A tribo Mutisieae cass. (Asteraceae), sensu Cabrera, no Rio Grande do Sul e suas relações biogeográficas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1996 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/164633 |
Resumo: | Foram levantadas as espécies da tribo Mutisieae (Asteraceae), sensu CABRERA (1977) ocorrentes no Rio Grande do Sul, Brasil. No total foram encontradas 48 espécies, quatro subespécies e duas variedades distribuídas em doze gêneros e quatro subtribos. São apresentadas descrições da tribo e dos gêneros e chaves das subtribos, gêneros e espécies. É apresentado um índex com a relação organizada alfabeticamente das espécies e sinônimos. São citadas pela primeira vez para o Rio Grande do Sul Pamphalea smithii, Perezia catharinensis e Trixis thyrsoidea, e, para o Brasil, Chaptalia arechavaletae, Pamphalea missionum e Perezia squarrosa ssp. squarrosa. Cita-se uma nova espécie para a ciência, Holocheilus monocephalus. Discute-se as formas de vida, habitat e dispersão das espécies e estabelecem-se padrões de distribuição dos gêneros e espécies. São apresentados mapas de ocorrência das espécies, e faz-se uma análise qualitativa da sua distribuição nas regiões fisiográficas do Rio Grande do Sul, discutindose a diversidade de cada região associada a fatores ambientais e a amplitude de ocorrência dos táxons. Dez regiões fisiográficas do Rio Grande do Sul e quatro estações austro-sul-americanas constituíram quatorze unidades amostrais que foram comparadas entre si quanto à presença ou ausência das espécies da tribo Mutisieae, através da aplicação do índice de Jaccard, utilizando-se métodos de classificação e ordenação. Na análise de agrupamentos utilizou-se o critério "soma dos quadrados", e na ordenação o método utilizado foi o da "análise das coordenadas principais". Obtiveram-se dois grupos principais sensivelmente coincidentes com unidades biogeográficas reconhecidas por CABRERA & WILLINK (1980) e TAKHTAJAN (1986). Ficou evidente, ainda, a existência de um subgrupo de transição, geograficamente intermediário entre os dois grupos principais. São analisadas as afinidades entre as unidades amostrais baseadas em fatores ambientais. Faz-se uma reavaliação da área ancestral da família Asteraceae baseada nos resultados das análises deste estudo em relação àquela apresentada por BREMER (1992). Propõe-se que a área austro-sul-americana extra-andina situada desde a Patagônia até aproximadamente o paralelo de 30°S, no Rio Grande do Sul, passe a ser a região mais provavelmente vinculada à área ancestral da família Asteraceae. |
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Mondin, Claudio AugustoBaptista, Luis Rios de Moura2017-08-01T02:36:50Z1996http://hdl.handle.net/10183/164633000220984Foram levantadas as espécies da tribo Mutisieae (Asteraceae), sensu CABRERA (1977) ocorrentes no Rio Grande do Sul, Brasil. No total foram encontradas 48 espécies, quatro subespécies e duas variedades distribuídas em doze gêneros e quatro subtribos. São apresentadas descrições da tribo e dos gêneros e chaves das subtribos, gêneros e espécies. É apresentado um índex com a relação organizada alfabeticamente das espécies e sinônimos. São citadas pela primeira vez para o Rio Grande do Sul Pamphalea smithii, Perezia catharinensis e Trixis thyrsoidea, e, para o Brasil, Chaptalia arechavaletae, Pamphalea missionum e Perezia squarrosa ssp. squarrosa. Cita-se uma nova espécie para a ciência, Holocheilus monocephalus. Discute-se as formas de vida, habitat e dispersão das espécies e estabelecem-se padrões de distribuição dos gêneros e espécies. São apresentados mapas de ocorrência das espécies, e faz-se uma análise qualitativa da sua distribuição nas regiões fisiográficas do Rio Grande do Sul, discutindose a diversidade de cada região associada a fatores ambientais e a amplitude de ocorrência dos táxons. Dez regiões fisiográficas do Rio Grande do Sul e quatro estações austro-sul-americanas constituíram quatorze unidades amostrais que foram comparadas entre si quanto à presença ou ausência das espécies da tribo Mutisieae, através da aplicação do índice de Jaccard, utilizando-se métodos de classificação e ordenação. Na análise de agrupamentos utilizou-se o critério "soma dos quadrados", e na ordenação o método utilizado foi o da "análise das coordenadas principais". Obtiveram-se dois grupos principais sensivelmente coincidentes com unidades biogeográficas reconhecidas por CABRERA & WILLINK (1980) e TAKHTAJAN (1986). Ficou evidente, ainda, a existência de um subgrupo de transição, geograficamente intermediário entre os dois grupos principais. São analisadas as afinidades entre as unidades amostrais baseadas em fatores ambientais. Faz-se uma reavaliação da área ancestral da família Asteraceae baseada nos resultados das análises deste estudo em relação àquela apresentada por BREMER (1992). Propõe-se que a área austro-sul-americana extra-andina situada desde a Patagônia até aproximadamente o paralelo de 30°S, no Rio Grande do Sul, passe a ser a região mais provavelmente vinculada à área ancestral da família Asteraceae.The species of the tribe Mutisieae (Asteraceae) , sensu CABRERA (1977) occurring in Rio Grande do Sul, Brazil, w ere surveyed. Forty-eight species, four subspecies and two varieties were found, belonging to t welve genera and four subtribes. Descriptions of the tribe and genera as well as keys to the subtribes, genera and species are provided. An index with a list of the species and synonyms in alphabetical arder is displayed. Pampha/ea smithii, Perezia catharinensis and Trixis thyrsoidea are new geographical novelties to Rio Grande do Sul, whilst Chaptalia arechavaletae, Pamphalea missionum and Perezia squarrosa ssp. squarrosa are new botanical events to Brazil. A new species, Holocheilus monocephalus, is cited. Life forms, habitat and dispersai of the species are discussed and distributional patterns of the genera and species are established. Distribution maps of the species as well as a qualitative analysis of their distribution in the physiographical regions of Rio Grande do Sul are provided, with discussion of each region related to environmental features and geographical range of the species. Classification and ordenation techniques were used with application of Jaccard's coefficient to compare ten physiographical regions of Rio Grande do Sul and four austrosouth- american stands among themselves. "Sum-of-squares" was used in cluster analysis while "principal coordinates analysis" was applied in ordenation. Two main groups were obtained, strongly concurrent with biogeographical units recognized by CABRERA & WILLINK (1980) and TAKHTAJAN (1986). A transitional subgroup, geographically placed between the two main groups, was pointed out and cleared. Relationships among sampling units based on environmental features are analyzed. A new approach of ancestral area of the family Asteraceae is accomplished regarding BREMER'S (1992) analysis. lt is proposed that the austro-south-american extra-andean area situated since Patagonia to about 30°S in Rio Grande do Sul is the most likely region linked to ancestral area of the Asteraceae.application/pdfporAsteraceaeBiogeografiaTaxonomia vegetal : Compositae : Fitogeografia : Biogeografia : Brasil : Rio Grande do Sul : Brasil Rio Grande do SulTaxonomia vegetal : Compositae : Fitogeografia : Biogeografia : Rio Grande do SulRio Grande do SulAsteraceaeMutisieaeBiogeographyAscestral areaA tribo Mutisieae cass. (Asteraceae), sensu Cabrera, no Rio Grande do Sul e suas relações biogeográficasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasCurso de Pós-Graduação em BotanicaPorto Alegre, BR-RS1996mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000220984.pdf000220984.pdfTexto completoapplication/pdf52475650http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164633/1/000220984.pdf3ed27e0fa968fc5b67e72573f6ee7071MD51TEXT000220984.pdf.txt000220984.pdf.txtExtracted Texttext/plain382107http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164633/2/000220984.pdf.txt549b7870b5d021e95708f8607f4a91f3MD52THUMBNAIL000220984.pdf.jpg000220984.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1434http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164633/3/000220984.pdf.jpge7ffa36a398b18bbc271b5281dc9bbbfMD5310183/1646332018-10-17 08:52:59.602oai:www.lume.ufrgs.br:10183/164633Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-17T11:52:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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