Experiência com radiofrequência não ablativa no tratamento do líquen escleroso vulvar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/238993 |
Resumo: | Introdução: O líquen escleroso vulvar (LEV) é uma doença crônica de etiologia incerta. Acomete mulheres de todas as faixas etárias, mas em especial aquelas no período menopausal. Tem como principal sintoma o prurido, além de queimação e dor vulvar. Apresenta-se clinicamente pelo achado de placas esbranquiçadas, fissuras, atrofia, apagamento dos sulcos anatômicos, hipocromia e espessamento da camada córnea. O tratamento padrão, com corticoterapia tópica, visa o alívio dos sintomas através da redução do processo inflamatório e a prevenção da evolução para o carcinoma escamoso da vulva. Entretanto, diversas opções terapêuticas vêm sendo estudadas e testadas ao longo dos anos, buscando especialmente o conforto da mulher, a adesão ao tratamento e a minimização dos efeitos colaterais de atrofia e afinamento da pele vulvar. Objetivo: avaliar a ação da radiofrequência não ablativa (RFNA) como uma opção para o tratamento do LEV. Método: série de casos incluindo mulheres com diagnóstico histopatológico de LEV, refratárias a outros tratamentos, monitoradas através de biópsia de vulva pré e pós-tratamento, além de questionários e registros fotográficos. Resultados: na análise histológica foi demonstrado aumento da maturação epitelial, melhora na organização da camada basal, espessamento da pele e aumento da camada granular. Também foi observada neocolagênese, com arranjos aleatórios de colágeno, aumento do número de fibroblastos e da densidade do estroma e redução do processo inflamatório. Os registros das imagens de vulvoscopia mostraram melhora do aspecto da pele vulvar, e as respostas aos questionários revelaram melhora dos sintomas apresentados pelas pacientes. Conclusão: a RFNA foi benéfica em todos os casos relatados e pode representar uma importante ferramenta para o tratamento do LEV. É um recurso seguro, com mínimo ou nenhum desconforto durante a aplicação, de fácil aderência e grande praticidade. Os ensaios clínicos randomizados são necessários para quantificar a equivalência ou superioridade desse método em comparação com o tratamento padrão. |
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Balbinotti, Rodrigo RossiVettorazzi, Janete2022-05-24T04:45:07Z2021http://hdl.handle.net/10183/238993001140182Introdução: O líquen escleroso vulvar (LEV) é uma doença crônica de etiologia incerta. Acomete mulheres de todas as faixas etárias, mas em especial aquelas no período menopausal. Tem como principal sintoma o prurido, além de queimação e dor vulvar. Apresenta-se clinicamente pelo achado de placas esbranquiçadas, fissuras, atrofia, apagamento dos sulcos anatômicos, hipocromia e espessamento da camada córnea. O tratamento padrão, com corticoterapia tópica, visa o alívio dos sintomas através da redução do processo inflamatório e a prevenção da evolução para o carcinoma escamoso da vulva. Entretanto, diversas opções terapêuticas vêm sendo estudadas e testadas ao longo dos anos, buscando especialmente o conforto da mulher, a adesão ao tratamento e a minimização dos efeitos colaterais de atrofia e afinamento da pele vulvar. Objetivo: avaliar a ação da radiofrequência não ablativa (RFNA) como uma opção para o tratamento do LEV. Método: série de casos incluindo mulheres com diagnóstico histopatológico de LEV, refratárias a outros tratamentos, monitoradas através de biópsia de vulva pré e pós-tratamento, além de questionários e registros fotográficos. Resultados: na análise histológica foi demonstrado aumento da maturação epitelial, melhora na organização da camada basal, espessamento da pele e aumento da camada granular. Também foi observada neocolagênese, com arranjos aleatórios de colágeno, aumento do número de fibroblastos e da densidade do estroma e redução do processo inflamatório. Os registros das imagens de vulvoscopia mostraram melhora do aspecto da pele vulvar, e as respostas aos questionários revelaram melhora dos sintomas apresentados pelas pacientes. Conclusão: a RFNA foi benéfica em todos os casos relatados e pode representar uma importante ferramenta para o tratamento do LEV. É um recurso seguro, com mínimo ou nenhum desconforto durante a aplicação, de fácil aderência e grande praticidade. Os ensaios clínicos randomizados são necessários para quantificar a equivalência ou superioridade desse método em comparação com o tratamento padrão.Introduction: Vulvar lichen sclerosus (VLS) is a chronic disease of uncertain etiology. It affects women of all age groups, but especially those in the menopausal period. Its main symptom is itching, in addition to burning and vulvar pain. It presents clinically due to the finding of white plaques, fissures, atrophy, flatness of the anatomic furrows and thickening of the stratum corneum. Standard treatment, with topical corticosteroid therapy, aims to relieve symptoms by reducing the inflammatory process and preventing the progression to squamous cell carcinoma of the vulva, however, several therapeutic options have been studied and tested over the years, especially seeking the comfort of the women, adherence to treatment and minimization of the side effects of atrophy and thinning of the vulvar skin. Objective: to evaluate the action of non-ablative radiofrequency (NARF) as an option for the treatment of VLS. Method: this case series includes women with a histopathological diagnosis of VLS, refractory to other treatments, monitored through pre- and posttreatment vulvar biopsy, in addition to questionnaires and photographic records. Results: histologist analysis demonstrated an increase in epithelial maturation, improvement in the organization of the basal layer, thickening of the skin and an increase in the granular layer. Neocollagenesis was also observed, with random collagen arrangements, increases in the number of fibroblasts and in the density of the stroma, and a reduction in the inflammatory process. Vulvoscopy imaging records showed an improvement in the appearance of the vulvar skin, and the answers to the questionnaires revealed an improvement in the symptoms presented by the patients. Conclusion: NARF was beneficial in all cases reported and may represent an important tool for the treatment of VLS. It is a safe resource, with minimal or no discomfort during application, easy adherence, and great practicality. Randomized clinical trials might be able to quantify the equivalence or superiority of this method compared with standard treatment.application/pdfporLíquen escleroso vulvarTerapia por radiofrequênciaPeleVulvaVulvar lichen sclerosusRadiofrequency therapySkinVulvaExperiência com radiofrequência não ablativa no tratamento do líquen escleroso vulvarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Ginecologia e ObstetríciaPorto Alegre, BR-RS2021mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001140182.pdf.txt001140182.pdf.txtExtracted Texttext/plain83049http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/238993/2/001140182.pdf.txte77416728534d90963813903d32d2f0fMD52ORIGINAL001140182.pdfTexto completoapplication/pdf2498199http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/238993/1/001140182.pdfea5fae6d3b619583e23a5ea941af43a6MD5110183/2389932022-05-24 04:59:57.262oai:www.lume.ufrgs.br:10183/238993Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-05-24T07:59:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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