Matéria, alma e identidade pessoal em Hume

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guzzo, Fábio Augusto
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/56511
Resumo: Defendo, nesta dissertação, uma interpretação materialista da filosofia humeana. Essa interpretação se apóia em alguns dos temas presentes no Livro 1 do Tratado da Natureza Humana. Divido a tarefa em três partes: no primeiro capítulo, examino dois dos princípios que fundamentam a teoria das idéias apresentada na Parte 1, o princípio da cópia e o da separabilidade. Juntos, eles implicam a impotência da razão a priori no domínio dos fatos. É a imaginação, uma faculdade corpórea, que assume o papel principal na epistemologia humeana; no segundo capítulo, examino a seção “Da imaterialidade da alma” (Parte 4, Seção 5), na qual a alma substancial desaparece e dá lugar a percepções causalmente relacionadas a um corpo. Aqui se evidencia a concepção fisicalista de Hume sobre o fenômeno cognitivo. Procuro esclarecer tal concepção por meio de uma comparação entre ela e a concepção de Reid, segundo a qual o fenômeno cognitivo é intrinsecamente imaterial e, portanto, sem qualquer relação causal com a matéria; o objeto do terceiro capítulo é a seção “Da identidade pessoal” (Parte 4, Seção 6), na qual Hume afirma que a crença nessa identidade decorre de associações de idéias. No Apêndice Hume reconhece a insuficiência de sua explicação inicial. Exponho alguns dos problemas que podem ter gerado as dúvidas do Apêndice e defendo que elas não configuram um possível abandono do materialismo, ou seja, da concepção ontológica que levou à tese de que a mente é um mero feixe de percepções relacionadas causalmente.
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