Limiar de sensibilidade gustativa ao sal em adolescentes : relação com a pressão arterial, estado nutricional e sexo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kirsten, Vanessa Ramos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/66679
Resumo: O objetivo desta tese foi avaliar os limiares de sensibilidade gustativa ao sal (LSGS) em adolescentes e a sua relação com a pressão arterial (PA), o estado nutricional e o sexo. Realizou-se um estudo transversal com adolescentes de uma escola pública do sul do Brasil. A PA foi aferida por meio de um aparelho digital e o estado nutricional por meio de antropometria e bioimpedância elétrica. Para a determinação do LSGS foram usadas 9 soluções de diferentes concentrações de cloreto de sódio, aplicadas por conta-gotas na ponta da língua. As soluções (4, 8, 15, 30, 60, 120, 250, 500 e 1000 mmol/L) foram oferecidas em concentrações crescentes até a identificação correta do gosto. Os sujeitos foram classificados em LSGS normal (LSGS-n: ≤ 30 mmol/L) e aumentado (LSGS-a: > 30 mmol/L). Foram avaliados 421 adolescentes (55,6% do sexo feminino) com média de 15,8±0,91 anos. A mediana (P25-P75) do LSGS foi de 30 (30-60) mmol/L e 36,1% (IC 95%: 31,51 a 40,93) apresentaram LSGS-a. A prevalência de PA elevada foi de 12,6% (IC 95%: 9,6 a 16,1), 25,5% (IC 95%: 21,38 a 29,93) de excesso de peso (sobrepeso e obesidade), 17,4% (IC 95%: 13,88 a 21,35) de adiposidade abdominal e 27,2% (IC 95%: 22,47 a 32,33) de percentual de gordura corporal excessiva. Os grupos de LSGS-n e LSGS-a foram comparados entre os adolescentes com PA elevada e não foi observada diferença estatisticamente significativa entre os grupos (P=0,676). Quando comparadas as médias de Pressão Arterial Sistólica (PAS) e Pressão Arterial Diastólica (PAD) entre os mesmos grupos, após ajuste para sexo, idade, sedentarismo e Índice de Massa Corporal (IMC), apenas a PAD apresentou efeito estatisticamente significativo (P<0,0001) com uma diferença de 2,1 mmHg (IC95%: 0,1 a 4,1) entre os grupos. O efeito do LSGS-a no IMC após ajuste para sexo, idade e sedentarismo não se mostrou significativo (P=0,177). Ao comparar meninos e meninas quanto ao LSGS (mmol/L), observa-se que as meninas possuem maior sensibilidade gustativa ao sal, pois possuem média±DP (54,63±83,48 mmol/L) e mediana (30, P25-P75: 30-60) estatisticamente menores que os meninos (P=0,041 e P=0,033, respectivamente). Quando comparados quanto à proporção de LSGS-a e LSGS-n, os meninos apresentarem maiores valores de LSGS-a (40%) quando comparados às meninas (33%), porém, esta diferença não foi estatisticamente significativa (P=0,152). Concluindo, não foi observada relação entre LSGS-a com PAS e IMC, apenas com a PAD dos adolescentes avaliados. Embora as meninas sejam mais sensíveis aos valores de LSGS, não foi observada diferença estatística quando comparados à proporção de LSGS-a.
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spelling Kirsten, Vanessa RamosWagner, Mario Bernardes2013-02-20T01:38:11Z2012http://hdl.handle.net/10183/66679000868693O objetivo desta tese foi avaliar os limiares de sensibilidade gustativa ao sal (LSGS) em adolescentes e a sua relação com a pressão arterial (PA), o estado nutricional e o sexo. Realizou-se um estudo transversal com adolescentes de uma escola pública do sul do Brasil. A PA foi aferida por meio de um aparelho digital e o estado nutricional por meio de antropometria e bioimpedância elétrica. Para a determinação do LSGS foram usadas 9 soluções de diferentes concentrações de cloreto de sódio, aplicadas por conta-gotas na ponta da língua. As soluções (4, 8, 15, 30, 60, 120, 250, 500 e 1000 mmol/L) foram oferecidas em concentrações crescentes até a identificação correta do gosto. Os sujeitos foram classificados em LSGS normal (LSGS-n: ≤ 30 mmol/L) e aumentado (LSGS-a: > 30 mmol/L). Foram avaliados 421 adolescentes (55,6% do sexo feminino) com média de 15,8±0,91 anos. A mediana (P25-P75) do LSGS foi de 30 (30-60) mmol/L e 36,1% (IC 95%: 31,51 a 40,93) apresentaram LSGS-a. A prevalência de PA elevada foi de 12,6% (IC 95%: 9,6 a 16,1), 25,5% (IC 95%: 21,38 a 29,93) de excesso de peso (sobrepeso e obesidade), 17,4% (IC 95%: 13,88 a 21,35) de adiposidade abdominal e 27,2% (IC 95%: 22,47 a 32,33) de percentual de gordura corporal excessiva. Os grupos de LSGS-n e LSGS-a foram comparados entre os adolescentes com PA elevada e não foi observada diferença estatisticamente significativa entre os grupos (P=0,676). Quando comparadas as médias de Pressão Arterial Sistólica (PAS) e Pressão Arterial Diastólica (PAD) entre os mesmos grupos, após ajuste para sexo, idade, sedentarismo e Índice de Massa Corporal (IMC), apenas a PAD apresentou efeito estatisticamente significativo (P<0,0001) com uma diferença de 2,1 mmHg (IC95%: 0,1 a 4,1) entre os grupos. O efeito do LSGS-a no IMC após ajuste para sexo, idade e sedentarismo não se mostrou significativo (P=0,177). Ao comparar meninos e meninas quanto ao LSGS (mmol/L), observa-se que as meninas possuem maior sensibilidade gustativa ao sal, pois possuem média±DP (54,63±83,48 mmol/L) e mediana (30, P25-P75: 30-60) estatisticamente menores que os meninos (P=0,041 e P=0,033, respectivamente). Quando comparados quanto à proporção de LSGS-a e LSGS-n, os meninos apresentarem maiores valores de LSGS-a (40%) quando comparados às meninas (33%), porém, esta diferença não foi estatisticamente significativa (P=0,152). Concluindo, não foi observada relação entre LSGS-a com PAS e IMC, apenas com a PAD dos adolescentes avaliados. Embora as meninas sejam mais sensíveis aos valores de LSGS, não foi observada diferença estatística quando comparados à proporção de LSGS-a.The aim of this thesis was to evaluate the sensitivity thresholds salt taste (STST) in adolescents and its relation to blood pressure, nutritional status and sex. We conducted a cross-sectional study with adolescents from a public school in southern Brazil. Blood pressure was measured by a digital device and nutritional status by anthropometry and bioelectrical impedance. To determine the STST, were used 9 solutions of different concentrations of sodium chloride, per dropper tip of the tongue. The solutions (4, 8, 15, 30, 60, 120, 250, 500 and 1000 mmol/L) were fed increasing concentrations until the correct identification of taste. Subjects were classified into normal STST (n-STST: ≤ 30 mmol/L) and increased (i-STST: >30 mmol/L). We evaluated 421 adolescents (55.6% female) with a mean of 15.8±0.91 years. The median (P25-P75) of STST was 30 (30-60) mmol/L and 36.1% (95% CI: 31.51 to 40.93) had i-STST. The prevalence of high blood pressure was 12.6% (95% CI: 9.6 to 16.1), 25.5% (95% CI: 21.38 to 29.93) of excess weight (overweight and obesity), 17.4% (95% CI: 13.88 to 21.35) of abdominal adiposity and 27.2% (95% CI: 22.47 to 32.33) of excess body fat percentage. Groups of i-STST and n-STST were compared between adolescents with high blood pressure and there was no statistically significant difference between groups (P=0.676). When comparing the mean systolic blood pressure (SBP) and diastolic blood pressure (DBP) between the same groups, after adjustment for sex, age, physical inactivity and body mass index (BMI), only DBP showed a statistically significant effect (P <0.0001) with a difference of 2.1 mmHg (95% CI: 0.1 to 4.1) between the groups. The effect of i-STST on BMI after adjustment for sex, age and physical inactivity was not significant (P=0.177). When comparing boys and girls regarding STST (mmol/L), it is observed that girls have a higher taste sensitivity to salt, because they have mean±SD (54.63±83.48 mmol/L) and median (30, P25-P75: 30-60) statistically lower than boys (P=0.041 and P=0.033, respectively). When comparing the proportion of n-STST and i-STST, boys have higher rates of i-STST (40%) compared to females (33%), but this difference was not statistically significant (P=0.152). In conclusion, no relationship was observed between i-STST and BMI and SBP, DBP only with adolescents evaluated. 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