Avaliação do apêndice atrial esquerdo pela ecocardiografia transtorácica com imagem harmônica após evento neurológico agudo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Fábio Cañellas
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/6240
Resumo: Introdução: Embora a imagem com segunda harmônica esteja largamente disponível na maioria dos aparelhos de ultra-sonografia, sua acurácia para avaliar a morfologia e a função do apêndice atrial esquerdo (AAE) permanece precariamente caracterizada. Objetivos: Explorar o desempenho diagnóstico da ecocardiografia transtorácica com segunda harmônica (ETTsh) na avaliação do AAE após eventos neurológicos agudos. Métodos: Realizamos um estudo transversal em pacientes com eventos neurológicos isquêmicos agudos, encaminhados para realização de ETTsh e Ecocardiografia Transesofágica (ETE). As análises da área longitudinal máxima e do pico da velocidade de esvaziamento de fluxo do AAE foram realizadas por observadores cegos. Resultados: Foram avaliados 51 pacientes (49% femininas, 62 ± 12 anos) com eventos neurológicos isquêmicos agudos. Contraste ecocardiográfico espontâneo foi observado em 11 (22%) pacientes no AE, em 7(14%) no AAE e em 3 (6%) na aorta torácica descendente. Trombo no AAE foi identificado em apenas 2 (4%) pacientes. O mapeamento e a análise do AAE foi factível na maioria dos casos (98%), tanto para o estudo com Doppler quanto para avaliação da área do AAE. Observamos uma associação positiva e significativa entre o ETTsh e o ETE, tanto para a avaliação das velocidades máximas de esvaziamento do AAE (r=0,63; p<0,001) quanto para a área longitudinal máxima do AAE (r=0,73; p<0,001). Ademais, todos os pacientes com trombos no AAE ou contraste espontâneo (n=7) tiveram velocidade de esvaziamento inferior a 50 cm/s no mapeamento transtorácico (valor preditivo negativo de 100%). Na análise multivariada ajustada para diversos potenciais preditores transtorácicos de risco, a velocidade máxima de esvaziamento do AAE permaneceu independentemente associada com trombos no AAE ou contraste espontâneo. Conclusão: ETTsh pode fornecer informações relevantes a respeito da morfologia e dinâmica do AAE. Em particular, pacientes com velocidades altas de esvaziamento do AAE podem não necessitar de avaliação adicional com ETE.
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Contraste ecocardiográfico espontâneo foi observado em 11 (22%) pacientes no AE, em 7(14%) no AAE e em 3 (6%) na aorta torácica descendente. Trombo no AAE foi identificado em apenas 2 (4%) pacientes. O mapeamento e a análise do AAE foi factível na maioria dos casos (98%), tanto para o estudo com Doppler quanto para avaliação da área do AAE. Observamos uma associação positiva e significativa entre o ETTsh e o ETE, tanto para a avaliação das velocidades máximas de esvaziamento do AAE (r=0,63; p<0,001) quanto para a área longitudinal máxima do AAE (r=0,73; p<0,001). Ademais, todos os pacientes com trombos no AAE ou contraste espontâneo (n=7) tiveram velocidade de esvaziamento inferior a 50 cm/s no mapeamento transtorácico (valor preditivo negativo de 100%). Na análise multivariada ajustada para diversos potenciais preditores transtorácicos de risco, a velocidade máxima de esvaziamento do AAE permaneceu independentemente associada com trombos no AAE ou contraste espontâneo. Conclusão: ETTsh pode fornecer informações relevantes a respeito da morfologia e dinâmica do AAE. Em particular, pacientes com velocidades altas de esvaziamento do AAE podem não necessitar de avaliação adicional com ETE.Background. Although second harmonic imaging is widely available in most ultrasound systems, its accuracy to evaluate the left atrial appendage (LAA) morphology and function remains poorly characterized. Objectives. To explore the performance of second harmonic transthoracic echocardiography (shTTE) in the assessment of LAA after acute neurologic events. Methods. We conducted a cross-sectional survey of patients with acute ischemic neurologic events that underwent both shTTE and transesophageal echocardiography (TEE). Blinded off-line analysis of LAA maximal area and peak emptying velocities were performed. Results. Fifty-one consecutive patients (49% females, 62 ± 12 years) with acute ischemic neurologic events were evaluated. Spontaneous echocardiographic contrast was observed in 11(22%) patients in the LA, in 7(14%) in the LAA and in 3 (6%) in the thoracic aorta. LAA thrombus was identified in only 2(4%) patients. Scanning and analysis of the LAA was feasible in most patients (98%) both for Doppler and LAA area assessment. We observed a positive and significant association between shTTE and TEE assessment of both LAA peak emptying velocities (r=0.63, p<0.001) and LAA maximum area (r=0.73, p<0.001). In addition, all patients (n=7) with LAA thrombus or spontaneous contrast had peak emptying velocities inferior to 50 cm/s on transthoracic scanning (negative predictive value of 100%). In multivariate analysis adjusted for several potential transthoracic predictors of risk, LAA peak-emptying velocity remained independently associated with LAA thrombus or spontaneous contrast. Conclusions. shTTE can provide valuable information of LAA morphology and dynamic. In particular, patients with high peak emptying velocities might not need additional TEE imaging.application/pdfporTrombose coronáriaEcocardiografiaEcocardiografia transesofagianaThrombusEchocardiographyTransthoracicTransesophagealAvaliação do apêndice atrial esquerdo pela ecocardiografia transtorácica com imagem harmônica após evento neurológico agudoLeft atrial appendage assessment by second harmonic transthoracic echocardiography after an acute neurologic event info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Cardiologia e Ciências CardiovascularesPorto Alegre, BR-RS2004mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000527558.pdf000527558.pdfTexto completoapplication/pdf211957http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/6240/1/000527558.pdf495a4edfe3e8589d27d115b9c226c7d4MD51TEXT000527558.pdf.txt000527558.pdf.txtExtracted Texttext/plain88006http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/6240/2/000527558.pdf.txt642ac7c27e879d38c362cfa758b98aeeMD52THUMBNAIL000527558.pdf.jpg000527558.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1111http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/6240/3/000527558.pdf.jpgde9cdea3b90d69dea497391f0c514711MD5310183/62402018-10-17 07:47:30.119oai:www.lume.ufrgs.br:10183/6240Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-17T10:47:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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