Concepções e práticas de mulheres portadoras de diabetes mellitus no contexto da atenção primária à saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/55133 |
Resumo: | O aumento da incidência e prevalência do Diabetes Mellitus (DM) em todo mundo se deve a vários fatores, dentre eles: envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta inadequada e obesidade. Os avanços, no que se refere às tecnologias leve-duras e duras, aumentaram a habilidade dos profissionais que compõem a Equipe de Saúde da Família nos cuidados com as pessoas com diabetes, no entanto, essas pessoas apresentam controle glicêmico subótimo, com complicações agudas e crônicas A presente pesquisa tem por objetivo compreender as concepções e práticas de mulheres portadoras de Diabetes Mellitus (DM) no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS). Foi utilizada uma metodologia qualitativa, com o privilégio da técnica de entrevista semi-estruturada. Foram entrevistadas 15 mulheres portadoras de DM atendidas em uma Unidade de Saúde da Família do município de Belo Horizonte. As entrevistas foram transcritas, categorizadas e analisadas a partir do referencial teórico de representação social. Os resultados evidenciaram que as mulheres apresentam concepções diversas sobre a doença. Algumas manifestam uma concepção “biologicista” da doença, que privilegia aspectos biológicos do processo saúde-doença. Contudo a maioria das entrevistadas apresenta uma concepção bastante próxima ao “senso comum”, entendendo a doença simplesmente como a presença de açúcar no sangue. Coerente com esta concepção a maioria das entrevistadas relaciona as causas da doença com a alimentação, e mais especificamente, a um comportamento inadequado em termos alimentares. Esses dados indicam que o tempo de diagnóstico (média de 8 anos) e o convívio com o profissional médico para o acompanhamento do diabetes, não proporcionaram às mulheres um entendimento mais aprofundado sobre a fisiopatologia da doença. Esta falta de orientação por parte do serviço de saúde é manifestada pelas mulheres entrevistadas quando se referem, sobretudo, à alimentação e ao manejo da doença visto afirmarem não saber o que pode ou não pode ser feito. A gestão cotidiana da alimentação parece ser, assim, o principal impacto da doença na vida das mulheres com diabetes. Incorporar a lógica da redução de danos talvez seja uma estratégia para lidar com doenças crônicas como o diabetes. Esta pode ser uma forma de obter um ponto de consenso entre os atores sociais envolvidos no processo. |
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Simões, Warley AguiarKnauth, Daniela Riva2012-09-07T01:36:50Z2012http://hdl.handle.net/10183/55133000855845O aumento da incidência e prevalência do Diabetes Mellitus (DM) em todo mundo se deve a vários fatores, dentre eles: envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta inadequada e obesidade. Os avanços, no que se refere às tecnologias leve-duras e duras, aumentaram a habilidade dos profissionais que compõem a Equipe de Saúde da Família nos cuidados com as pessoas com diabetes, no entanto, essas pessoas apresentam controle glicêmico subótimo, com complicações agudas e crônicas A presente pesquisa tem por objetivo compreender as concepções e práticas de mulheres portadoras de Diabetes Mellitus (DM) no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS). Foi utilizada uma metodologia qualitativa, com o privilégio da técnica de entrevista semi-estruturada. Foram entrevistadas 15 mulheres portadoras de DM atendidas em uma Unidade de Saúde da Família do município de Belo Horizonte. As entrevistas foram transcritas, categorizadas e analisadas a partir do referencial teórico de representação social. Os resultados evidenciaram que as mulheres apresentam concepções diversas sobre a doença. Algumas manifestam uma concepção “biologicista” da doença, que privilegia aspectos biológicos do processo saúde-doença. Contudo a maioria das entrevistadas apresenta uma concepção bastante próxima ao “senso comum”, entendendo a doença simplesmente como a presença de açúcar no sangue. Coerente com esta concepção a maioria das entrevistadas relaciona as causas da doença com a alimentação, e mais especificamente, a um comportamento inadequado em termos alimentares. Esses dados indicam que o tempo de diagnóstico (média de 8 anos) e o convívio com o profissional médico para o acompanhamento do diabetes, não proporcionaram às mulheres um entendimento mais aprofundado sobre a fisiopatologia da doença. Esta falta de orientação por parte do serviço de saúde é manifestada pelas mulheres entrevistadas quando se referem, sobretudo, à alimentação e ao manejo da doença visto afirmarem não saber o que pode ou não pode ser feito. A gestão cotidiana da alimentação parece ser, assim, o principal impacto da doença na vida das mulheres com diabetes. Incorporar a lógica da redução de danos talvez seja uma estratégia para lidar com doenças crônicas como o diabetes. Esta pode ser uma forma de obter um ponto de consenso entre os atores sociais envolvidos no processo.The increasing incidence and prevalence of diabetes mellitus (DM) worldwide is due to several factors, including: aging population, increasing urbanization and the adoption of unhealthy lifestyles such as sedentary lifestyle, poor diet and obesity. Advances in technology with regard to soft-hard and hard, increased the ability of the professionals who make up the Family Health Team in caring for people with diabetes, however, these people have suboptimal glycemic control, with acute and chronic. This research aims to understand the concepts and practices of women with diabetes mellitus (DM) in the context of Primary Health Care (PHC). We used a qualitative methodology, with the privilege of the technique of semistructured interview. We interviewed 15 women with DM seen at a Family Health Unit of the Municipality of Belo Horizonte. The interviews were transcribed, categorized and analyzed from the theoretical framework of social representation. The results showed that women had different conceptions about the disease. Some express a concept "biological" disease, which focuses on biological aspects of health-disease process. Yet most of the interviewees have a design very close to the "common sense", understanding the disease just as the presence of blood sugar. Consistent with this view, most women surveyed lists the causes of the disease with nutrition, and more specifically, inappropriate behavior in food. These data indicate that the time of diagnosis (mean 8 years) and living with a medical professional to monitor diabetes, women did not provide a deeper understanding of the pathophysiology of the disease. This lack of guidance from the health service is manifested by the women interviewed as they relate mainly to food and disease management seen claiming not to know what can or can not be done. Daily management of feeding seems to be, well, the main impact of illness on the lives of women with diabetes. Incorporate the logic of harm reduction may be a strategy for dealing with chronic diseases like diabetes. This may be a way to get a point of consensus among the social actors involved in the process.application/pdfporAtenção primária à saúdeDiabetes mellitusMulheresDiabetesConcepts and practicePrimary health careConcepções e práticas de mulheres portadoras de diabetes mellitus no contexto da atenção primária à saúdeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em EpidemiologiaPorto Alegre, BR-RS2012mestrado profissionalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000855845.pdf000855845.pdfTexto completoapplication/pdf1097384http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55133/1/000855845.pdf97fafd455cc8b56b0cf7ed07461d7df6MD51TEXT000855845.pdf.txt000855845.pdf.txtExtracted Texttext/plain258801http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55133/2/000855845.pdf.txtcaa2e2190cf5bf954764b5440a2b0f5fMD52THUMBNAIL000855845.pdf.jpg000855845.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1300http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/55133/3/000855845.pdf.jpge65618ff946ce85b6cd0b80cab1f3284MD5310183/551332018-10-15 08:57:51.211oai:www.lume.ufrgs.br:10183/55133Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-15T11:57:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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