Repercussões cardiovasculares da ingestão aguda de álcool
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/17223 |
Resumo: | Introdução: A pressão arterial (PA), a variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) e o consumo de bebidas têm sido associados com desfechos cardiovasculares, que têm maior incidência de eventos no período da manhã. Objetivos: Avaliar em indivíduos jovens e saudáveis a variação em parâmetros cardiovasculares (diâmetro da artéria braquial - DAB, dilatação mediada pelo fluxo - FMD, dilatação não mediada pelo fluxo - NFMD, freqüência cardíaca - FC, PA, VFC) em diferentes momentos do dia. Investigar se a ingestão aguda de álcool tem um efeito em diferentes horários após consumo sobre vários índices da VFC no domínio do tempo, e se tal efeito é independente ou não da FC. Métodos: Os parâmetros foram mensurados em três horários (17h, 22h e 7h) por ecodoppler da artéria braquial (DAB, FMD, NFMD) e avaliação clínica (PA, FC) em 50 indivíduos saudáveis do sexo masculino, com idades entre 18 e 25 anos (média de 20,74 anos), A VFC foi avaliada por Holter e comparada entre indivíduos jovens e saudáveis que consumiram 60g de álcool ou placebo (35 indivíduos por grupo) durante 17h após a ingestão. Resultados: O DAB foi menor às 7h quando comparado às 17h e 22h (P < 0.001). Os valores de FMD não se modificaram ao longo do dia, enquanto o NFMD aumentou às 7h, quando comparado aos demais horários. A VFC caiu após a ingestão de álcool, paralelamente a um aumento na freqüência cardíaca. A variação hora a hora da VFC e FC foram simetricamente opostas, sugerindo que a redução da VFC seria uma conseqüência da ativação simpática associada ao aumento da FC. Conclusões: O estado fisiológico de vasoconstrição após acordar, com reatividade endotelial e capacidade de dilatação preservada pela manhã, deveria ser considerado como parte de uma adaptação cardiovascular saudável e levada em conta nos estudos sobre fatores de risco e disfunção endotelial em uma idade mais tardia. Os efeitos autonômicos recorrentes da ingestão de álcool, particularmente em grandes quantidades e por indivíduos com um padrão de consumo abusivo, poderiam estar relacionados com os efeitos deletérios do álcool sobre o coração. Os dois conjuntos de resultados desta Tese apontam para a necessidade de mais estudos controlados em uma faixa etária mais avançada, em indivíduos de ambos os sexos, hipertensos ou normotensos, para avaliar tanto o risco coronariano matinal como também os efeitos do consumo de álcool sobre o aumento da PA e potencial arritmogênico. |
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Bau, Paulo Fernando DottoFuchs, Flávio Danni2009-09-12T04:17:23Z2009http://hdl.handle.net/10183/17223000710607Introdução: A pressão arterial (PA), a variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) e o consumo de bebidas têm sido associados com desfechos cardiovasculares, que têm maior incidência de eventos no período da manhã. Objetivos: Avaliar em indivíduos jovens e saudáveis a variação em parâmetros cardiovasculares (diâmetro da artéria braquial - DAB, dilatação mediada pelo fluxo - FMD, dilatação não mediada pelo fluxo - NFMD, freqüência cardíaca - FC, PA, VFC) em diferentes momentos do dia. Investigar se a ingestão aguda de álcool tem um efeito em diferentes horários após consumo sobre vários índices da VFC no domínio do tempo, e se tal efeito é independente ou não da FC. Métodos: Os parâmetros foram mensurados em três horários (17h, 22h e 7h) por ecodoppler da artéria braquial (DAB, FMD, NFMD) e avaliação clínica (PA, FC) em 50 indivíduos saudáveis do sexo masculino, com idades entre 18 e 25 anos (média de 20,74 anos), A VFC foi avaliada por Holter e comparada entre indivíduos jovens e saudáveis que consumiram 60g de álcool ou placebo (35 indivíduos por grupo) durante 17h após a ingestão. Resultados: O DAB foi menor às 7h quando comparado às 17h e 22h (P < 0.001). Os valores de FMD não se modificaram ao longo do dia, enquanto o NFMD aumentou às 7h, quando comparado aos demais horários. A VFC caiu após a ingestão de álcool, paralelamente a um aumento na freqüência cardíaca. A variação hora a hora da VFC e FC foram simetricamente opostas, sugerindo que a redução da VFC seria uma conseqüência da ativação simpática associada ao aumento da FC. Conclusões: O estado fisiológico de vasoconstrição após acordar, com reatividade endotelial e capacidade de dilatação preservada pela manhã, deveria ser considerado como parte de uma adaptação cardiovascular saudável e levada em conta nos estudos sobre fatores de risco e disfunção endotelial em uma idade mais tardia. Os efeitos autonômicos recorrentes da ingestão de álcool, particularmente em grandes quantidades e por indivíduos com um padrão de consumo abusivo, poderiam estar relacionados com os efeitos deletérios do álcool sobre o coração. Os dois conjuntos de resultados desta Tese apontam para a necessidade de mais estudos controlados em uma faixa etária mais avançada, em indivíduos de ambos os sexos, hipertensos ou normotensos, para avaliar tanto o risco coronariano matinal como também os efeitos do consumo de álcool sobre o aumento da PA e potencial arritmogênico.Introduction: The blood pressure (BP), heart rate variability (HRV) and alcoholic beverage consumption have been associated with negative cardiovascular outcomes which in turn have a higher incidence in the morning period. Objectives: To evaluate in health young men the variation in cardiovascular parameters (brachial artery diameter - BAD, flow mediated dilation - FMD, non flow mediated dilation - NFMD, heart rate - HR, BP and HRV) in different times of day. To verify if an acute ingestion of alcohol has a time-dependent influence over time domain indices of HRV, and if this effect is independent of heart rate. Methods: The parameteres were measured in three different times (7 am, 5 pm and 10 pm) by brachial artery ultrasound (BAD, FMD, NFMD) and clinical evaluation (BP, HR) in 50 healthy young males, age range: 18 to 25 years, averaging 20,8 years. HRV was evaluated by Holter and compared between healthy young males who ingested 60 g of ethanol or placebo (35 per group) before and during 17 hours after ingestion. Results: BAD was smaller at 7 am in comparison with 5 pm and 10 pm (P < 0.001). FMD values did not change significantly during the day, while NFMD increased more at 7 am, when compared to the other times of day (P = 0.04). There was a fall in HRV after the ingestion of alcohol, accompanied by an increase in heart rate. The hourly change in heart rate and HRV measures were roughly symmetrically opposed to each other, suggesting that the acute ingestion of alcohol promoted a variation in HRV as a consequence of sympathetic activation and increased heart rate. Conclusions: The physiological state of vasoconstriction after awakening, with preserved capability to dilate in the morning, should be considered to be part of the healthy cardiovascular adaptation before considering later life risk factors and endothelial dysfunction. The recurrent autonomic effects of alcohol consumption, particularly at higher amounts by individuals with a pattern of abusive consumption, could be related to the deleterious effects of alcohol over the heart. The two sets of results of this Thesis point towards the need for further controlled studies focused on an advanced age range, in subjects of both genders, hipertensives or normotensives, in order to evaluate both the morning coronary risk as well as the effects of alcohol consumption on hypertension and arrythmias.application/pdfporTranstornos induzidos por álcoolAlcoolismoDoenças cardiovascularesRepercussões cardiovasculares da ingestão aguda de álcoolinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Cardiologia e Ciências CardiovascularesPorto Alegre, BR-RS2009doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000710607.pdf.txt000710607.pdf.txtExtracted Texttext/plain85525http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17223/2/000710607.pdf.txtb78813383f22677af99f4727e90a21c0MD52ORIGINAL000710607.pdf000710607.pdfTexto completoapplication/pdf2304939http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17223/1/000710607.pdf99ec760deffc715f890f88be661ff3b7MD51THUMBNAIL000710607.pdf.jpg000710607.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1078http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/17223/3/000710607.pdf.jpg796f1667736424e8dd8bba45369cb51eMD5310183/172232018-10-16 09:06:13.126oai:www.lume.ufrgs.br:10183/17223Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-16T12:06:13Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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