848http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/28002/2/000766991.pdf.txt8d89224222df248c9bc64e396f45ffabMD52THUMBNAIL000766991.pdf.jpg000766991.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1206http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/28002/3/000766991.pdf.jpg7da05997d505f2d5427153d59d0f975aMD5310183/280022021-03-09 04:28:30.741376oai:www.lume.ufrgs.br:10183/28002Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-03-09T07:28:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Em que espécie de hombre o gaúcho se transformou? : (o regionalismo nos contos gaúchos do século XX)
title Em que espécie de hombre o gaúcho se transformou? : (o regionalismo nos contos gaúchos do século XX)
spellingShingle Em que espécie de hombre o gaúcho se transformou? : (o regionalismo nos contos gaúchos do século XX)
Rubert, Nara Marley Aléssio
Maya, Alcides, 1878-1944. Tapera : Crítica e interpretação
Lopes Neto, J. Simões (João Simões) , 1865-1916. Contos gauchescos : Crítica e interpretação
Martins, Cyro, 1908-1995 : Crítica e interpretação
Faraco, Sergio, 1940- : Crítica e interpretação
Literatura brasileira
Crítica literária
Literatura sul-rio-grandense
Regionalismo gaúcho
Conto
Gaucho short stories
Regionalism
XX century
Maya
Lopes Neto
Martins
Faraco
title_short Em que espécie de hombre o gaúcho se transformou? : (o regionalismo nos contos gaúchos do século XX)
title_full Em que espécie de hombre o gaúcho se transformou? : (o regionalismo nos contos gaúchos do século XX)
title_fullStr Em que espécie de hombre o gaúcho se transformou? : (o regionalismo nos contos gaúchos do século XX)
title_full_unstemmed Em que espécie de hombre o gaúcho se transformou? : (o regionalismo nos contos gaúchos do século XX)
title_sort Em que espécie de hombre o gaúcho se transformou? : (o regionalismo nos contos gaúchos do século XX)
author Rubert, Nara Marley Aléssio
author_facet Rubert, Nara Marley Aléssio
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rubert, Nara Marley Aléssio
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Tutikian, Jane Fraga
contributor_str_mv Tutikian, Jane Fraga
dc.subject.por.fl_str_mv Maya, Alcides, 1878-1944. Tapera : Crítica e interpretação
Lopes Neto, J. Simões (João Simões) , 1865-1916. Contos gauchescos : Crítica e interpretação
Martins, Cyro, 1908-1995 : Crítica e interpretação
Faraco, Sergio, 1940- : Crítica e interpretação
Literatura brasileira
Crítica literária
Literatura sul-rio-grandense
Regionalismo gaúcho
Conto
topic Maya, Alcides, 1878-1944. Tapera : Crítica e interpretação
Lopes Neto, J. Simões (João Simões) , 1865-1916. Contos gauchescos : Crítica e interpretação
Martins, Cyro, 1908-1995 : Crítica e interpretação
Faraco, Sergio, 1940- : Crítica e interpretação
Literatura brasileira
Crítica literária
Literatura sul-rio-grandense
Regionalismo gaúcho
Conto
Gaucho short stories
Regionalism
XX century
Maya
Lopes Neto
Martins
Faraco
dc.subject.eng.fl_str_mv Gaucho short stories
Regionalism
XX century
Maya
Lopes Neto
Martins
Faraco
description O regionalismo tem sido tema de discussões incansáveis, especialmente nas letras gaúchas, que têm um dos regionalismos mais bem definidos da literatura brasileira. Com este trabalho, buscamos entender quando se deu o início desta categoria, no gênero conto, na literatura do estado do Rio Grande do Sul e como avançou pelo século XX. Neste estudo, debruçamo-nos sobre as obras: Tapera, de Alcides Maya (1911), Contos gauchescos, de João Simões Lopes Neto (1912), Campo fora, de Cyro Martins (1934), e Noite de matar um homem, de Sérgio Faraco (1986), por entendermos serem pontos determinantes de uma escalada do regionalismo no conto gaúcho. O escritor com o primeiro trabalho de ficção regionalista, na concepção típica do termo, no gênero de que estamos tratando é Maya; depois dele temos um nome que é referência no conto gaúcho, Lopes Neto; a seguir, com uma pausa de mais de duas décadas, encontramos o ―gaúcho a pé‖, figura criada por Martins e, com uma lacuna bem maior, surge o contemporâneo Faraco, que dedicou uma parte expressiva de sua produção ficcional para o conto regionalista. Nenhum grande valor das letras gaúchas surgiu depois dele até os dias de hoje. A fundamentação teórica amparou-se em Lúcia-Miguel Pereira e seu conceito de "cor local"; em José Clemente Pozzenato, por meio de suas discussões em torno do regional X universal; Antonio Candido, que traz uma tríplice divisão lúcida do regionalismo literário, à luz de teorias em torno da necessidade de acrescer consciência social e amplitude universal a esta categoria; além de Guilhermino Cesar, que nos fornece um importante diferenciador para o regionalismo gaúcho, que é "a gauchesca". Esses teóricos e os autores ficcionais de nosso estudo ajudam a esclarecer os rumos que o regionalismo gaúcho tomou no conto do Rio Grande do Sul no século XX.
publishDate 2010
dc.date.issued.fl_str_mv 2010
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2011-03-10T05:59:29Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/28002
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000766991
url http://hdl.handle.net/10183/28002
identifier_str_mv 000766991
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/28002/1/000766991.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/28002/2/000766991.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/28002/3/000766991.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 99fa8765771eac83df3a881fd99f32ce
8d89224222df248c9bc64e396f45ffab
7da05997d505f2d5427153d59d0f975a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1810085193651847168