Efeito do exercício agudo nos níveis circulantes do hormônio de crescimento em pré-puberes HIV-1 positivos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Estrela, André Luiz
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/7824
Resumo: As variações imunológicas causadas pelo vírus HIV possuem uma grande variação de possibilidades de debilitar as células que apresentam CD4 ou seus coreceptores CCR5 e CXCR4 ( Martinez et al. 1996, Bajetto et al 1997). As alterações celulares iniciam no Sistema Nervoso Central que é o primeiro órgão a ser infectado em contato com o HIV. Quando chega ao SNC o vírus inicia uma série de complexas interações entre as citocinas e ativa os alvos da infecção que são as células microgliais causando encefalopatia e neuropatia (Cohen et al. 1999). Algumas interações ocorrem através do eixo hipotalâmico/hipofisário. O vírus HIV age na hipófise anterior e interfere na liberação de hormônio do crescimento. A homologia observada entre os pentapeptídeos da gp120/HIV e o GHRH (Growth Hormone Release Hormone) demonstram claramente que a gp120/HIV pode interferir com os receptores de VIP/GHRH no hipotálamo e/ou na hipófise parasuprimir diretamente os eventos do GHRH no sistema de liberação do GH (Growth Hormone) (Mulroney et al. 1998). Este fator é sempre associado a qualquer outro sintoma da infecção causada pelo HIV. As alterações clinicas mais importantes desta associação é representada pelo atraso no desenvolvimento em crianças e por perda de massa magra nos adultos (Laue et al. 1990, Mc Kinney et al. 1993). As alterações apresentadas no controle endócrino regulam a liberação de hormônios anabólicos e catabólicos demonstrando a relação com o sistema imune. O exercício físico ativa a ativação do eixo Hipotalâmico/Hipofisário e gera aumento na secreção de Hormônio do Crescimento (Rowland 1993) estimulando efeitos como o aumento da síntese proteica com a promoção do ganho de massa muscular e estimula o crescimento dos ossos. Este processo é maior no exercício agudo do que no exercício crônico. O controle adequado da intensidade e da duração do exercício físico pode equilibrar os benefícios de um programa inicial de treinamento como complemento ao tratamento da doença. As crianças HIV- sofrem alterações induzidas pelo exercício no sistema imune incluindo aumento nos leucócitos, aumento na resposta proliferativa dos leucócitos e aumento na função das células NK e LAK. O interessante é que as crianças HIV+ demonstram menor habilidade para mobilizar neutrófilos e as células que ativam os linfócitos, principalmente NK que crianças HIV- (Pedersen; Hoffmann-Goetz; 2000).
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