Geometrias do estilo : genealogia da noção de estilo em arquitetura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Anzolch, Roni
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/16933
Resumo: Estilo é essencialmente um conceito de juízo de expressão. Em arte atua em nível de metalinguagem pela injunção ou sobreposição de linguagens afins. Do grego metá provém a noção de intermediação ou de 'mudança de lugar' e marca o ponto a partir do qual se pode de-constituir os níveis de relacionamento dessas linguagens. É um fato histórico em arquitetura que analogias lingüísticas desta natureza pareçam constituir o modelo de uma linguagem em especial ou pelo menos boa parte dela. Então as formas pelas quais se desenham as estratégias de integração dessas linguagens acabam por nos induzir a pensar a arquitetura como uma linguagem de fato. Em Teoria da Arquitetura, este nível de discussão é levado a efeito, ainda que de forma elíptica, muitas vezes ocultando os instrumentos e a centralidade de um jogo estético crucial. Como nas categorias estéticas de Vitrúvio, trata-se de formas de interação que desenham o relacionamento simultâneo e tentativo de elementos e intenções de desenho. Um estudo genealógico das linhas de argumentações sobre o tema, presentes nas publicações classificadas como Teoria da Arquitetura, permite que se reconstituam os traços evolutivos do relacionamento e funcionamento destas suas categorias. Como num jogo elas se comportam como regras relativamente constantes cujas hierarquias de relacionamento podem se alterar sob determinadas circunstâncias históricas. Se em determinado período histórico estas relações tendem a permanecer constantes, nos períodos de mudança ou transformação novas categorias podem ser propostas, reorganizando instrumentos e procedimentos. A reconstituição da Teoria da Arquitetura como um discurso de estilo enseja, portanto, um estudo extensivo de suas manifestações históricas na arquitetura ocidental desde o Renascimento. São formas de controle a priori e a posteriori que se alternam e tensionam a criação, alterando o grau de organização ou entropia do sistema tanto quanto a previsibilidade ou imprevisibilidade do resultado final. Dessa forma, pela perspectivização de um conjunto de proposições, pelo acordo entre sentidos e inteligência ou mesmo pelo etos do objeto, pode-se, como fio de Ariadne, recuperar o sentido de uma Teoria da Arquitetura e renovar o interesse hermenêutico para o tema.
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Como nas categorias estéticas de Vitrúvio, trata-se de formas de interação que desenham o relacionamento simultâneo e tentativo de elementos e intenções de desenho. Um estudo genealógico das linhas de argumentações sobre o tema, presentes nas publicações classificadas como Teoria da Arquitetura, permite que se reconstituam os traços evolutivos do relacionamento e funcionamento destas suas categorias. Como num jogo elas se comportam como regras relativamente constantes cujas hierarquias de relacionamento podem se alterar sob determinadas circunstâncias históricas. Se em determinado período histórico estas relações tendem a permanecer constantes, nos períodos de mudança ou transformação novas categorias podem ser propostas, reorganizando instrumentos e procedimentos. A reconstituição da Teoria da Arquitetura como um discurso de estilo enseja, portanto, um estudo extensivo de suas manifestações históricas na arquitetura ocidental desde o Renascimento. São formas de controle a priori e a posteriori que se alternam e tensionam a criação, alterando o grau de organização ou entropia do sistema tanto quanto a previsibilidade ou imprevisibilidade do resultado final. Dessa forma, pela perspectivização de um conjunto de proposições, pelo acordo entre sentidos e inteligência ou mesmo pelo etos do objeto, pode-se, como fio de Ariadne, recuperar o sentido de uma Teoria da Arquitetura e renovar o interesse hermenêutico para o tema.Style is, essentially, a concept of expression judgement. In art, it concerns metalinguistics for injunction or superposition of languages alike. From the greek metá comes the notion of intermediation or 'place changing' from what we can de-constitute these languages relationship levels. In Architecture, and this is an historical fact, linguistic analogies like this seem to constitute models of special languages or at least for a good deal of them. Thus, forms for whom one can design integration strategies for these languages could induce us to think them as they were a real language. In Architectural Theory, yet on an elliptical way, this level of discussion takes place, but many times omitting tools and the centrality of a crucial game. As in the vitruvian esthetical categories they are interaction forms that draws the attempting and simultaneous relantionship of elements and design intentions. A genealogical study of this theme plead lines current on publications known as Architectural Theory allow us to reconstitute the evolutionary traces of these operative categories. As in a game they behave like relatively constant rules whose relationship hierarchies may change on some historical circumstances. If in some historical period these relations tend to appear constant, in changing or transformation periods new categories may be proposed then reorganizing tools and procedures. To reconstitute Architectural Theory as a style discourse drive us to an extensive study of its disclosings in occidental architectural history since Renaissance. So, there are a priori and a posteriori control forms who alternate themselves stressing creation, changing its degree of organization or entropic system so as the previsibility or imprevisibility of final design results. Notwithstanding, from the perspectivation of a propositions ensemble, between a feeling and intelligence accord, or even by the architectural object ethos, style redeems, as the Ariadne's thread, the sense of an Architectural Theory, bringing a new hermeneutical interest on the theme.application/pdfporEstilos arquitetonicosArte : EstilosEstéticaGeometrias do estilo : genealogia da noção de estilo em arquiteturainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de ArquiteturaPrograma de Pesquisa e Pós-Graduação em ArquiteturaPorto Alegre, BR-RS2009doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000707376.pdf000707376.pdfTexto completoapplication/pdf9741598http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/16933/1/000707376.pdfeb313a18b44815ed6378d8fa5c3a078dMD51TEXT000707376.pdf.txt000707376.pdf.txtExtracted Texttext/plain1384927http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/16933/2/000707376.pdf.txta7b9bba8e4a870ad9f476ee29bc7faebMD52THUMBNAIL000707376.pdf.jpg000707376.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1528http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/16933/3/000707376.pdf.jpg89d5351d39e91068e03380ce97a78022MD5310183/169332018-10-18 07:15:43.888oai:www.lume.ufrgs.br:10183/16933Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-18T10:15:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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