O livro de travesseiro : questões de autoria, tradução e adaptação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/134427 |
Resumo: | OLivro de Travesseiro (Makura no Sôshi), de Sei Shônagon, escrito entre o fim do século X e o início do XI, possui hoje inegável status canônico no contexto da literatura japonesa. Ao mesmo tempo, é o texto japonês mais traduzido do mundo, ocupando lugar estável na lista de títulos que são considerados como pertencentes à Weltliteratur, com uma adaptação cinematográfica (O Livro de Cabeceira, de Peter Greenaway, 1996) e duas versões para o português do Brasil (2008 e 2013). A posteridade tratou as enumerações presentes no texto como tópicos poéticos, ou mesmo, contemporaneamente, como poesia - principalmente em tradução. As listas revelam uma atitude lúdica com relação à linguagem e àquilo que Foucault chamava de "categorias do pensamento" Nesse sentido, o texto de Sei Shônagon pode ser posto em diálogo com o olhar de estranheza em relação à categorização racionalista, que é a premissa de As Palavras e as Coisas (Michel Foucault, 1966) e com a obra de Jorge Luis Borges. A obra de Sei Shônagon mobiliza diversas camadas de conceitos problemáticos ao mesmo tempo. Por outro lado, nenhuma dessas categorias se aplica a O Livro de Travesseiro sem provocar, por sua vez, desestabilizações conceituais. A questão da autoria feminina e de sua relação com a figura do pai e com a cultura do patriarcado reaparece em O Livro de Cabeceira, na trajetória de liberação pela escrita da personagem principal do filme. Essas possíveis leituras dos textos propostos contribuem para a problematização de questões relacionadas à autoria, ao conhecimento, à tradução e à adaptação. |
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Cunha, Andrei dos SantosSchmidt, Rita Terezinha2016-03-30T02:08:01Z2016http://hdl.handle.net/10183/134427000987782OLivro de Travesseiro (Makura no Sôshi), de Sei Shônagon, escrito entre o fim do século X e o início do XI, possui hoje inegável status canônico no contexto da literatura japonesa. Ao mesmo tempo, é o texto japonês mais traduzido do mundo, ocupando lugar estável na lista de títulos que são considerados como pertencentes à Weltliteratur, com uma adaptação cinematográfica (O Livro de Cabeceira, de Peter Greenaway, 1996) e duas versões para o português do Brasil (2008 e 2013). A posteridade tratou as enumerações presentes no texto como tópicos poéticos, ou mesmo, contemporaneamente, como poesia - principalmente em tradução. As listas revelam uma atitude lúdica com relação à linguagem e àquilo que Foucault chamava de "categorias do pensamento" Nesse sentido, o texto de Sei Shônagon pode ser posto em diálogo com o olhar de estranheza em relação à categorização racionalista, que é a premissa de As Palavras e as Coisas (Michel Foucault, 1966) e com a obra de Jorge Luis Borges. A obra de Sei Shônagon mobiliza diversas camadas de conceitos problemáticos ao mesmo tempo. Por outro lado, nenhuma dessas categorias se aplica a O Livro de Travesseiro sem provocar, por sua vez, desestabilizações conceituais. A questão da autoria feminina e de sua relação com a figura do pai e com a cultura do patriarcado reaparece em O Livro de Cabeceira, na trajetória de liberação pela escrita da personagem principal do filme. Essas possíveis leituras dos textos propostos contribuem para a problematização de questões relacionadas à autoria, ao conhecimento, à tradução e à adaptação.The Pillow Book (Makura no Sõshi) of Sei Shônagon, written between the end of the tenth and the beginning of the eleventh century, has attained undeniable canonical status in the context o f Japanese Literature. lt also is the most translated ]a panes e text in the world, and occupies a stable place in the list of works that are considered as belonging to the realm of Weltliteratur. It has been adapted to the screen outside Japan (The Pillow Book by Peter Greenaway, 1996) and translated twice to Brazilian Portuguese (in 2008 and 2013). Later generations of readers have treated the text's enumerations as catalogues of poetic topics or even, since the beginning of the twentieth century, and especially in translation, as poetry. The lists show a playful approach to language and to what Foucault has called the "categories of thought". In this sense, Sei Shõnagon's reuvre can be read in resonance with Foucault's Les Mots et les Choses (1966) and its attempt to defamiliarize rational categorization, a conceptual device which can also be found in the work ofJorge Luis Borges. Sei Shõnagon's work simultaneously mobilizes severallayers of problematíc concepts. On the other hand, none of these categories applies to lhe Pillow Book without engendering further conceptual destabilization. The issues of female authorship and woman authors' relationships with their fathers in a patriarchal culture reappear in the film, in the main character's journey towards liberation through writing. Those possible readings of the proposed texts contribute to the problematization of issues related to authorship, knowledge, translation and adaptation.application/pdfporLiteratura japonesaOrientalismoCategorizaçãoCategorizationFemale authorshipWeltliteraturOrientalismBorges, Jorge LuisFoucault, MichelO livro de travesseiro : questões de autoria, tradução e adaptaçãoThe pillow book : authorship, translation, and adaptationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPrograma de Pós-Graduação em LetrasPorto Alegre, BR-RS2016doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000987782.pdf000987782.pdfTexto completoapplication/pdf69836937http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/134427/1/000987782.pdf5f3b4c1f8f05468e115ce11432d17876MD51TEXT000987782.pdf.txt000987782.pdf.txtExtracted Texttext/plain423275http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/134427/2/000987782.pdf.txt864243abad99d6e96e2caa9629375db6MD52THUMBNAIL000987782.pdf.jpg000987782.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1084http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/134427/3/000987782.pdf.jpg9c97603093685c25537b24fbb4348d10MD5310183/1344272018-10-29 08:18:27.653oai:www.lume.ufrgs.br:10183/134427Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-29T11:18:27Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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