Restrições ao crédito e o uso dos recursos financeiros nas empresas brasileiras
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/98311 |
Resumo: | Este estudo têm como objetivo identificar qual o comportamento de empresas brasileiras de capital aberto com relação à aplicação dos recursos financeiros de seus fluxos de caixa (recursos internos) em investimentos e não investimentos (em fins que não se configuram como um projeto real de investimento) no curto e longo prazo e mostrar como essa questão está relacionado com o grau de restrições financeiras enfrentado pelas empresas. Para alcançar esse objetivo foram estimadas quatro regressões pelo método OLS (Ordinary Least Square / Mínimos Quadrados Ordinários), cada uma delas com uma das variáveis resposta correspondentes aos principais usos de caixa, ou seja, retenção de caixa, investimentos, dividendos e redução do financiamento externo e com as variáveis explicativas dadas pelo fluxo de caixa nos períodos t, t-1 e t-2 e algumas variáveis de controle específicas da firma. Os resultados sugerem que empresas brasileiras restritas e irrestritas se comportam de forma diferente ao receberem um choque positivo em seus fluxos de caixa e que o comportamento das mesmas também difere no curto e no longo prazo. Empresas restritas e irrestritas ao receberem um choque positivo em seus fluxos de caixa, retêm caixa no período contemporâneo e alocam tais recursos intertemporalmente. Empresas restritas investem mais no curto prazo enquanto as irrestritas investem mais no longo prazo. No curto prazo, empresas irrestritas distribuem mais dividendos do que empresas irrestritas e no longo prazo, os coeficientes dos fluxos de caixa não são significativos para nenhum dos grupos. No curto prazo empresas irrestritas reduzem o financiamento externo, enquanto empresas restritas levantam mais financiamentos externos e no longo prazo, esse comportamento se inverte. Dessa forma, fica clara a importância de se considerar o longo prazo bem como as restrições financeiras enfrentadas pelas empresas. |
id |
URGS_63dfac7ff068327e708608c85ab9d199 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/98311 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Peres, AriádineKirch, Guilherme2014-07-19T02:12:55Z2014http://hdl.handle.net/10183/98311000929000Este estudo têm como objetivo identificar qual o comportamento de empresas brasileiras de capital aberto com relação à aplicação dos recursos financeiros de seus fluxos de caixa (recursos internos) em investimentos e não investimentos (em fins que não se configuram como um projeto real de investimento) no curto e longo prazo e mostrar como essa questão está relacionado com o grau de restrições financeiras enfrentado pelas empresas. Para alcançar esse objetivo foram estimadas quatro regressões pelo método OLS (Ordinary Least Square / Mínimos Quadrados Ordinários), cada uma delas com uma das variáveis resposta correspondentes aos principais usos de caixa, ou seja, retenção de caixa, investimentos, dividendos e redução do financiamento externo e com as variáveis explicativas dadas pelo fluxo de caixa nos períodos t, t-1 e t-2 e algumas variáveis de controle específicas da firma. Os resultados sugerem que empresas brasileiras restritas e irrestritas se comportam de forma diferente ao receberem um choque positivo em seus fluxos de caixa e que o comportamento das mesmas também difere no curto e no longo prazo. Empresas restritas e irrestritas ao receberem um choque positivo em seus fluxos de caixa, retêm caixa no período contemporâneo e alocam tais recursos intertemporalmente. Empresas restritas investem mais no curto prazo enquanto as irrestritas investem mais no longo prazo. No curto prazo, empresas irrestritas distribuem mais dividendos do que empresas irrestritas e no longo prazo, os coeficientes dos fluxos de caixa não são significativos para nenhum dos grupos. No curto prazo empresas irrestritas reduzem o financiamento externo, enquanto empresas restritas levantam mais financiamentos externos e no longo prazo, esse comportamento se inverte. Dessa forma, fica clara a importância de se considerar o longo prazo bem como as restrições financeiras enfrentadas pelas empresas.This study aim to identify what is the behaviour of Brazilian public companies regarding the use of financial resources of cash flows (internal resources) in investments and not investments (for purposes that are not configured as a real investment project) in the short and long term and show how this is related to the degree of financial constraints faced by firms. To achieve this aim, four regressions were estimated by OLS ( Ordinary Least Square), each with one of the response variables corresponding to the main uses of cash, ie , cash holding, investments, dividends and external finance reduction and the explanatory variables given by the cash flow in periods t , t - 1 and t - 2 and some control variables specific of the firm. The results suggest that restricted and unrestricted Brazilian companies behave differently when they receive a positive shock on cash flows and their behavior also differs in the short and long term. When constrained and unconstrained firms receive a positive impact on cash flows, they retain cash in the contemporary period and intertemporally allocate such resources. Constrained firms invest more in the short term while the unrestricted invest more in the long run. In the short term, unconstrained firms distribute more dividends than unconstrained firms and in the long run, the coefficients of cash flows are not significant for either groups. In the short term unconstrained firms reduce external finance, while constrained firms raise more external finance and in the long term, this behavior is reversed. Thus, it is clear that it matters to consider the long term as well as financial constraints faced by firms.application/pdfporEmpresas de capital abertoComportamentoInvestimentosCredit constraintsFinancial decisionsOrdinary least square (OLS)Seemingly unrelated regressions (SUR)Restrições ao crédito e o uso dos recursos financeiros nas empresas brasileirasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de AdministraçãoPrograma de Pós-Graduação em AdministraçãoPorto Alegre, BR-RS2014mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000929000.pdf000929000.pdfTexto completoapplication/pdf652328http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/98311/1/000929000.pdf6012484959c7ed6dbfaed2ae0c88bf51MD51TEXT000929000.pdf.txt000929000.pdf.txtExtracted Texttext/plain267592http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/98311/2/000929000.pdf.txt10dd2ae4d34a5ea222ac0ac02d269eb9MD52THUMBNAIL000929000.pdf.jpg000929000.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg892http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/98311/3/000929000.pdf.jpg436beab13f922bc1bef6ecf9adb1deb1MD5310183/983112018-10-22 07:33:40.959oai:www.lume.ufrgs.br:10183/98311Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-22T10:33:40Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Restrições ao crédito e o uso dos recursos financeiros nas empresas brasileiras |
title |
Restrições ao crédito e o uso dos recursos financeiros nas empresas brasileiras |
spellingShingle |
Restrições ao crédito e o uso dos recursos financeiros nas empresas brasileiras Peres, Ariádine Empresas de capital aberto Comportamento Investimentos Credit constraints Financial decisions Ordinary least square (OLS) Seemingly unrelated regressions (SUR) |
title_short |
Restrições ao crédito e o uso dos recursos financeiros nas empresas brasileiras |
title_full |
Restrições ao crédito e o uso dos recursos financeiros nas empresas brasileiras |
title_fullStr |
Restrições ao crédito e o uso dos recursos financeiros nas empresas brasileiras |
title_full_unstemmed |
Restrições ao crédito e o uso dos recursos financeiros nas empresas brasileiras |
title_sort |
Restrições ao crédito e o uso dos recursos financeiros nas empresas brasileiras |
author |
Peres, Ariádine |
author_facet |
Peres, Ariádine |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Peres, Ariádine |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Kirch, Guilherme |
contributor_str_mv |
Kirch, Guilherme |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Empresas de capital aberto Comportamento Investimentos |
topic |
Empresas de capital aberto Comportamento Investimentos Credit constraints Financial decisions Ordinary least square (OLS) Seemingly unrelated regressions (SUR) |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Credit constraints Financial decisions Ordinary least square (OLS) Seemingly unrelated regressions (SUR) |
description |
Este estudo têm como objetivo identificar qual o comportamento de empresas brasileiras de capital aberto com relação à aplicação dos recursos financeiros de seus fluxos de caixa (recursos internos) em investimentos e não investimentos (em fins que não se configuram como um projeto real de investimento) no curto e longo prazo e mostrar como essa questão está relacionado com o grau de restrições financeiras enfrentado pelas empresas. Para alcançar esse objetivo foram estimadas quatro regressões pelo método OLS (Ordinary Least Square / Mínimos Quadrados Ordinários), cada uma delas com uma das variáveis resposta correspondentes aos principais usos de caixa, ou seja, retenção de caixa, investimentos, dividendos e redução do financiamento externo e com as variáveis explicativas dadas pelo fluxo de caixa nos períodos t, t-1 e t-2 e algumas variáveis de controle específicas da firma. Os resultados sugerem que empresas brasileiras restritas e irrestritas se comportam de forma diferente ao receberem um choque positivo em seus fluxos de caixa e que o comportamento das mesmas também difere no curto e no longo prazo. Empresas restritas e irrestritas ao receberem um choque positivo em seus fluxos de caixa, retêm caixa no período contemporâneo e alocam tais recursos intertemporalmente. Empresas restritas investem mais no curto prazo enquanto as irrestritas investem mais no longo prazo. No curto prazo, empresas irrestritas distribuem mais dividendos do que empresas irrestritas e no longo prazo, os coeficientes dos fluxos de caixa não são significativos para nenhum dos grupos. No curto prazo empresas irrestritas reduzem o financiamento externo, enquanto empresas restritas levantam mais financiamentos externos e no longo prazo, esse comportamento se inverte. Dessa forma, fica clara a importância de se considerar o longo prazo bem como as restrições financeiras enfrentadas pelas empresas. |
publishDate |
2014 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2014-07-19T02:12:55Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2014 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/98311 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000929000 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/98311 |
identifier_str_mv |
000929000 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/98311/1/000929000.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/98311/2/000929000.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/98311/3/000929000.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
6012484959c7ed6dbfaed2ae0c88bf51 10dd2ae4d34a5ea222ac0ac02d269eb9 436beab13f922bc1bef6ecf9adb1deb1 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1810085293678657536 |