Avaliação da estrutura e função musculares de pacientes portadores de hepatite C crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Milano, Rodrigo Varella
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/204276
Resumo: A infecção crônica pelo vírus da hepatite C (HCV) promove uma infecção sistêmica associada à doença hepática significativa. A fadiga é a manifestação extrahepática mais comumente observada em pacientes com hepatite C crônica, e isso tem um efeito considerável na qualidade de vida e na atividade diária dos pacientes. Objetivos: Avaliar a estrutura e a função musculares de pacientes portadores de hepatite C crônica em comparação a controles, em acompanhamento no Ambulatório de Hepatites (GHE) do Serviço de Gastroenterologia do HCPA. Correlacionando parâmetros de arquitetura muscular (volume e espessura) com parâmetros de função muscular (eletromiografia, fadiga concêntrica e relação força versus frequência). Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal em adultos, com idade entre 18 e 60 anos, portadores de hepatite C crônica (casos), em acompanhamento no Ambulatório de Hepatites (GHE) do Serviço de Gastroenterologia do HCPA. Foram incluídos pacientes portadores de infecção crônica pelo HCV, com biópsia hepática realizada em período máximo de 12 meses antes da entrada no estudo, com fibrose variando de F0 a F3 de acordo com a classificação METAVIR e não submetidos a tratamento antiviral prévio. Excluídos todos os indivíduos com coinfecção pelo vírus da imunodeficiência humana e/ou vírus da hepatite B, pacientes com comorbidades, como obesidade (IMC>30), diabetes melito, insuficiência renal crônica, doença cardiovascular, dislipidemia em uso de hipolipemiantes, doença neuromuscular primária e depressão em tratamento. Foram excluídos pacientes com outras doenças hepáticas, como aquela relacionada a consumo excessivo de álcool, hemocromatose, doença hepática gordurosa não alcoólica ou hepatite autoimune, além dos pacientes com contraindicações absolutas ou relativas à realização dos testes (lesão articular e amputação). Pacientes com dificuldade de compreensão dos procedimentos propostos pelos pesquisadores foram também excluídos. Análise estatística: Os dados foram analisados por meio dos programas Excel (Microsoft) e SPSS (Statistical Package for Social Sciences) versão 21.0; valores de P < 0.05 (bicaudal) foram considerados estatisticamente significativos. Na etapa de análise descritiva, variáveis contínuas com distribuição normal foram expressas como média e desvio padrão e as com distribuição assimétrica, como mediana e intervalo interquartílico; as categóricas foram expressas como percentuais e números absolutos. Os testes de MannWhitney e KruskalWallis foram utilizados para as comparações. O nível de significância utilizado foi de 5% (p<0,05). Resultados: Foram avaliados 16 casos (indivíduos com HCV) e 18 controles (indivíduos sem HCV), em que 50% eram do sexo masculino, tanto nos casos quanto nos controles. A média de idade foi de 48,9 ± 9,5 anos para os casos e 43,4 ± 6,1 anos para os controles. O índice de massa corporal (IMC) nos casos foi de 29,3 ± 5,7 e para o grupo controle de 25,0 ± 3,0 p=0,01. No grupo HCV a função muscular no vasto lateral medial (VLM) foi de 20,4 ± 3,4 e no grupo controle de 19,0 ± 5,1 - p=0,362; no vasto medial (VM), respectivamente, 17,4 ± 3,8 e 28,5 ± 6,5p<0,001; e vasto intermédio, 16,6 ± 3,3 e 16,3 ± 4,1 p=0,792. Em relação ao músculo reto femoral, considerando HCV e controles, os achados foram de 18,6 ± 5,6 e 17,4 ± 4,6 (p=0,502). O pico de torque isométrico no grupo HCV foi de 169,3 ± 49,7, enquanto que foi de 198,2 ± 61,6 nos controles (p=0,145). Na ativação do sinal eletromiográfico (EMG) os resultados nos portadores de HCV foi de 159,0 ± 91,5 e nos controles 255,5 ± 160,6 (p=0,049). A taxa de produção de força máxima (TPF) foi 1,97 ± 0,64 nos pacientes HCV e 1,08 ± 0,42 nos controles (p<0,01). Quanto à espessura muscular, 72,0 ± 12,9 em portadores de HCV e 2,30 ± 0,47 nos controles, e qualidade muscular, 81,8 ± 16,7 e de 81,8 ± 16,7 (p>0,05). Conclusão: Pacientes com hepatite C crônica têm um IMC mais elevado, uma ativação elétrica menor do músculo vasto lateral, o que pode estar associado a algum nível inicial de sarcopenia. E ainda, possuem uma TPF maior o que demonstra que o grupo hepatite C demora mais tempo para atingir o máximo de força quando comprado ao controle. Esses achados podem estar relacionados à fadiga e à gênese de sarcopenia nestes indivíduos e devem ser mais explorados em estudos subsequentes.
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Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal em adultos, com idade entre 18 e 60 anos, portadores de hepatite C crônica (casos), em acompanhamento no Ambulatório de Hepatites (GHE) do Serviço de Gastroenterologia do HCPA. Foram incluídos pacientes portadores de infecção crônica pelo HCV, com biópsia hepática realizada em período máximo de 12 meses antes da entrada no estudo, com fibrose variando de F0 a F3 de acordo com a classificação METAVIR e não submetidos a tratamento antiviral prévio. Excluídos todos os indivíduos com coinfecção pelo vírus da imunodeficiência humana e/ou vírus da hepatite B, pacientes com comorbidades, como obesidade (IMC>30), diabetes melito, insuficiência renal crônica, doença cardiovascular, dislipidemia em uso de hipolipemiantes, doença neuromuscular primária e depressão em tratamento. Foram excluídos pacientes com outras doenças hepáticas, como aquela relacionada a consumo excessivo de álcool, hemocromatose, doença hepática gordurosa não alcoólica ou hepatite autoimune, além dos pacientes com contraindicações absolutas ou relativas à realização dos testes (lesão articular e amputação). Pacientes com dificuldade de compreensão dos procedimentos propostos pelos pesquisadores foram também excluídos. Análise estatística: Os dados foram analisados por meio dos programas Excel (Microsoft) e SPSS (Statistical Package for Social Sciences) versão 21.0; valores de P < 0.05 (bicaudal) foram considerados estatisticamente significativos. Na etapa de análise descritiva, variáveis contínuas com distribuição normal foram expressas como média e desvio padrão e as com distribuição assimétrica, como mediana e intervalo interquartílico; as categóricas foram expressas como percentuais e números absolutos. Os testes de MannWhitney e KruskalWallis foram utilizados para as comparações. O nível de significância utilizado foi de 5% (p<0,05). Resultados: Foram avaliados 16 casos (indivíduos com HCV) e 18 controles (indivíduos sem HCV), em que 50% eram do sexo masculino, tanto nos casos quanto nos controles. A média de idade foi de 48,9 ± 9,5 anos para os casos e 43,4 ± 6,1 anos para os controles. O índice de massa corporal (IMC) nos casos foi de 29,3 ± 5,7 e para o grupo controle de 25,0 ± 3,0 p=0,01. No grupo HCV a função muscular no vasto lateral medial (VLM) foi de 20,4 ± 3,4 e no grupo controle de 19,0 ± 5,1 - p=0,362; no vasto medial (VM), respectivamente, 17,4 ± 3,8 e 28,5 ± 6,5p<0,001; e vasto intermédio, 16,6 ± 3,3 e 16,3 ± 4,1 p=0,792. Em relação ao músculo reto femoral, considerando HCV e controles, os achados foram de 18,6 ± 5,6 e 17,4 ± 4,6 (p=0,502). O pico de torque isométrico no grupo HCV foi de 169,3 ± 49,7, enquanto que foi de 198,2 ± 61,6 nos controles (p=0,145). Na ativação do sinal eletromiográfico (EMG) os resultados nos portadores de HCV foi de 159,0 ± 91,5 e nos controles 255,5 ± 160,6 (p=0,049). A taxa de produção de força máxima (TPF) foi 1,97 ± 0,64 nos pacientes HCV e 1,08 ± 0,42 nos controles (p<0,01). Quanto à espessura muscular, 72,0 ± 12,9 em portadores de HCV e 2,30 ± 0,47 nos controles, e qualidade muscular, 81,8 ± 16,7 e de 81,8 ± 16,7 (p>0,05). Conclusão: Pacientes com hepatite C crônica têm um IMC mais elevado, uma ativação elétrica menor do músculo vasto lateral, o que pode estar associado a algum nível inicial de sarcopenia. E ainda, possuem uma TPF maior o que demonstra que o grupo hepatite C demora mais tempo para atingir o máximo de força quando comprado ao controle. Esses achados podem estar relacionados à fadiga e à gênese de sarcopenia nestes indivíduos e devem ser mais explorados em estudos subsequentes.Chronic infection with the hepatitis C virus (HCV) promotes a systemic infection associated with significant liver disease. Fatigue is the extrahepatic manifestation most commonly observed in patients with chronic hepatitis C, and this has a considerable effect on the quality of life and daily activity of patients. Objectives: To evaluate the muscular structure and function of patients with chronic hepatitis C compared to controls, at the HCPA Gastroenterology Service, in the Hepatitis Clinic (GHE). Correlating parameters of muscular architecture (volume and thickness) with parameters of muscular function (electromyography, concentric fatigue and strength versus frequency relation). Methods: This is a crosssectional study in adults, aged 18-60 years, with chronic hepatitis C (cases), under follow-up at the HCPA Gastroenterology Service. Patients with chronic HCV infection were included, with liver biopsy performed at a maximum period of 12 months prior to study entry, with fibrosis ranging from F0 to F3 according to METAVIR classification and not submitted to previous antiviral treatment. Excluding all individuals with human immunodeficiency virus and / or hepatitis B virus infection, patients with co morbidities such as obesity (BMI> 30), diabetes mellitus, chronic renal failure, cardiovascular disease, lipid-lowering dyslipidemia, primary neuromuscular disease, and depression in treatment. Patients with other liver diseases, such as those related to excessive alcohol consumption, hemochromatosis, nonalcoholic fatty liver disease or autoimmune hepatitis, were excluded from the study, as well as patients with absolute or relative contraindications to the tests (joint damage and amputation). Patients with difficulty understanding the procedures proposed by the researchers were also excluded. Statistical analysis: The data were analyzed through the programs Excel (Microsoft) and SPSS (Statistical Package for Social Sciences) version 21.0; values of P <0.05 (twotailed) were considered statistically significant. In the descriptive analysis stage, continuous variables with normal distribution were expressed as mean and standard deviation and those with asymmetric distribution, such as median and interquartile range; the categorical variables were expressed as percentages and absolute numbers. The MannWhitney and KruskalWallis tests were used for the comparisons. The level of significance was 5% (p< 0.05). Results: 16 cases (individuals with HCV) and 18 controls (individuals without HCV) were evaluated, in which 50% were male, both in cases and in controls. The mean age was 48.9 ± 9.5 years for the cases and 43.4 ± 6.1 years for the controls. The body mass index (BMI) in the cases was 29.3 ± 5.7 and for the control group of 25.0 ± 3.0 p = 0.01. In the HCV group, muscle function in the medial vastus lateralis (VLM) was 20.4 ± 3.4 and in the control group 19.0 ± 5.1 p = 0.362, in the vastus medialis (VM), respectively, 17, 4 ± 3.8 and 28.5 ± 6.5 p <0.001; and vast intermediate, 16.6 ± 3.3 and 16.3 ± 4.1 p = 0.792. Regarding the rectus femoris muscle, considering HCV and controls, the findings were 18.6 ± 5.6 and 17.4 ± 4.6 (p = 0.502). The peak of isometric torque in the HCV group was 169.3 ± 49.7, whereas it was 198.2 ± 61.6 in the controls (p = 0.145). In the activation of the electromyographic signal (EMG) the results in patients with HCV were 159.0 ± 91.5 and in controls 255.5 ± 160.6 (p = 0.049). The maximum force production rate (TPF) was 1.97 ± 0.64 in HCV patients and 1.08 ± 0.42 in controls (p <0.01). Regarding muscle thickness, 72.0 ± 12.9 in HCV patients and 2.30 ± 0.47 in controls, and muscle quality, 81.8 ± 16.7 and 81.8 ± 16.7 (p> 0.05). Conclusion: Patients with chronic hepatitis C have a higher BMI, a smaller electrical activation of the vastus lateralis muscle, which may be associated with some initial level of sarcopenia. They also have a higher TPF, which shows that the hepatitis C group takes longer to reach maximum strength when purchased under control. These findings may be related to the fatigue and genesis of sarcopenia in these individuals and should be further explored in subsequent studies.application/pdfporHepatite CForça muscularSarcopeniaHepatitis CLiver diseaseMuscular strengthSarcopeniaAvaliação da estrutura e função musculares de pacientes portadores de hepatite C crônicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação: Ciências em Gastroenterologia e HepatologiaPorto Alegre, BR-RS2017mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001109801.pdf.txt001109801.pdf.txtExtracted Texttext/plain65695http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/204276/2/001109801.pdf.txtc19adbc962ea36be13328b9508e8c4edMD52ORIGINAL001109801.pdfTexto completoapplication/pdf803293http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/204276/1/001109801.pdf0e5c81cbf42b7d309a60dcf6f10c6459MD5110183/2042762022-08-12 04:48:11.217423oai:www.lume.ufrgs.br:10183/204276Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-08-12T07:48:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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