Efeitos da carga e duração do exercício sobre o conforto e os parâmetros biomecânicos de contato com o selim em ciclistas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dagnese, Frederico
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/55625
Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos da carga de trabalho e do tempo de pedalada sobre a área, força, pressão de contato e o conforto no selim e as relações dos hábitos de vida e características da prática esportiva com a função erétil em ciclistas. Quinze ciclistas recreacionais (CR) e 15 amadores competitivos (CC) do sexo masculino foram avaliados antropometricamente e responderam a questionários relacionados à prática esportiva, aos hábitos de vida e ao índice internacional da função erétil (IIEF). Eles completaram os protocolos de ciclismo que consistiram (1) no ajuste do posicionamento corporal sobre a bicicleta (PAP), (2) protocolo de carga incremental (PCI) para determinação da potência máxima (PM), (3) protocolo de carga variável (PCV) e (4) protocolo de carga constante (PCC). Durante o PCV e PCC foi monitorada a área, força e pressão de contato no selim. No PCC, além destas, foi monitorado o grau de desconforto no selim. Os dados foram descritos na forma de média e desvio padrão considerando nível de significância de a=0,05. Os resultados demonstraram que as diferenças antropométricas e de desempenho entre os grupos foram diferentes, corroborando os diferentes níveis de condicionamento procurados. Foi observada correlação positiva e moderada entre o perímetro de quadril com a área de contato com o selim. Não houve diferença entre os grupos quando comparadas a área, força e pressão de contato para o PCV e PCC, sem efeito também do tempo de pedalada. As diferenças ocorreram nas análises intra-grupos. CR, em resposta a alterações na cadência de pedalada, não tem alterada a área, força e pressão de contato com o selim, sendo observado um efeito contrário sobre as mesmas variáveis quando alterada a potência de pedalada. CC, embora sem mudanças sobre a área de contato, tem modificada a força e pressão de contato em resposta tanto a alterações na cadência quanto potência de pedalada. O aumento da cadência e da potência de pedalada acarreta aumento e diminuição, respectivamente, da área, força e pressão de contato. CC parecem ser mais tolerantes ao desconforto durante o PCC. Os grupos não foram diferentes quando comparados os escores relacionados ao IIEF. Portanto, CC tem alterados de maneira mais destacada a área, força e pressão de contato com o selim em resposta a diferentes cargas de trabalho e são mais tolerantes ao desconforto perineal ao longo do tempo, indicativos de uma maior “flutuação” da pelve sobre o selim. Apesar das diferenças que caracterizam a prática de cada grupo, ciclistas recreacionais e competitivos possuem função erétil normal e semelhante.
id URGS_5310eaeb97599e567ce82a8f5293b7ec
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/55625
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Dagnese, FredericoMota, Carlos Bolli2012-09-26T01:36:39Z2011http://hdl.handle.net/10183/55625000859072O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos da carga de trabalho e do tempo de pedalada sobre a área, força, pressão de contato e o conforto no selim e as relações dos hábitos de vida e características da prática esportiva com a função erétil em ciclistas. Quinze ciclistas recreacionais (CR) e 15 amadores competitivos (CC) do sexo masculino foram avaliados antropometricamente e responderam a questionários relacionados à prática esportiva, aos hábitos de vida e ao índice internacional da função erétil (IIEF). Eles completaram os protocolos de ciclismo que consistiram (1) no ajuste do posicionamento corporal sobre a bicicleta (PAP), (2) protocolo de carga incremental (PCI) para determinação da potência máxima (PM), (3) protocolo de carga variável (PCV) e (4) protocolo de carga constante (PCC). Durante o PCV e PCC foi monitorada a área, força e pressão de contato no selim. No PCC, além destas, foi monitorado o grau de desconforto no selim. Os dados foram descritos na forma de média e desvio padrão considerando nível de significância de a=0,05. Os resultados demonstraram que as diferenças antropométricas e de desempenho entre os grupos foram diferentes, corroborando os diferentes níveis de condicionamento procurados. Foi observada correlação positiva e moderada entre o perímetro de quadril com a área de contato com o selim. Não houve diferença entre os grupos quando comparadas a área, força e pressão de contato para o PCV e PCC, sem efeito também do tempo de pedalada. As diferenças ocorreram nas análises intra-grupos. CR, em resposta a alterações na cadência de pedalada, não tem alterada a área, força e pressão de contato com o selim, sendo observado um efeito contrário sobre as mesmas variáveis quando alterada a potência de pedalada. CC, embora sem mudanças sobre a área de contato, tem modificada a força e pressão de contato em resposta tanto a alterações na cadência quanto potência de pedalada. O aumento da cadência e da potência de pedalada acarreta aumento e diminuição, respectivamente, da área, força e pressão de contato. CC parecem ser mais tolerantes ao desconforto durante o PCC. Os grupos não foram diferentes quando comparados os escores relacionados ao IIEF. Portanto, CC tem alterados de maneira mais destacada a área, força e pressão de contato com o selim em resposta a diferentes cargas de trabalho e são mais tolerantes ao desconforto perineal ao longo do tempo, indicativos de uma maior “flutuação” da pelve sobre o selim. Apesar das diferenças que caracterizam a prática de cada grupo, ciclistas recreacionais e competitivos possuem função erétil normal e semelhante.This study aimed at assessment of exercise load and duration effects on saddle contact area, reaction force, pressure and comfort and its relationships with daily life habits and training characteristic that may underlie erectile dysfunction among cyclists. Fifteen recreational cyclists (CR) and 15 amateur competitive male (CC) athletes performed the trials. They were first tested for anthropometric characteristics and anamneses related to sport practice, life habits and international index of erectly dysfunction. All participants completed cycling protocols for (1) bike fit, (2) incremental maximal test to determine maximal power output, (3) variable power test (PCV) and (4) constant load test (PCC). Saddle area, reaction force, contact pressure and discomfort level were assessed during PCV and PCC. Data were presented for mean and standard-deviation for significance level of 0.05. The results indicated group differences for anthropometric and performance variables, which may results from different level of physical conditioning between groups. There was positive and moderated correlation between hip circumference and saddle contact area. No difference was observed between groups for area, force and pressure during PCV and PCC, as well any effect of exercise duration was observed. Significant differences were observed within-groups. CR did not altered saddle area, force and pressure when pedaling cadence was changed. In other hand, these variables were significantly affected by exercise load, which suggest that power output rather than pedaling cadence affect saddle pressure in CR. For CC, contact area unchanged, whereas force and pressure were influenced by changes in both pedaling cadence and power output. For this group, increase of cadence or power leaded to higher and lower saddle area, force and pressure, respectively. CC were more tolerant for discomforts while pedaling. There were no differences regarding scores related to erectile dysfunction that was normal between groups. In conclusion, CC present changes in saddle area, force and pressure when exercise load was changed. They also were more tolerant to perineal discomfort during prolonged cycling. Despite of differences in saddle pressure variables between groups, recreational and competitive cyclists had similar and normal erectile function.application/pdfporBiomecânicaCiclismoFisiologia do exercícioBiomechanicsDynamometerCyclingProtocolsSaddle pressureComfort perceptionNumbnessErectile dysfunctionEfeitos da carga e duração do exercício sobre o conforto e os parâmetros biomecânicos de contato com o selim em ciclistasEffects of load and duration exercise on comfort and biomechanics parameters of saddle related contact in cyclists info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação FísicaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2011mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000859072.pdf000859072.pdfTexto completoapplication/pdf3195507http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55625/1/000859072.pdf862428c17eeb2b1ad900c5f3f1dbfcc3MD51TEXT000859072.pdf.txt000859072.pdf.txtExtracted Texttext/plain209307http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55625/2/000859072.pdf.txt342f6d30119b2768b18e99fab5e4d9b8MD52THUMBNAIL000859072.pdf.jpg000859072.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1131http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55625/3/000859072.pdf.jpgb79bea23b503198a913811ffcb3e385bMD5310183/556252018-10-15 09:14:41.02oai:www.lume.ufrgs.br:10183/55625Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-15T12:14:41Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Efeitos da carga e duração do exercício sobre o conforto e os parâmetros biomecânicos de contato com o selim em ciclistas
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Effects of load and duration exercise on comfort and biomechanics parameters of saddle related contact in cyclists
title Efeitos da carga e duração do exercício sobre o conforto e os parâmetros biomecânicos de contato com o selim em ciclistas
spellingShingle Efeitos da carga e duração do exercício sobre o conforto e os parâmetros biomecânicos de contato com o selim em ciclistas
Dagnese, Frederico
Biomecânica
Ciclismo
Fisiologia do exercício
Biomechanics
Dynamometer
Cycling
Protocols
Saddle pressure
Comfort perception
Numbness
Erectile dysfunction
title_short Efeitos da carga e duração do exercício sobre o conforto e os parâmetros biomecânicos de contato com o selim em ciclistas
title_full Efeitos da carga e duração do exercício sobre o conforto e os parâmetros biomecânicos de contato com o selim em ciclistas
title_fullStr Efeitos da carga e duração do exercício sobre o conforto e os parâmetros biomecânicos de contato com o selim em ciclistas
title_full_unstemmed Efeitos da carga e duração do exercício sobre o conforto e os parâmetros biomecânicos de contato com o selim em ciclistas
title_sort Efeitos da carga e duração do exercício sobre o conforto e os parâmetros biomecânicos de contato com o selim em ciclistas
author Dagnese, Frederico
author_facet Dagnese, Frederico
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Dagnese, Frederico
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Mota, Carlos Bolli
contributor_str_mv Mota, Carlos Bolli
dc.subject.por.fl_str_mv Biomecânica
Ciclismo
Fisiologia do exercício
topic Biomecânica
Ciclismo
Fisiologia do exercício
Biomechanics
Dynamometer
Cycling
Protocols
Saddle pressure
Comfort perception
Numbness
Erectile dysfunction
dc.subject.eng.fl_str_mv Biomechanics
Dynamometer
Cycling
Protocols
Saddle pressure
Comfort perception
Numbness
Erectile dysfunction
description O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos da carga de trabalho e do tempo de pedalada sobre a área, força, pressão de contato e o conforto no selim e as relações dos hábitos de vida e características da prática esportiva com a função erétil em ciclistas. Quinze ciclistas recreacionais (CR) e 15 amadores competitivos (CC) do sexo masculino foram avaliados antropometricamente e responderam a questionários relacionados à prática esportiva, aos hábitos de vida e ao índice internacional da função erétil (IIEF). Eles completaram os protocolos de ciclismo que consistiram (1) no ajuste do posicionamento corporal sobre a bicicleta (PAP), (2) protocolo de carga incremental (PCI) para determinação da potência máxima (PM), (3) protocolo de carga variável (PCV) e (4) protocolo de carga constante (PCC). Durante o PCV e PCC foi monitorada a área, força e pressão de contato no selim. No PCC, além destas, foi monitorado o grau de desconforto no selim. Os dados foram descritos na forma de média e desvio padrão considerando nível de significância de a=0,05. Os resultados demonstraram que as diferenças antropométricas e de desempenho entre os grupos foram diferentes, corroborando os diferentes níveis de condicionamento procurados. Foi observada correlação positiva e moderada entre o perímetro de quadril com a área de contato com o selim. Não houve diferença entre os grupos quando comparadas a área, força e pressão de contato para o PCV e PCC, sem efeito também do tempo de pedalada. As diferenças ocorreram nas análises intra-grupos. CR, em resposta a alterações na cadência de pedalada, não tem alterada a área, força e pressão de contato com o selim, sendo observado um efeito contrário sobre as mesmas variáveis quando alterada a potência de pedalada. CC, embora sem mudanças sobre a área de contato, tem modificada a força e pressão de contato em resposta tanto a alterações na cadência quanto potência de pedalada. O aumento da cadência e da potência de pedalada acarreta aumento e diminuição, respectivamente, da área, força e pressão de contato. CC parecem ser mais tolerantes ao desconforto durante o PCC. Os grupos não foram diferentes quando comparados os escores relacionados ao IIEF. Portanto, CC tem alterados de maneira mais destacada a área, força e pressão de contato com o selim em resposta a diferentes cargas de trabalho e são mais tolerantes ao desconforto perineal ao longo do tempo, indicativos de uma maior “flutuação” da pelve sobre o selim. Apesar das diferenças que caracterizam a prática de cada grupo, ciclistas recreacionais e competitivos possuem função erétil normal e semelhante.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2012-09-26T01:36:39Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/55625
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000859072
url http://hdl.handle.net/10183/55625
identifier_str_mv 000859072
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55625/1/000859072.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55625/2/000859072.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55625/3/000859072.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 862428c17eeb2b1ad900c5f3f1dbfcc3
342f6d30119b2768b18e99fab5e4d9b8
b79bea23b503198a913811ffcb3e385b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1810085235387269120