Desenvolvimento e validação de métodos analíticos para determinação do teor de atropina em folhas de Atropa belladonna (L.) solanaceae
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/164716 |
Resumo: | A atropina é um alcaloide conhecido pela inibição da acetilcolina e como substância antimuscarínica e está presente em folhas de algumas espécies da família Solanaceae, e, em especial, da Atropa belladonna L. A importância da produção de fitoterápicos na indústria farmacêutica tem impulsionado estudos científicos no sentido de desenvolver metodologias analíticas para quantificação de marcadores químicos, presentes em drogas vegetais, e que atendam os parâmetros de controle de qualidade da legislação vigente. Assim, neste trabalho, diferentes metodologias para quantificação da atropina (marcador químico predominante nas folhas de A. belladonna) foram desenvolvidas e validadas. Os métodos propostos por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência (CCDAE), Cromatografia a Líquido de Alta Eficiência (CLAE) e Cromatografia a Líquido de Ultra Eficiência (CLUE) foram validados comprovando ter especificidade/seletividade, linearidade, precisão, exatidão e robustez e adequando-se à legislação vigente. Além disso, diferentes métodos de extração foram propostos. Para o primeiro método de análise (CCDAE), uma extração com ácido diluído (H2SO4 0,5 mol/L), seguida de extração líquido-líquido foi utilizada, resultando em teor médio de 0,2913 % de atropina. Para o segundo (CLAE), uma extração com solvente apolar (metanol p.a.) foi proposta, seguida também de extração líquido-líquido e com teor médio de 0,2660 % do ativo. No terceiro (CLUE), otimização de extração foi realizada através de Desenho Fatorial Fracionado, seguido de Desenho Box-Behnken, resultando em extração realizada pela mistura de solvente apolar e água (metanol 47 %), seguido de uma extração em fase sólida (sílica) e um teor de atropina médio de 0,3343 %. Um extrato otimizado foi analisado nos três métodos, resultando em teores de atropina iguais a 0,2905, 0,3598 e 0,3343 % para CCDAE, CLAE e CLUE, respectivamente. A revisão da monografia do material vegetal, com ensaios de identificação e físico-químicos, juntamente com a metodologia de doseamento por Cromatografia a Líquido de Alta Eficiência foi proposta com o objetivo de atualizar as metodologias que hoje compõe o roteiro de controle de qualidade da espécie na Farmacopeia Brasileira, que está em sua 5° edição. |
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Koetz, MarianaHenriques, Amelia Teresinha2017-08-03T02:40:00Z2017http://hdl.handle.net/10183/164716001027359A atropina é um alcaloide conhecido pela inibição da acetilcolina e como substância antimuscarínica e está presente em folhas de algumas espécies da família Solanaceae, e, em especial, da Atropa belladonna L. A importância da produção de fitoterápicos na indústria farmacêutica tem impulsionado estudos científicos no sentido de desenvolver metodologias analíticas para quantificação de marcadores químicos, presentes em drogas vegetais, e que atendam os parâmetros de controle de qualidade da legislação vigente. Assim, neste trabalho, diferentes metodologias para quantificação da atropina (marcador químico predominante nas folhas de A. belladonna) foram desenvolvidas e validadas. Os métodos propostos por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência (CCDAE), Cromatografia a Líquido de Alta Eficiência (CLAE) e Cromatografia a Líquido de Ultra Eficiência (CLUE) foram validados comprovando ter especificidade/seletividade, linearidade, precisão, exatidão e robustez e adequando-se à legislação vigente. Além disso, diferentes métodos de extração foram propostos. Para o primeiro método de análise (CCDAE), uma extração com ácido diluído (H2SO4 0,5 mol/L), seguida de extração líquido-líquido foi utilizada, resultando em teor médio de 0,2913 % de atropina. Para o segundo (CLAE), uma extração com solvente apolar (metanol p.a.) foi proposta, seguida também de extração líquido-líquido e com teor médio de 0,2660 % do ativo. No terceiro (CLUE), otimização de extração foi realizada através de Desenho Fatorial Fracionado, seguido de Desenho Box-Behnken, resultando em extração realizada pela mistura de solvente apolar e água (metanol 47 %), seguido de uma extração em fase sólida (sílica) e um teor de atropina médio de 0,3343 %. Um extrato otimizado foi analisado nos três métodos, resultando em teores de atropina iguais a 0,2905, 0,3598 e 0,3343 % para CCDAE, CLAE e CLUE, respectivamente. A revisão da monografia do material vegetal, com ensaios de identificação e físico-químicos, juntamente com a metodologia de doseamento por Cromatografia a Líquido de Alta Eficiência foi proposta com o objetivo de atualizar as metodologias que hoje compõe o roteiro de controle de qualidade da espécie na Farmacopeia Brasileira, que está em sua 5° edição.Atropine is an alkaloid known for acetylcholine inhibition and as antimuscarinic substance and is present in leaves of some species of the family Solanácea, and especially of Atropa belladonna L. The importance of the production of herbal medicines in the pharmaceutical industry has driven scientific studies to develop analytical methods for quantification of chemical markers, present in herbal drugs, and that meet the quality control parameters of the current legislation. Thus, in this work, different methodologies for quantification of atropine (chemical marker predominant in the leaves of A. belladonna) were developed and validated. The methods proposed by High Performance Thin-layer Chromatography (HPTLC), High Performance Liquid Chromatography (HPLC) and Ultra Performance Liquid Chromatography (UPLC) were validated proving to have specificity/selectivity, linearity, precision, accuracy and robustness, and conforming to legislation. In addition, different extraction methodologies were proposed. For the first method of analysis (CCDAE), extraction with dilute acid (H2SO4 0.5 mol/L) followed by liquid-liquid extraction was used, resulting in an average content of 0.2913% atropine. For the second (HPLC), extraction with apolar solvent (methanol p.a.) was proposed, followed also by liquid-liquid extraction and with an average content of 0.2660% of the active. In the third (CLUE), optimization of extraction was done through Fractional Factorial Design, followed by Box-Behnken Design resulting in extraction by the apolar solvent mixture and Water (47% methanol), followed by solid phase extraction (silica) and an average atropine content of 0.3343%. An optimized extract was analyzed in three methods, resulting in atropine levels equal to 0.2905, 0.3598 and 0.3334 % for HPTLC, HPLC and UPLC, respectively. The review of the monograph of the plant material, with identification and physicochemical tests, together with the methodology of determination by HPLC was proposed with the objective of updating the methodologies that today compose the roadmap of quality control of specie in Brazilian Pharmacopoeia, which is in its 5th edition.application/pdfporAtropa belladona l.AtropinaOptimizationChromatographyQuality controlAtropineDesenvolvimento e validação de métodos analíticos para determinação do teor de atropina em folhas de Atropa belladonna (L.) solanaceaeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPrograma de Pós-Graduação em Ciências FarmacêuticasPorto Alegre, BR-RS2017mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001027359.pdf.txt001027359.pdf.txtExtracted Texttext/plain177025http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164716/2/001027359.pdf.txt7951872cfe10ff997b0a0d9cec5cd2adMD52ORIGINAL001027359.pdf001027359.pdfTexto completoapplication/pdf2831243http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164716/1/001027359.pdfd3774e9d305bae3e0351016a0569ef2eMD5110183/1647162023-06-29 03:28:08.021877oai:www.lume.ufrgs.br:10183/164716Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-06-29T06:28:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A atropina é um alcaloide conhecido pela inibição da acetilcolina e como substância antimuscarínica e está presente em folhas de algumas espécies da família Solanaceae, e, em especial, da Atropa belladonna L. A importância da produção de fitoterápicos na indústria farmacêutica tem impulsionado estudos científicos no sentido de desenvolver metodologias analíticas para quantificação de marcadores químicos, presentes em drogas vegetais, e que atendam os parâmetros de controle de qualidade da legislação vigente. Assim, neste trabalho, diferentes metodologias para quantificação da atropina (marcador químico predominante nas folhas de A. belladonna) foram desenvolvidas e validadas. Os métodos propostos por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência (CCDAE), Cromatografia a Líquido de Alta Eficiência (CLAE) e Cromatografia a Líquido de Ultra Eficiência (CLUE) foram validados comprovando ter especificidade/seletividade, linearidade, precisão, exatidão e robustez e adequando-se à legislação vigente. Além disso, diferentes métodos de extração foram propostos. Para o primeiro método de análise (CCDAE), uma extração com ácido diluído (H2SO4 0,5 mol/L), seguida de extração líquido-líquido foi utilizada, resultando em teor médio de 0,2913 % de atropina. Para o segundo (CLAE), uma extração com solvente apolar (metanol p.a.) foi proposta, seguida também de extração líquido-líquido e com teor médio de 0,2660 % do ativo. No terceiro (CLUE), otimização de extração foi realizada através de Desenho Fatorial Fracionado, seguido de Desenho Box-Behnken, resultando em extração realizada pela mistura de solvente apolar e água (metanol 47 %), seguido de uma extração em fase sólida (sílica) e um teor de atropina médio de 0,3343 %. Um extrato otimizado foi analisado nos três métodos, resultando em teores de atropina iguais a 0,2905, 0,3598 e 0,3343 % para CCDAE, CLAE e CLUE, respectivamente. A revisão da monografia do material vegetal, com ensaios de identificação e físico-químicos, juntamente com a metodologia de doseamento por Cromatografia a Líquido de Alta Eficiência foi proposta com o objetivo de atualizar as metodologias que hoje compõe o roteiro de controle de qualidade da espécie na Farmacopeia Brasileira, que está em sua 5° edição. |
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