Mulheres em movimento na universidade pública: feminismo e formação de sujeitas políticas para o Bem Viver
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/265334 |
Resumo: | Esta tese tem por objetivo analisar olhares e ações de mulheres em movimento para a formação de subjetividades políticas feministas na perspectiva do Bem Viver, no contexto da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) como universidade pública emergente. Esta é uma investigação qualitativa, descritiva e interpretativa das vivências de mulheres na universidade na relação com a luta social das mulheres/feminista, utilizando uma perspectiva feminista e hermenêutico-dialética. A tese toma por base os diálogos com dezesseis interlocutoras, professoras, estudantes, gestoras e ativistas ligadas à UFFS nos câmpus de Cerro Largo, Chapecó, Erechim, Laranjeiras do Sul, Passo Fundo e Realeza. Também se apoia em documentos da UFFS e de movimentos sociais, produções e intervenções conjuntas para contextualizar as ações das mulheres em movimento e compreender melhor as experiências relatadas pelas sujeitas. A análise do conteúdo das entrevistas se dá em aproximação ao método de interpretação de sentidos, identificando sentidos emergentes organizados em categorias, de acordo com eixos temáticos predefinidos: subjetividade política, feminismo, universidade pública e Bem Viver. Em cada um dos eixos, articulou-se o material empírico às contribuições teóricas de autoras e autores de referência. O eixo da subjetividade política investiga experiências em processos de formação ético-política que produzem inclinações feministas, destacando os espaços família, movimentos sociais e universidade pública. O eixo do feminismo enfatiza as perspectivas do feminismo comunitário e do feminismo popular camponês e convergências interseccionais e contra-hegemônicas no enfrentamento à conjunção de capitalismo, patriarcado e colonialismo. O eixo da universidade pública discute o papel social da universidade pública na construção de uma sociedade do Bem Viver, na relação entre descolonização, epistemologias do sul e pensamento de fronteira como orientações para a transformação das práticas formativas em universidades emergentes. O eixo do Bem Viver articula paradigmas comunitários de convivência entre humanidade e natureza à produção agroecológica e ao diálogo com a alteridade em um contexto de fronteira atravessado por lutas campesinas. Defendo aqui a tese de que as mulheres em movimento, conectadas com uma perspectiva popular camponesa e comunitária, acionam uma consciência social e política constitutiva de uma subjetividade potente, humanista, crítica e ético-política. Nos caminhos de participação, mobilização e ação, as mulheres em movimento contribuem com a (trans)formação de uma subjetividade política feminista que, em conexão com a universidade se potencializa acionando epistemologias feministas que tematizam a relação entre vida humana e meio ambiente, produzindo teoria na perspectiva do Bem Viver. |
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Também se apoia em documentos da UFFS e de movimentos sociais, produções e intervenções conjuntas para contextualizar as ações das mulheres em movimento e compreender melhor as experiências relatadas pelas sujeitas. A análise do conteúdo das entrevistas se dá em aproximação ao método de interpretação de sentidos, identificando sentidos emergentes organizados em categorias, de acordo com eixos temáticos predefinidos: subjetividade política, feminismo, universidade pública e Bem Viver. Em cada um dos eixos, articulou-se o material empírico às contribuições teóricas de autoras e autores de referência. O eixo da subjetividade política investiga experiências em processos de formação ético-política que produzem inclinações feministas, destacando os espaços família, movimentos sociais e universidade pública. O eixo do feminismo enfatiza as perspectivas do feminismo comunitário e do feminismo popular camponês e convergências interseccionais e contra-hegemônicas no enfrentamento à conjunção de capitalismo, patriarcado e colonialismo. O eixo da universidade pública discute o papel social da universidade pública na construção de uma sociedade do Bem Viver, na relação entre descolonização, epistemologias do sul e pensamento de fronteira como orientações para a transformação das práticas formativas em universidades emergentes. O eixo do Bem Viver articula paradigmas comunitários de convivência entre humanidade e natureza à produção agroecológica e ao diálogo com a alteridade em um contexto de fronteira atravessado por lutas campesinas. Defendo aqui a tese de que as mulheres em movimento, conectadas com uma perspectiva popular camponesa e comunitária, acionam uma consciência social e política constitutiva de uma subjetividade potente, humanista, crítica e ético-política. Nos caminhos de participação, mobilização e ação, as mulheres em movimento contribuem com a (trans)formação de uma subjetividade política feminista que, em conexão com a universidade se potencializa acionando epistemologias feministas que tematizam a relação entre vida humana e meio ambiente, produzindo teoria na perspectiva do Bem Viver.This thesis aims to analyze the views and actions of women in movement for the development of feminist political subjectivities in the perspective of Good Living, in the context of the Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) as an emerging public university. This is a qualitative, descriptive and interpretative investigation of women’s experiences at university in relation to the women’s/feminist social struggle, using a feminist and hermeneutic-dialectical perspective. The thesis is based on dialogues with sixteen interlocutors, teachers, students, managers, and activists linked to UFFS in the campuses of Cerro Largo, Chapecó, Erechim, Laranjeiras do Sul, Passo Fundo, and Realeza. It also relies on documents from UFFS and social movements, joint productions, and interventions to contextualize the actions of women in movement and better understand the experiences reported by the subjects. The interviews’ content analysis is conducted in an approximation to the method of interpretation of meanings, identifying emerging meanings organized into categories according to predefined thematic axes: political subjectivity, feminism, public university, and Good Living. The empirical material was articulated in each of the axes with the theoretical contributions of reference authors. The axis of political subjectivity investigates experiences in ethical-political education processes that form feminist inclinations, highlighting the spaces of family, social movements, and public university. The axis of feminism emphasizes the perspectives of communitarian feminism and popular peasant feminism and intersectional and counter-hegemonic convergences tackling the conjunction of capitalism, patriarchy, and colonialism. The axis of public university discusses the social role of public university in the construction of a Good Living society, in the relationship between decolonization, Southern epistemologies, and frontier thinking as guidelines for the transformation of educational practices in emerging universities. The Good Living axis articulates communitarian paradigms of coexistence between humanity and nature with agroecological production and dialogue with otherness in a frontier context crossed by peasant struggles. I defend here the thesis that women in movement, connected to popular peasant and communitarian perspectives, trigger a social and political consciousness constituting a powerful, humanist, critical, and ethical-political subjectivity. In the paths of participation, mobilization, and action, women in movement contribute to the (trans) formation of a feminist political subjectivity that, in connection with the university, is strengthened by activating feminist epistemologies that thematize the relationship between human life and the environment, producing theory from a Good Living perspective.application/pdfporMulheresFeminismoUniversidadePolíticaWomenFeminismUniversityPolitical subjectivityGood LivingMulheres em movimento na universidade pública: feminismo e formação de sujeitas políticas para o Bem Viverinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2023doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001177759.pdf.txt001177759.pdf.txtExtracted Texttext/plain1190720http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265334/2/001177759.pdf.txt3fe3b7885133dc7f363a6bfb78716543MD52ORIGINAL001177759.pdfTexto completoapplication/pdf6255640http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/265334/1/001177759.pdf6e3eb6d307ea840202b7f6166c6ab351MD5110183/2653342023-09-29 03:35:11.283358oai:www.lume.ufrgs.br:10183/265334Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-09-29T06:35:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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