The dynamics of sartup innovation in innovation ecosystems
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/258396 |
Resumo: | Devido à sua complexidade, inovar requer muitos recursos que dificilmente são encontrados nas startups, por essas serem empreendimentos jovens com recursos limitados. Para superar tal dificuldade, as startups contam com atores do ecossistema de inovação (EI) para se beneficiarem de seus recursos. EI refere-se ao ambiente de negócios onde os atores de uma rede social multicamadas interagem para cocriar valor propiciando a inovação de um ator ou de uma população de atores. Portanto, as startups criam vínculos com atores de EI como universidades, incubadoras, fornecedores, entre outros atores para alavancar seus recursos. No entanto, a dinâmica existente no compartilhamento de recursos e como as startups se beneficiam do EI carecem de aprofundamento teórico. Com base nisso, esta tese de doutorado tem como objetivo analisar a dinâmica de gestão da inovação de startups em ecossistemas de inovação. Para tanto, esta tese aborda três objetivos principais de pesquisa: (i) descrever como as startups gerenciam os recursos dos atores de EI ao longo de suas fases de ciclo de vida; (ii) analisar como a interação entre a participação no EI e as contingências de mercado influenciam a inovatividade das startups; e por fim (iii) identificar como a relação entre a inovatividade das startups é afetada pela presença em um EI, pelo comportamento de resourcefulness e pela qualificação da equipe. Para o objetivo de pesquisa (i), foram estudados dez casos de startups de manufatura e realizadas entrevistas com atores do EI. Os resultados mostram que durante a criação, a interação com atores não orientados ao mercado é predominante e as startups se concentram em agrupar recursos de inovação e sociais. Enquanto na fase de desenvolvimento, as interações envolvem uma integração equilibrada de atores orientados e não orientados ao mercado, e as startups se concentram em agregar recursos de inovação, sociais e organizacionais. Por fim, as interações com atores orientados para o mercado são predominantes na fase de mercado, e as startups ainda agregam recursos sociais e de inovação. Com base nos achados, discutimos como o EI ajuda as startups a desenvolver uma estratégia ambidestra de exploration e exploitation e quais capacidades as startups desenvolvem em cada fase do ciclo de vida. Em seguida, para o objetivo de pesquisa (ii), adota-se uma perspectiva de contingência para analisar como a interação entre os fatores de mercado e a participação do ecossistema de inovação influencia a inovação tecnológica e do modelo de negócios das startups. Foram analisados dados de uma pesquisa em larga escala de startups alemãs que mostraram que participar de um EI é especialmente benéfico quando as startups precisam lidar com mercados em rápida mudança, menos previsíveis e de baixo lucro. Já para a inovação do modelo de negócios, o ecossistema de inovação é mais benéfico para startups que precisam lidar com mercados de baixo lucro e mais previsíveis. Por fim, os achados do objetivo (iii) mostram que a participação no EI é capaz de compensar a baixa qualificação da equipe possivelmente porque a startup consegue encontrar no EI formas de superar as deficiências das equipes. Além disso, descobriu-se que o efeito da resourcefulness na inovatividade depende da participação das startups no EI. Mais especificamente, alto nível de resourcefulness é capaz de compensar a baixa participação do EI. As principais contribuições desta tese estão em relacionar a participação das startups no EI e os benefícios advindos dessa relação. Os resultados encontrados mostram que o EI é um elemento chave para a captação de recursos, para ajudar a superar as contingências do mercado e alavancar a resourcefulness com recursos e a qualificação da equipe para aproveitar ao máximo as forças internas. |
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Marcon, ArthurRibeiro, Jose Luis Duarte2023-05-23T03:27:58Z2023http://hdl.handle.net/10183/258396001167083Devido à sua complexidade, inovar requer muitos recursos que dificilmente são encontrados nas startups, por essas serem empreendimentos jovens com recursos limitados. Para superar tal dificuldade, as startups contam com atores do ecossistema de inovação (EI) para se beneficiarem de seus recursos. EI refere-se ao ambiente de negócios onde os atores de uma rede social multicamadas interagem para cocriar valor propiciando a inovação de um ator ou de uma população de atores. Portanto, as startups criam vínculos com atores de EI como universidades, incubadoras, fornecedores, entre outros atores para alavancar seus recursos. No entanto, a dinâmica existente no compartilhamento de recursos e como as startups se beneficiam do EI carecem de aprofundamento teórico. Com base nisso, esta tese de doutorado tem como objetivo analisar a dinâmica de gestão da inovação de startups em ecossistemas de inovação. Para tanto, esta tese aborda três objetivos principais de pesquisa: (i) descrever como as startups gerenciam os recursos dos atores de EI ao longo de suas fases de ciclo de vida; (ii) analisar como a interação entre a participação no EI e as contingências de mercado influenciam a inovatividade das startups; e por fim (iii) identificar como a relação entre a inovatividade das startups é afetada pela presença em um EI, pelo comportamento de resourcefulness e pela qualificação da equipe. Para o objetivo de pesquisa (i), foram estudados dez casos de startups de manufatura e realizadas entrevistas com atores do EI. Os resultados mostram que durante a criação, a interação com atores não orientados ao mercado é predominante e as startups se concentram em agrupar recursos de inovação e sociais. Enquanto na fase de desenvolvimento, as interações envolvem uma integração equilibrada de atores orientados e não orientados ao mercado, e as startups se concentram em agregar recursos de inovação, sociais e organizacionais. Por fim, as interações com atores orientados para o mercado são predominantes na fase de mercado, e as startups ainda agregam recursos sociais e de inovação. Com base nos achados, discutimos como o EI ajuda as startups a desenvolver uma estratégia ambidestra de exploration e exploitation e quais capacidades as startups desenvolvem em cada fase do ciclo de vida. Em seguida, para o objetivo de pesquisa (ii), adota-se uma perspectiva de contingência para analisar como a interação entre os fatores de mercado e a participação do ecossistema de inovação influencia a inovação tecnológica e do modelo de negócios das startups. Foram analisados dados de uma pesquisa em larga escala de startups alemãs que mostraram que participar de um EI é especialmente benéfico quando as startups precisam lidar com mercados em rápida mudança, menos previsíveis e de baixo lucro. Já para a inovação do modelo de negócios, o ecossistema de inovação é mais benéfico para startups que precisam lidar com mercados de baixo lucro e mais previsíveis. Por fim, os achados do objetivo (iii) mostram que a participação no EI é capaz de compensar a baixa qualificação da equipe possivelmente porque a startup consegue encontrar no EI formas de superar as deficiências das equipes. Além disso, descobriu-se que o efeito da resourcefulness na inovatividade depende da participação das startups no EI. Mais especificamente, alto nível de resourcefulness é capaz de compensar a baixa participação do EI. As principais contribuições desta tese estão em relacionar a participação das startups no EI e os benefícios advindos dessa relação. Os resultados encontrados mostram que o EI é um elemento chave para a captação de recursos, para ajudar a superar as contingências do mercado e alavancar a resourcefulness com recursos e a qualificação da equipe para aproveitar ao máximo as forças internas.Because of its complexity, innovation requires a multitude of resources that are hardly found within startups due to their being resource-constrained young ventures. To overcome such liabilities, startups rely on actors in the innovation ecosystem (IE) to benefit from their resources. IE refer to the business environment where actors under a multilayer social network interact to co-create value for the innovation of an actor or a population of actors. Therefore, startups create ties with IE actors such as universities, incubators, suppliers, among other actors to leverage their resources. Nonetheless, the underlying dynamics of resource sharing and how startups benefit from the IE remain unidentified. Grounded on that, this doctoral thesis aims to analyze the innovation management dynamics of startups in innovation ecosystems. To that end, this thesis addresses three main research objectives: (i) to describe how startups manage IE actors’ resources throughout their lifecycle phases; (ii) to analyze how the interplay between IE participation and market contingencies influence startups’ innovativeness; and finally (iii) to identify how the relationship between startups’ innovativeness is affected by their presence in an IE, resourcefulness and team qualification. For research objective (i), ten cases of startups and interview IE actors were studied. Findings show that during creation, interaction with nonmarket oriented actors is predominant and startups focus on bundling innovation and social resources. While in the development phase, interactions involve a balanced integration of market and non-market oriented actors, and startups focus on bundling innovation, social, and organizational resources. Finally, interactions with market-oriented actors are predominant in the market phase, and startups still bundle innovation and social resources. ased on the findings, we discuss how IE help startups develop an ambidextrous strategy of exploration and exploitation and which capabilities startups develop in each lifecycle phase. Next, for research objective (ii), a contingency perspective is adopted to analyze how the interplay between market factors and innovation ecosystem participation influences startups’ technological and business model innovativeness. We analyze data from a large-scale survey of German startups. We show that participating in an IE is especially beneficial when startups must cope with rapid-changing, less predictable, and low-profit markets. Whereas for business model innovativeness, the innovation ecosystem is most beneficial for startups that must cope with low-profit and more predictable markets. Finally, our findings of objective (iii) show that IE participation is able to compensate for low team qualification possibly because the startup is able to find in the IE the teams’ shortcomings. Also, we found that the effect of resourcefulness on overall innovativeness depends on the startups’ IE participation. More specifically, high resourcefulness behavior is able to compensate for low IE participation. The main contributions of this thesis lie in relating startups’ participation in IE and the benefits drawn from this relationship. The results found show that IE are a key element for resource acquisition, to help overcome market contingencies, and to leverage resourcefulness and team qualification to make the most of the internal strengths.application/pdfengStartupGestão da inovaçãoThe dynamics of sartup innovation in innovation ecosystemsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EngenhariaPrograma de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e TransportesPorto Alegre, BR-RS2023doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001167083.pdf.txt001167083.pdf.txtExtracted Texttext/plain380986http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/258396/2/001167083.pdf.txtd83a58dd94000f9563d4220dbc671600MD52ORIGINAL001167083.pdfTexto completo (inglês)application/pdf2582034http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/258396/1/001167083.pdfa1e93568ef5261a1709da67262d3d7b5MD5110183/2583962023-05-24 03:29:03.630886oai:www.lume.ufrgs.br:10183/258396Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-05-24T06:29:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Devido à sua complexidade, inovar requer muitos recursos que dificilmente são encontrados nas startups, por essas serem empreendimentos jovens com recursos limitados. Para superar tal dificuldade, as startups contam com atores do ecossistema de inovação (EI) para se beneficiarem de seus recursos. EI refere-se ao ambiente de negócios onde os atores de uma rede social multicamadas interagem para cocriar valor propiciando a inovação de um ator ou de uma população de atores. Portanto, as startups criam vínculos com atores de EI como universidades, incubadoras, fornecedores, entre outros atores para alavancar seus recursos. No entanto, a dinâmica existente no compartilhamento de recursos e como as startups se beneficiam do EI carecem de aprofundamento teórico. Com base nisso, esta tese de doutorado tem como objetivo analisar a dinâmica de gestão da inovação de startups em ecossistemas de inovação. Para tanto, esta tese aborda três objetivos principais de pesquisa: (i) descrever como as startups gerenciam os recursos dos atores de EI ao longo de suas fases de ciclo de vida; (ii) analisar como a interação entre a participação no EI e as contingências de mercado influenciam a inovatividade das startups; e por fim (iii) identificar como a relação entre a inovatividade das startups é afetada pela presença em um EI, pelo comportamento de resourcefulness e pela qualificação da equipe. Para o objetivo de pesquisa (i), foram estudados dez casos de startups de manufatura e realizadas entrevistas com atores do EI. Os resultados mostram que durante a criação, a interação com atores não orientados ao mercado é predominante e as startups se concentram em agrupar recursos de inovação e sociais. Enquanto na fase de desenvolvimento, as interações envolvem uma integração equilibrada de atores orientados e não orientados ao mercado, e as startups se concentram em agregar recursos de inovação, sociais e organizacionais. Por fim, as interações com atores orientados para o mercado são predominantes na fase de mercado, e as startups ainda agregam recursos sociais e de inovação. Com base nos achados, discutimos como o EI ajuda as startups a desenvolver uma estratégia ambidestra de exploration e exploitation e quais capacidades as startups desenvolvem em cada fase do ciclo de vida. Em seguida, para o objetivo de pesquisa (ii), adota-se uma perspectiva de contingência para analisar como a interação entre os fatores de mercado e a participação do ecossistema de inovação influencia a inovação tecnológica e do modelo de negócios das startups. Foram analisados dados de uma pesquisa em larga escala de startups alemãs que mostraram que participar de um EI é especialmente benéfico quando as startups precisam lidar com mercados em rápida mudança, menos previsíveis e de baixo lucro. Já para a inovação do modelo de negócios, o ecossistema de inovação é mais benéfico para startups que precisam lidar com mercados de baixo lucro e mais previsíveis. Por fim, os achados do objetivo (iii) mostram que a participação no EI é capaz de compensar a baixa qualificação da equipe possivelmente porque a startup consegue encontrar no EI formas de superar as deficiências das equipes. Além disso, descobriu-se que o efeito da resourcefulness na inovatividade depende da participação das startups no EI. Mais especificamente, alto nível de resourcefulness é capaz de compensar a baixa participação do EI. As principais contribuições desta tese estão em relacionar a participação das startups no EI e os benefícios advindos dessa relação. Os resultados encontrados mostram que o EI é um elemento chave para a captação de recursos, para ajudar a superar as contingências do mercado e alavancar a resourcefulness com recursos e a qualificação da equipe para aproveitar ao máximo as forças internas. |
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