Cárie dentária e perda dentária em adolescentes do Sul do Brasil : um estudo de coorte
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/256043 |
Resumo: | Objetivos: O objetivo geral desta tese foi estudar a cárie dentária e a perda dentária em adolescentes de Porto Alegre, RS, após um período de 2,5 anos. Seus objetivos específicos foram: (1) Investigar se a atividade de cárie do paciente está independentemente associada ao incremento de cárie entre adolescentes, mesmo após o ajuste para experiência prévia de doença; (2) Avaliar a associação entre frequência de escovação e incremento de cárie e de perda dentária em adolescentes de Porto Alegre, RS. Metodologia: Na linha de base, entre 2009 e 2010, um estudo observacional transversal analítico foi desenvolvido em uma amostra representativa da população de escolares de 12 anos de Porto Alegre (n=1.528). A coleta de dados incluiu a aplicação de questionários e exame clínico odontológico. Entre 2012 e 2013, após um período de tempo médio de 2,5 anos (±0,35), 801 indivíduos foram reexaminados, representando 52,42% da amostra inicialmente examinada. As variáveis preditoras principais do Artigo I foram atividade de cárie e experiência de cárie. Quanto à atividade de cárie, foi considerado cárie-ativo o indivíduo que apresentou pelo menos uma lesão cariosa ativa no exame clínico inicial, não cavitada ou cavitada. Com relação à experiência de cárie, os adolescentes foram classificados como livres de cárie (índice CPO-D=0 no exame inicial) ou com experiência prévia de doença (índice CPO-D≥1 no exame inicial), o que foi determinado tanto no nível de cavidade quanto no nível de lesões não cavitadas. No Artigo II, a variável preditora principal foi a frequência de escovação, classificada em ≥3 vezes/dia, 2 vezes/dia ou ≤1 vez/dia. Os desfechos do estudo foram incremento de cárie no nível de cavidade (Artigos I e II) e incremento de perda dentária (Artigo II). Modelos de regressão de Poisson (não ajustados e ajustados) foram usados para estimar o risco de incremento de cárie e incremento de perda dentária ao longo do período de estudo. Foram estimadas as razões de risco de incidência (RRI) e seus respectivos intervalos de confiança (IC) de 95%. Resultados: No Artigo I, observou-se que, mesmo após o ajuste para variáveis sociodemográficas (sexo, nível socioeconômico e tipo de escola) e experiência prévia de cárie, adolescentes classificados como cárie-ativos no início do estudo apresentaram um risco cerca de 2 vezes maior de incremento de cárie do que aqueles classificados como cárie-inativos (experiência de cárie avaliada no nível de cavidade, IRR ajustada = 2,03, IC 95% = 1,52-2,72; experiência de cárie avaliada no nível de lesões não cavitadas, IRR ajustada = 2,16, IC 95% = 1,63-2,86). No Artigo II, observou-se que escovar os dentes duas vezes/dia proporcionou risco 40% maior (IRR = 10 1,40; IC 95% = 1,02-1,92) enquanto escovar os dentes ≤1 vez/dia proporcionou risco cerca de 2 vezes maior (IRR=1,96; IC 95%=1,38-2,77) de incremento cárie do que a frequência ≥3 vezes/dia, mesmo após o ajuste para variáveis sociodemográficas, comportamentais e clínicas. Em relação ao incremento de perda dentária, os adolescentes que relataram escovar os dentes duas vezes ao dia tiveram um risco ao redor de 4 vezes maior (IRR ajustada = 3,92; IC 95% = 1,23-12. 49) enquanto a menor frequência de escovação dentária (≤ 1 vez/dia) resultou em um risco 7 vezes maior (IRR ajustada = 7,09; IC 95% = 2,24-22,49) do que aqueles que relataram uma frequência ≥3 vezes/dia. Além disso, o Artigo II demonstrou que sexo, tipo de escola e gengivite modificaram o efeito da frequência de escovação sobre o incremento de perda dentária, sendo que os indivíduos mais suscetíveis (sexo feminino, estudantes de escolas públicas e aqueles apresentando ≥50% dos sítios gengivais sangrantes) foram mais prováveis de se beneficiar de uma terceira escovação dentária por dia. Conclusões: (1) Atividade de cárie do paciente foi significativamente associada ao incremento de cárie entre adolescentes, mesmo após o ajuste para experiência prévia de doença; (2) Adolescentes que escovavam os dentes duas vezes/dia ou menos apresentaram maior incremento de cárie e perda dentária comparados com os que escovavam os dentes 3 vezes/dia; (3) Adolescentes mais suscetíveis são os mais beneficiados por uma terceira escovação dentária ao dia. |
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Brusius, Carolina DoegeMaltz, Marisa2023-03-18T03:33:04Z2018http://hdl.handle.net/10183/256043001163661Objetivos: O objetivo geral desta tese foi estudar a cárie dentária e a perda dentária em adolescentes de Porto Alegre, RS, após um período de 2,5 anos. Seus objetivos específicos foram: (1) Investigar se a atividade de cárie do paciente está independentemente associada ao incremento de cárie entre adolescentes, mesmo após o ajuste para experiência prévia de doença; (2) Avaliar a associação entre frequência de escovação e incremento de cárie e de perda dentária em adolescentes de Porto Alegre, RS. Metodologia: Na linha de base, entre 2009 e 2010, um estudo observacional transversal analítico foi desenvolvido em uma amostra representativa da população de escolares de 12 anos de Porto Alegre (n=1.528). A coleta de dados incluiu a aplicação de questionários e exame clínico odontológico. Entre 2012 e 2013, após um período de tempo médio de 2,5 anos (±0,35), 801 indivíduos foram reexaminados, representando 52,42% da amostra inicialmente examinada. As variáveis preditoras principais do Artigo I foram atividade de cárie e experiência de cárie. Quanto à atividade de cárie, foi considerado cárie-ativo o indivíduo que apresentou pelo menos uma lesão cariosa ativa no exame clínico inicial, não cavitada ou cavitada. Com relação à experiência de cárie, os adolescentes foram classificados como livres de cárie (índice CPO-D=0 no exame inicial) ou com experiência prévia de doença (índice CPO-D≥1 no exame inicial), o que foi determinado tanto no nível de cavidade quanto no nível de lesões não cavitadas. No Artigo II, a variável preditora principal foi a frequência de escovação, classificada em ≥3 vezes/dia, 2 vezes/dia ou ≤1 vez/dia. Os desfechos do estudo foram incremento de cárie no nível de cavidade (Artigos I e II) e incremento de perda dentária (Artigo II). Modelos de regressão de Poisson (não ajustados e ajustados) foram usados para estimar o risco de incremento de cárie e incremento de perda dentária ao longo do período de estudo. Foram estimadas as razões de risco de incidência (RRI) e seus respectivos intervalos de confiança (IC) de 95%. Resultados: No Artigo I, observou-se que, mesmo após o ajuste para variáveis sociodemográficas (sexo, nível socioeconômico e tipo de escola) e experiência prévia de cárie, adolescentes classificados como cárie-ativos no início do estudo apresentaram um risco cerca de 2 vezes maior de incremento de cárie do que aqueles classificados como cárie-inativos (experiência de cárie avaliada no nível de cavidade, IRR ajustada = 2,03, IC 95% = 1,52-2,72; experiência de cárie avaliada no nível de lesões não cavitadas, IRR ajustada = 2,16, IC 95% = 1,63-2,86). No Artigo II, observou-se que escovar os dentes duas vezes/dia proporcionou risco 40% maior (IRR = 10 1,40; IC 95% = 1,02-1,92) enquanto escovar os dentes ≤1 vez/dia proporcionou risco cerca de 2 vezes maior (IRR=1,96; IC 95%=1,38-2,77) de incremento cárie do que a frequência ≥3 vezes/dia, mesmo após o ajuste para variáveis sociodemográficas, comportamentais e clínicas. Em relação ao incremento de perda dentária, os adolescentes que relataram escovar os dentes duas vezes ao dia tiveram um risco ao redor de 4 vezes maior (IRR ajustada = 3,92; IC 95% = 1,23-12. 49) enquanto a menor frequência de escovação dentária (≤ 1 vez/dia) resultou em um risco 7 vezes maior (IRR ajustada = 7,09; IC 95% = 2,24-22,49) do que aqueles que relataram uma frequência ≥3 vezes/dia. Além disso, o Artigo II demonstrou que sexo, tipo de escola e gengivite modificaram o efeito da frequência de escovação sobre o incremento de perda dentária, sendo que os indivíduos mais suscetíveis (sexo feminino, estudantes de escolas públicas e aqueles apresentando ≥50% dos sítios gengivais sangrantes) foram mais prováveis de se beneficiar de uma terceira escovação dentária por dia. Conclusões: (1) Atividade de cárie do paciente foi significativamente associada ao incremento de cárie entre adolescentes, mesmo após o ajuste para experiência prévia de doença; (2) Adolescentes que escovavam os dentes duas vezes/dia ou menos apresentaram maior incremento de cárie e perda dentária comparados com os que escovavam os dentes 3 vezes/dia; (3) Adolescentes mais suscetíveis são os mais beneficiados por uma terceira escovação dentária ao dia.Aims: The aim of this thesis was to study dental caries and tooth loss in adolescents from Porto Alegre, RS, after a period of 2.5 years. Its specific objectives were: (1) To investigate whether patient caries activity is independently associated with caries increment among adolescents, even after adjusting for previous disease experience; (2) To evaluate the association between brushing frequency and increased caries and tooth loss in adolescents from Porto Alegre, RS. Methodology: At baseline, between 2009 and 2010, an analytical cross-sectional observational study was carried out in a representative sample of the population of 12-year-old schoolchildren in Porto Alegre (n=1,528). Data collection included the application of questionnaires and clinical dental examination. Between August 2012 and May 2013, after an average time of 2.5 years (±0.35), 801 individuals were re-examined, representing 52.42% of the sample initially examined. The clinical examination followed the same procedure as the previous examination. The main predictor variables for Article I were caries activity and caries experience. As for caries activity, the individual who had at least one active carious lesion in the initial clinical examination, non-cavitated or cavitated, was considered caries active. Regarding caries experience, adolescents were classified as caries-free (DMF-D index=0 in the initial exam) or with previous experience of disease (DMF-D≥1 in the initial exam), which was determined both at the cavity level and at the level of non-cavitated lesions. In Article II, the main predictor variable was brushing frequency, classified as ≥3 times/day, 2 times/day, or ≤1 time/day. Study outcomes were caries increment at cavity-level (Articles I and II) and tooth loss increment (Article II). Poisson regression models (unadjusted and adjusted) were used to estimate the risk of increasing caries and increasing tooth loss over the study period. Incidence hazard ratios (IRI) and their respective 95% confidence intervals (CI) were estimated. Results: In Article I, it was observed that even after adjusting for socio-demographic variables (gender, socioeconomic level and type of school) and previous caries experience, adolescents classified as caries-active at the beginning of the study presented a risk of about 2 times greater caries increment than those classified as caries-inactive (caries experience assessed at cavity level, adjusted IRR = 2.03, 95% CI = 1.52-2.72; caries experience assessed at non-cavitated level of , adjusted IRR = 2.16, 95% CI = 1.63-2.86). . In Article II, it was observed that brushing teeth twice/day provided a 40% higher risk (IRR = 1.40; 95% CI = 1.02-1.92) while brushing teeth ≤1 time/day provided a risk about 2 times greater (IRR=1.96; 95% CI=1.38-2.77) 12 of caries increment than frequency ≥3 times/day, even after adjusting for sociodemographic, behavioral and clinical variables. Regarding the increase in tooth loss, adolescents who reported brushing their teeth twice/day had a risk around 4 times greater (adjusted IRR = 3.92; 95% CI = 1.23-12. 49) while lower frequency of toothbrushing (≤ 1 time/day) resulted in a 7-fold higher risk (adjusted IRR = 7.09; 95% CI = 2.24-22.49) than those who reported a frequency ≥3 times/day. In addition, Article II showed that sex, type of school and gingivitis modified the effect of brushing frequency on the increase in tooth loss, with the most susceptible individuals (female, public school students and those presenting ≥50% of bleeding gingival sites) were more likely to benefit from a third tooth brushing per day. Conclusions: (1) Patient caries activity was significantly associated with caries increment among adolescents, even after adjusting for previous disease experience; (2) Adolescents who brushed their teeth twice a day or less had a greater increase in caries and tooth loss compared to those who brushed their teeth 3 times a day; (3) More susceptible adolescents benefit most from having a third tooth brushing per day.application/pdfporCárie dentáriaFatores de riscoAdolescentesDentição permanenteEstudos de coortesEscovação dentáriaDental cariesRisk factorsAdolescentsPermanent dentitionCohort studyToothbrushing frequencyLongitudinal studiesTooth lossCárie dentária e perda dentária em adolescentes do Sul do Brasil : um estudo de coorteTooth caries and tooth loss in adolescents in Southern Brazil : a cohort studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de OdontologiaPrograma de Pós-Graduação em OdontologiaPorto Alegre, BR-RS2022doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001163661.pdf.txt001163661.pdf.txtExtracted Texttext/plain105989http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/256043/2/001163661.pdf.txtea99c5e92ff7189007d35a669b825132MD52ORIGINAL001163661.pdfTexto completoapplication/pdf2091265http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/256043/1/001163661.pdf4a7d403371e7d63a14524ca7543bd79cMD5110183/2560432023-03-19 03:35:31.430291oai:www.lume.ufrgs.br:10183/256043Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-03-19T06:35:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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