Experiência da maternidade no contexto do HIV/AIDS aos três meses de vida do bebê
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/10758 |
Resumo: | O estudo investigou a experiência da maternidade em portadoras do HIV/Aids aos três meses de vida do filho/a. Participaram do estudo seis mães com idades entre 19 e 30 anos, de nível sócio-econômico baixo, recrutadas em uma Unidade de Saúde referência para HIV/Aids da Grande Porto Alegre. Três destas mães engravidaram sabendo que já eram portadoras da doença, enquanto as demais ficaram sabendo apenas na hora do parto ou logo após. Cada mãe respondeu a uma entrevista estruturada, realizada de forma semi-dirigida, e a um questionário sobre sua saúde e acompanhamento médico. Os relatos das participantes sobre a maternidade foram examinados através de uma análise de conteúdo qualitativa baseada em quatro eixos teóricos derivados da literatura: vida-crescimento, relacionar-se primário, matriz de apoio e, reorganização da identidade. Os resultados mostraram que as mães tinham muitas preocupações com a possibilidade de infecção do filho/a e com a saúde do bebê, além de sentimentos de incerteza quanto ao futuro, culpa e medo do preconceito. Estes temores pareciam mais intensos para as três mães que tiveram seu diagnóstico no momento do nascimento do filho/a. O estigma do HIV/Aids, a presença de conflitos familiares, instabilidade na relação com o pai do bebê, dificuldades em assimilar o diagnóstico e o tratamento, além de restrições sócio-econômicas e em sua rede de apoio exigiam um grande esforço emocional e uma reorganização familiar e subjetiva destas mulheres. As mães buscavam sustentar uma identidade forte, centrando suas preocupações na criança, evitando pensamentos negativos para enfrentar a doença e apoiando-se em modelos maternos positivos. Com isso, as mães procuravam assegurar uma relação de afeto e proteção do bebê e garantir seu desenvolvimento físico e psíquico. Discute-se a necessidade de apoio psicológico e de intervenções psicossociais com estas mães que lhes auxiliem a lidar com as preocupações com o filho/a, as dificuldades em aderir ao próprio tratamento e com o impacto do HIV/Aids nas suas relações familiares. |
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Gonçalves, Tonantzin RibeiroPiccinini, Cesar Augusto2007-09-26T05:10:09Z2006http://hdl.handle.net/10183/10758000601111O estudo investigou a experiência da maternidade em portadoras do HIV/Aids aos três meses de vida do filho/a. Participaram do estudo seis mães com idades entre 19 e 30 anos, de nível sócio-econômico baixo, recrutadas em uma Unidade de Saúde referência para HIV/Aids da Grande Porto Alegre. Três destas mães engravidaram sabendo que já eram portadoras da doença, enquanto as demais ficaram sabendo apenas na hora do parto ou logo após. Cada mãe respondeu a uma entrevista estruturada, realizada de forma semi-dirigida, e a um questionário sobre sua saúde e acompanhamento médico. Os relatos das participantes sobre a maternidade foram examinados através de uma análise de conteúdo qualitativa baseada em quatro eixos teóricos derivados da literatura: vida-crescimento, relacionar-se primário, matriz de apoio e, reorganização da identidade. Os resultados mostraram que as mães tinham muitas preocupações com a possibilidade de infecção do filho/a e com a saúde do bebê, além de sentimentos de incerteza quanto ao futuro, culpa e medo do preconceito. Estes temores pareciam mais intensos para as três mães que tiveram seu diagnóstico no momento do nascimento do filho/a. O estigma do HIV/Aids, a presença de conflitos familiares, instabilidade na relação com o pai do bebê, dificuldades em assimilar o diagnóstico e o tratamento, além de restrições sócio-econômicas e em sua rede de apoio exigiam um grande esforço emocional e uma reorganização familiar e subjetiva destas mulheres. As mães buscavam sustentar uma identidade forte, centrando suas preocupações na criança, evitando pensamentos negativos para enfrentar a doença e apoiando-se em modelos maternos positivos. Com isso, as mães procuravam assegurar uma relação de afeto e proteção do bebê e garantir seu desenvolvimento físico e psíquico. Discute-se a necessidade de apoio psicológico e de intervenções psicossociais com estas mães que lhes auxiliem a lidar com as preocupações com o filho/a, as dificuldades em aderir ao próprio tratamento e com o impacto do HIV/Aids nas suas relações familiares.The present study investigated the experience of motherhood in HIV-positive women in the thirtieth month of the baby. Participated in this study six mothers, 19 to 30 years old, from low socioeconomic status, selected from a health center for treatment of HIV/Aids. Three of these mothers got pregnant knowing that they were infected, while the others were informed in the childbirth or soon after. Each mother answered a semi-structured interview, and a questionnaire about her health and medical treatment. Mothers’ accounts about their motherhood were examined through qualitative content analysis based on four themes derived of the literature: life-growth, primary relatedness, support matrix, and identity reorganization. The results showed that mothers were worried about having transmitted HIV to their baby and about his/her health. They reported uncertainty feelings concerning the future, guilt and fear of discrimination. These fears seemed more intense for the three mothers who had their diagnosis in the childbirth. Issues such as HIV/Aids-related stigma, family conflicts, instability in the relationship with the baby’s father, difficulties in assimilating the diagnosis and the treatment, socioeconomic difficulties and lack of support required large emotional strength and family and subjective reorganization of these women. The mothers tried to preserve a strong identity, concentrating their concerns on the child, avoiding negative thoughts about the disease and leaning on positive maternal models. Thus, the mothers tried to assure a relationship of affection and protection of the baby and to assure his/her physical and psychic development. The need for psychological support and psychosocial intervention with these mothers is discussed. This could contribute to deal with baby’s concerns, their treatment adherence, and with the impact of HIV/Aids on their family relationships.application/pdfporMaternidadeMãe : PsicologiaAIDSBebêHIV/AidsMotherhoodFamilyExperiência da maternidade no contexto do HIV/AIDS aos três meses de vida do bebêinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaCurso de Pós-Graduação em Psicologia do DesenvolvimentoPorto Alegre, BR-RS2006mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000601111.pdf000601111.pdfTexto completoapplication/pdf465137http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10758/1/000601111.pdfc44a9b866ff87bccad19f0683531e75dMD51TEXT000601111.pdf.txt000601111.pdf.txtExtracted Texttext/plain342085http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10758/2/000601111.pdf.txtdd110287b63bc38951adff3bf5e2ba29MD52THUMBNAIL000601111.pdf.jpg000601111.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1045http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10758/3/000601111.pdf.jpg379e0278de8e7113e802c6cc36a5d0a7MD5310183/107582018-10-16 08:44:08.576oai:www.lume.ufrgs.br:10183/10758Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-16T11:44:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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