Emprego da cera de cana-de-açúcar como adjuvante na granulação for fusão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/202141 |
Resumo: | A cera de cana-de-açúcar é um subproduto obtido através de processos de extração, e subseqüente refino, da torta de filtro gerada pelo processamento da cana-de-açúcar em indústrias sucro-alcooleiras, proporcionando um destino mais nobre a um produto que seria descartado no ambiente. A abundância de matéria prima, oriunda da grande produção de cana-de-açúcar nacional, torna esta cera bastante atrativa. As características tecnológicas da cera de cana-de-açúcar equivalem-se em muitos aspectos às apresentadas pela cera de carnaúba, o que sugere a possível intercambiabilidade em muitas de suas funções como adjuvante farmacêutico. Levando em conta as vantagens apresentadas pela cera de cana-de-açúcar, este trabalho avaliou a viabilidade do emprego desta como aglutinante na técnica de granulação por fusão. As formulações foram produzidas em balão de fundo redondo acoplado a sistema rotatório, e submetidas a aquecimento em banho de água termostatizado. Buscando avaliar a influência da quantidade de aglutinante, velocidade de rotação, temperatura de início do processo, tempo de permanência em 85 ºC e tamanho do lote sobre o rendimento e a morfologia do produto obtido, foram produzidos granulados placebos contendo apenas cera de cana e mistura de celulose microcristalina e lactose 1:1 (p/p). Todas as formulações propostas foram hábeis em formar grânulos, porém o rendimento e morfologia destes foram fortemente influenciados pela alteração dos parâmetros de produção. Os resultados evidenciaram que a quantidade de aglutinante e o tempo de permanência em 85 ºC alteraram significativamente o rendimento do processo obtendo os melhores resultados com quantidade de 30% de cera e 10 min de aquecimento. A morfologia dos grânulos foi influenciada por todos os parâmetros avaliados. Buscando avaliar a capacidade de modificação da liberação in vitro do fármaco modelo dexametasona, foram produzidos grânulos contendo cera de cana-de-açúcar, mistura de celulose microcristalina e lactose 1:1 (p/p) e dexametasona. A formulação proposta mostrou-se capaz de modificar a liberação do fármaco, sustentando sua liberação in vitro por 24h. A cera de cana-deaçúcar forma com o fármaco uma matriz insolúvel e erodível que exerce o papel de retardante da liberação do mesmo, fato evidenciado pela equação de Korsmeyer – Pepas. |
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Ruppenthal, Lísias RafaelPetrovick, Pedro Ros2019-11-28T03:58:39Z2011http://hdl.handle.net/10183/202141000791482A cera de cana-de-açúcar é um subproduto obtido através de processos de extração, e subseqüente refino, da torta de filtro gerada pelo processamento da cana-de-açúcar em indústrias sucro-alcooleiras, proporcionando um destino mais nobre a um produto que seria descartado no ambiente. A abundância de matéria prima, oriunda da grande produção de cana-de-açúcar nacional, torna esta cera bastante atrativa. As características tecnológicas da cera de cana-de-açúcar equivalem-se em muitos aspectos às apresentadas pela cera de carnaúba, o que sugere a possível intercambiabilidade em muitas de suas funções como adjuvante farmacêutico. Levando em conta as vantagens apresentadas pela cera de cana-de-açúcar, este trabalho avaliou a viabilidade do emprego desta como aglutinante na técnica de granulação por fusão. As formulações foram produzidas em balão de fundo redondo acoplado a sistema rotatório, e submetidas a aquecimento em banho de água termostatizado. Buscando avaliar a influência da quantidade de aglutinante, velocidade de rotação, temperatura de início do processo, tempo de permanência em 85 ºC e tamanho do lote sobre o rendimento e a morfologia do produto obtido, foram produzidos granulados placebos contendo apenas cera de cana e mistura de celulose microcristalina e lactose 1:1 (p/p). Todas as formulações propostas foram hábeis em formar grânulos, porém o rendimento e morfologia destes foram fortemente influenciados pela alteração dos parâmetros de produção. Os resultados evidenciaram que a quantidade de aglutinante e o tempo de permanência em 85 ºC alteraram significativamente o rendimento do processo obtendo os melhores resultados com quantidade de 30% de cera e 10 min de aquecimento. A morfologia dos grânulos foi influenciada por todos os parâmetros avaliados. Buscando avaliar a capacidade de modificação da liberação in vitro do fármaco modelo dexametasona, foram produzidos grânulos contendo cera de cana-de-açúcar, mistura de celulose microcristalina e lactose 1:1 (p/p) e dexametasona. A formulação proposta mostrou-se capaz de modificar a liberação do fármaco, sustentando sua liberação in vitro por 24h. A cera de cana-deaçúcar forma com o fármaco uma matriz insolúvel e erodível que exerce o papel de retardante da liberação do mesmo, fato evidenciado pela equação de Korsmeyer – Pepas.Sugarcane wax is a by-product obtained through extraction processes and subsequent refining, from filter cake generated by processing sugarcane in sugar and alcohol industry, resulting in a nobler destination of this product, which otherwise would be discharged in the environment or burned. The abundance of raw material, resulting from the large Brazilian production of sugarcane, makes this wax very attractive. The technological characteristics of sugarcane wax are equivalent in many aspects to carnauba wax, and therefore a potential interchangeability has to be considered, mainly as a pharmaceutical excipient. Taking into account the advantages showed by sugarcane wax, this study evaluated the feasibility of its use as a binder in melt granulation technique. The formulations were produced in small-scale using 500 mL round bottom flask which rotated on a temperature controlled water bath. In order to evaluated the influence of binder concentration, rotation speed, initial temperature, dwell time at 85 ºC and batch size on product yield and morphology, were produced blank granules containing only sugarcane wax and a mixture of microcrystalline cellulose and lactose 1:1 (w/w). All the proposed formulations were able to form granules, but the yield and morphology of these were strongly influenced by the changes in production parameters. The results showed that the binder concentration and dwell time at 85 ºC statistically altered the yield of process and the best results were obtained with 30 % of sugarcane wax and 10 min of dwell time. The morphology of the granules was affected by all the evaluated parameters. In order to investigate the capability of the wax to modify the release profile of drugs, granules containing sugarcane wax, mixture of microcrystalline cellulose and lactose 1:1 (w/w) and dexamethasone as drug model were produced. The proposed formulation was able to reduce the liberation rate of dexamethasone, sustaining its release for 24 h. Sugarcane wax forms with the drug an insoluble and erodible matrix layer, which was responsible for the decrease of drug release rate, following the Korsmeyer – Pepas model.application/pdfporCera de cana-de-açúcarGranulação por fusãoLiberação modificadaAdjuvantesTecnologia farmaceuticaSugarcane waxMelt granulationModified releaseEmprego da cera de cana-de-açúcar como adjuvante na granulação for fusãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPrograma de Pós-Graduação em Ciências FarmacêuticasPorto Alegre, BR-RS2011mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000791482.pdf.txt000791482.pdf.txtExtracted Texttext/plain24537http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202141/2/000791482.pdf.txt988079f5d86c0c25e62cfe6d2e74159fMD52ORIGINAL000791482.pdfTexto parcialapplication/pdf179947http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202141/1/000791482.pdfb5f649eff0fbd9db2f43c8aff3216c0aMD5110183/2021412019-11-29 05:03:09.40055oai:www.lume.ufrgs.br:10183/202141Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-11-29T07:03:09Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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