Liderança em enfermagem no sexto turno - finais de semana e feriados - em um hospital universitário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borba, Daniela dos Santos Marona
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/31974
Resumo: Estudo qualitativo, do tipo exploratório descritivo, com o objetivo geral de analisar o processo de liderança em enfermagem no sexto turno de trabalho - turno fixo diurno de 12 horas, realizado em finais de semana e feriados, em um hospital de ensino de Porto Alegre, RS. Os objetivos específicos consistiram em: caracterizar o perfil de enfermeiros contratados e/ou remanejados para atuar em finais de semana e feriados; discutir acerca das implicações do trabalho nesse turno para o processo de liderança; e, por fim, elencar estratégias para o desenvolvimento da liderança, na equipe de enfermagem. A coleta de dados ocorreu em duas etapas. A primeira consistiu em análise documental, com base em consulta a queries de dados do sistema de informações gerenciais (IG) do campo investigado que viabilizaram traçar o perfil de enfermeiros contratados e/ou remanejados para o turno de finais de semana e feriados, no período entre janeiro de 2004 e janeiro de 2011. Os dados, analisados segundo estatística descritiva, com emprego do software SPSS 18.0, apontaram predomínio do sexo feminino (92,5%), idade média de 36 anos e tempo médio de permanência de 15,53 meses, no turno investigado. Outra etapa da pesquisa consistiu em grupos focais, realizado em setembro e outubro de 2009, com 9 enfermeiros, durante 4 encontros de duas horas, cujas informações foram submetidas à análise temática e agrupadas em 3 categorias: significado do processo de liderança, implicações do turno de trabalho no exercício da liderança e estratégias para a construção da liderança na equipe de trabalho. Os resultados dos debates apontaram que o significado do processo de liderança para os enfermeiros centra-se em certos atributos e práticas exercidas no cotidiano do trabalho, com ênfase a: credibilidade, confiança, coerência de idéias, discurso compatível com ações, lealdade e comprometimento. Além disso, foram mencionados o bom relacionamento com a equipe, a experiência profissional, e também o conhecimento sobre o trabalho e a cultura organizacional, representando os pilares que sustentam o desenvolvimento da liderança, no grupo. Nas discussões acerca de quais habilidades são necessárias, predominou o entendimento de que pendulam entre a perspectiva transacional e a transformacional, porém, com a ressalva de que ambas são importantes para o gerenciamento do trabalho. Quanto às implicações do turno de trabalho, os enfermeiros apontaram que a falta de contato diário provoca lacunas na comunicação, bem como, interfere na relação interpessoal do grupo, condições que dificultam o exercício de liderança. As estratégias elencadas nas discussões para o desenvolvimento da liderança concentraram-se nas reuniões de equipe como espaço dialógico que, por sua vez, alicerça a construção de propósitos coletivos. Outro realce conferido a estes espaços é que possibilitam o compartilhamento de idéias, estimulam o comprometimento, fortalecem a confiança entre os membros da equipe, e reforçam a idéia de pertencimento ao grupo de trabalho. Houve referência à fragilidade da dimensão relacional na equipe, apontando a comunicação como elo para a consolidação de vínculos construtivos no grupo. Nessa perspectiva, os processos interativos e a ambiência favorável tornam-se importantes condições para estimular práticas de liderança, considerando a necessária integração entre os membros da equipe para a consolidação do cuidado como resultado do trabalho da enfermagem.
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A primeira consistiu em análise documental, com base em consulta a queries de dados do sistema de informações gerenciais (IG) do campo investigado que viabilizaram traçar o perfil de enfermeiros contratados e/ou remanejados para o turno de finais de semana e feriados, no período entre janeiro de 2004 e janeiro de 2011. Os dados, analisados segundo estatística descritiva, com emprego do software SPSS 18.0, apontaram predomínio do sexo feminino (92,5%), idade média de 36 anos e tempo médio de permanência de 15,53 meses, no turno investigado. Outra etapa da pesquisa consistiu em grupos focais, realizado em setembro e outubro de 2009, com 9 enfermeiros, durante 4 encontros de duas horas, cujas informações foram submetidas à análise temática e agrupadas em 3 categorias: significado do processo de liderança, implicações do turno de trabalho no exercício da liderança e estratégias para a construção da liderança na equipe de trabalho. Os resultados dos debates apontaram que o significado do processo de liderança para os enfermeiros centra-se em certos atributos e práticas exercidas no cotidiano do trabalho, com ênfase a: credibilidade, confiança, coerência de idéias, discurso compatível com ações, lealdade e comprometimento. Além disso, foram mencionados o bom relacionamento com a equipe, a experiência profissional, e também o conhecimento sobre o trabalho e a cultura organizacional, representando os pilares que sustentam o desenvolvimento da liderança, no grupo. Nas discussões acerca de quais habilidades são necessárias, predominou o entendimento de que pendulam entre a perspectiva transacional e a transformacional, porém, com a ressalva de que ambas são importantes para o gerenciamento do trabalho. Quanto às implicações do turno de trabalho, os enfermeiros apontaram que a falta de contato diário provoca lacunas na comunicação, bem como, interfere na relação interpessoal do grupo, condições que dificultam o exercício de liderança. As estratégias elencadas nas discussões para o desenvolvimento da liderança concentraram-se nas reuniões de equipe como espaço dialógico que, por sua vez, alicerça a construção de propósitos coletivos. Outro realce conferido a estes espaços é que possibilitam o compartilhamento de idéias, estimulam o comprometimento, fortalecem a confiança entre os membros da equipe, e reforçam a idéia de pertencimento ao grupo de trabalho. Houve referência à fragilidade da dimensão relacional na equipe, apontando a comunicação como elo para a consolidação de vínculos construtivos no grupo. Nessa perspectiva, os processos interativos e a ambiência favorável tornam-se importantes condições para estimular práticas de liderança, considerando a necessária integração entre os membros da equipe para a consolidação do cuidado como resultado do trabalho da enfermagem.Qualitative study of an exploratory and descriptive nature, with the overall objective of analyzing the process of nursing leadership sixth shift. The study was held on weekends and holidays, in a teaching hospital in Porto Alegre, RS. The specific objectives were: to characterize the profile of nurses employed and / or relocated to work on weekends and holidays, to discuss the effects of work during this shift on the leadership process, and, finally, to set strategies for the development of leadership within the nursing staff. Data collection occurred in two stages. One of the stages consisted of document analysis based on general information system data (GIs) queries of the field being researched. These enabled the profiling of nurses employed and / or relocated to the weekends and holidays shifts between January 2004 and January 2011. The data was analyzed using descriptive statistics with the use of SPSS 18.0, and it showed a predominance of females (92.5%), with a mean age of 36 and mean duration of 15.53 months, in the shift in question. Another stage of the research consisted of focus groups with nine nurses, which included four meetings that lasted two hours. The data was subjected to thematic analysis and grouped into three categories: the meaning of the leadership process, implications of the shift in leadership, and strategies for leadership in building the team. The results of the discussions indicated that the significance of leadership for nurses focuses on certain attributes and practices in daily work, with emphasis on: credibility, confidence and coherence of ideas, actions compatible with the message, loyalty, and commitment. Other attributes and practices mentioned were: a good relationship with the team, work experience, and also knowledge about work and organizational culture, which represent the pillars that support the development of leadership in the group. In discussions about what skills are needed, the view prevailed that going back and forth between transactional and transformational perspectives is important, though both are vital to work management. As for the implications of the work shift, the nurses pointed out that lack of daily contact causes gaps in communication, as well as interferes with the interpersonal relationships of the group. These conditions hinder the exercise of leadership. The strategies listed in the discussions for the development of leadership focused on team meetings as a dialogic space that, in turn, underpins the construction of collective purposes. Another highlight is given to those spaces that enable the sharing of ideas, stimulate involvement, strengthen trust among team members, and reinforce the idea of belonging to the working group. There was reference to the fragility of the relational dimensions in the team, with communication pointed to as a way to create constructive ties in the group. From this perspective, the interactive processes and a favorable environment are important conditions to stimulate leadership practices; considering the necessary integration between team members for the consolidation of care as a result of the nursing profession.Estudio cualitativo de forma exploratoria y descriptiva, con el objetivo general de analizar el proceso de liderazgo de la enfermería en el trabajo en un turno fijo diurno de 12 horas, que tuvo lugar los fines de semana y días festivos, en un hospital de enseñanza en Porto Alegre, RS. Los objetivos específicos fueron: caracterizar el perfil de las enfermeras empleadas y / o reubicadas para trabajar en fines de semana y días festivos; discutir sobre las implicaciones de este trabajo para activar el proceso de liderazgo, y, por último, establecer estrategias para el desarrollo del liderazgo, en el personal de enfermería. Los datos fueron recolectados entre en dos etapas. Un primer paso fue el análisis de documentos sobre la base de consultas al sistema de información de datos de gestión (IG) del campo investigado que permitió establecer los perfiles de los enfermeros empleados y / o reubicados en el turno de los fines de semana y días festivos, en el periodo entre enero de 2004 y enero de 2011. Los datos fueron analizados utilizando una estadística descriptiva con el uso del software SPSS 18.0, y mostraron un predominio del sexo femenino (92,5%), edad media 36 años y la duración media de 15,53 meses en el turno investigado. Otra etapa de la investigación consistió en grupos focales con nueve enfermeras, durante cuatro reuniones de dos horas, cuyas informaciones fueron sometidas al análisis temático y se agruparon en tres categorías: significado del proceso de liderazgo, implicaciones del turno en el liderazgo y estrategias para la construcción del liderazgo en el equipo de trabajo. Los resultados de los debates indican que la importancia del liderazgo para el personal de enfermería se centra en ciertos atributos y prácticas en el trabajo diario, haciendo hincapié en: la credibilidad, la confianza y la coherencia de las ideas, el lenguaje compatible con las acciones, la lealtad y el compromisso. Por otra parte, los encuestados también mencionaron la buena relación con el equipo de trabajo, la experiencia en el trabajo y también el conocimiento sobre el trabajo y la cultura organizacional, que representan los pilares que apoyan el desarrollo de liderazgo en el grupo. En las discusiones sobre qué habilidades son necesarias, prevaleció la opinión que oscilan entre las perspectivas transaccional y transformacional, sin embargo, con la salvedad de que ambos son importantes para la gestión de la obra. En cuanto a las implicaciones de la jornada de trabajo, las enfermeras señalaron que la falta de contacto diario crea lagunas en la comunicación, así como que interfiere en las relaciones interpersonales del grupo, condiciones que impiden el ejercicio del liderazgo. Las estrategias que figuran en las discusiones para el desarrollo de liderazgo, se centraron en las reuniones del equipo como un espacio de diálogo que, a su vez, sustenta la construcción de propósitos colectivos. Otro punto de destaque dado a aquellos espacios es que permiten el intercambio de ideas, estimulan el compromiso y la participación, fortalecen la confianza entre los miembros del equipo y refuerzan la idea de pertenencia al grupo de trabajo. Se hizo referencia a la fragilidad de la dimensión relacional en el equipo, apuntando a la comunicación como enlace que permite a la consolidación de lazos constructivos en el grupo. Desde esta perspectiva, los procesos interactivos y el ambiente favorable se convierten en importantes condiciones para estimular las prácticas de liderazgo considerando necesaria la integración entre los miembros del equipo para la consolidación del cuidado como resultado del trabajo de la enfermería.application/pdfporLiderança : EnfermagemTrabalho em turnos : Profissionais da área da saúdeEquipe de enfermagem : Processos grupaisTrabalho em equipeLeadershipNursingShift workOrganization and managementGroup processesFocus groupsLiderazgoEnfermeríaTrabajo por turnosOrganización y gestiónProcesos de grupoGrupos de enfoqueLiderança em enfermagem no sexto turno - finais de semana e feriados - em um hospital universitárioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2011mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000785275.pdf.txt000785275.pdf.txtExtracted Texttext/plain195446http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31974/2/000785275.pdf.txt738e78b66e6794d01770d8c1ab8b2d04MD52ORIGINAL000785275.pdf000785275.pdfTexto completoapplication/pdf1314322http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31974/1/000785275.pdfb13fc50684fc7af0edb00cf5b3ec30fcMD51THUMBNAIL000785275.pdf.jpg000785275.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1040http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/31974/3/000785275.pdf.jpg08cb7662107fb48a6f39fed256ac406bMD5310183/319742018-10-10 07:50:25.739oai:www.lume.ufrgs.br:10183/31974Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-10T10:50:25Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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