Sobre tropeçar, gaguejar, participar : intencionalidades e experimentações numa pesquisa avaliativa em saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chaves, Alice Grasiela Cardoso Rezende
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/101367
Resumo: Experimentar um processo de pesquisa avaliativa e participativa põe em relevo uma série de termos que ganham destaque pelo efeito de estranheza que vão produzindo na equipe de pesquisadores e demais participantes de uma pesquisa: potencial heterogenético; instâncias participativas; reposicionamento dos envolvidos no processo da investigação; construção coletiva do processo da pesquisa. Todos estes termos provocam movimentos que intentam escapar daquilo que nos faz tomar como universal, necessário ou obrigatório no campo das pesquisas de metodologia qualitativa em saúde. Nesse sentido, um projeto de pesquisa multicêntrica sobre o processo de formação de apoiadores em Humanização do SUS, configurou-se como um lócus eminente para acompanhar a produção desses movimentos, no qual a prática da participação, por ser considerada o método de produção do mencionado processo investigativo, deveria ser produzida. Desse modo, o presente trabalho diz respeito a uma pesquisa de mestrado que teve como objetivo acompanhar a experiência de participar de uma investigação avaliativa e participativa em saúde, tratando-se, então, de uma pesquisa sobre uma outra pesquisa. Para tanto, dentre os procedimentos metodológicos utilizados estão os registros em diário de campo, além de grupos focal e de enunciação. Em consonância com o referencial teórico-metodológico lançado mão nesta investigação de mestrado, o uso de tais ferramentas possibilitou movimentos de análises coletivas dos dados produzidos. Tais análises apontaram na direção de que, levando-se em consideração o fato de que pesquisador e pesquisado não são tomados a priori, a experimentação de uma metodologia avaliativa de quarta geração e participativa, trouxe consigo uma série de desafios, incluindo um processo desinstitucionalizante da própria função de pesquisador. E assim, aos tropeços e gaguejos, à medida que foi se constituindo, a dimensão participativa da pesquisa multicêntrica indagou a instituição pesquisa uma vez que a participação operou como um potente dispositivo que fez ver e falar aquilo que se encontrava sobreposto sob as camadas do instituído, possibilitando aberturas para a invenção de modos outros de pesquisar.
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Nesse sentido, um projeto de pesquisa multicêntrica sobre o processo de formação de apoiadores em Humanização do SUS, configurou-se como um lócus eminente para acompanhar a produção desses movimentos, no qual a prática da participação, por ser considerada o método de produção do mencionado processo investigativo, deveria ser produzida. Desse modo, o presente trabalho diz respeito a uma pesquisa de mestrado que teve como objetivo acompanhar a experiência de participar de uma investigação avaliativa e participativa em saúde, tratando-se, então, de uma pesquisa sobre uma outra pesquisa. Para tanto, dentre os procedimentos metodológicos utilizados estão os registros em diário de campo, além de grupos focal e de enunciação. Em consonância com o referencial teórico-metodológico lançado mão nesta investigação de mestrado, o uso de tais ferramentas possibilitou movimentos de análises coletivas dos dados produzidos. Tais análises apontaram na direção de que, levando-se em consideração o fato de que pesquisador e pesquisado não são tomados a priori, a experimentação de uma metodologia avaliativa de quarta geração e participativa, trouxe consigo uma série de desafios, incluindo um processo desinstitucionalizante da própria função de pesquisador. E assim, aos tropeços e gaguejos, à medida que foi se constituindo, a dimensão participativa da pesquisa multicêntrica indagou a instituição pesquisa uma vez que a participação operou como um potente dispositivo que fez ver e falar aquilo que se encontrava sobreposto sob as camadas do instituído, possibilitando aberturas para a invenção de modos outros de pesquisar.Try a process of evaluation and participatory research highlights a number of terms that are highlighted by the effect of strangeness going on producing team of researchers and other participants in a survey: heterogenetic potential; participatory bodies; repositioning involved in the process of research; collective construction of the research process . All these terms cause movements that attempt to escape from what makes us take as universal , necessary or required in the field of qualitative research methodology in health. In this sense, a multicenter research project on the process of formation of supporters in Humanization of SUS was configured as an eminent locus to monitor the production of these movements , in which the practice of participation, it is considered the method of production of the mentioned investigative process , should be produced. Thus, the present work concerns a Master thesis aimed to monitor the experience of attending an evaluative and participatory health research, treating yourself, then a search on another search. To do so, from the methodological procedures used are the records in a field diary, as well as focal groups and enunciation. In line with the theoretical and methodological framework launched hand in this research masters, the use of such tools possible movements of collective analysis of the data produced. Such analyzes pointed toward that , taking into account the fact that researcher and a priori are not taken, the trial of an evaluative methodology and participatory fourth generation , brought with it a number of challenges , including a process of desinstitucionalizante own search function. And so, stumbling and stammering, as it was constituted, the participatory dimension of multicenter survey asked the institution research once participation has operated as a potent device that did see and speak what was in superimposed layers under the established, allowing openings for the invention of other modes of search.application/pdfporPesquisa participanteAvaliaçãoResearchEvaluationParticipationSobre tropeçar, gaguejar, participar : intencionalidades e experimentações numa pesquisa avaliativa em saúdeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Social e InstitucionalPorto Alegre, BR-RS2014mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000930083.pdf000930083.pdfTexto completoapplication/pdf1045930http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101367/1/000930083.pdfba56e5a38f086bccca1673012b2cc9d8MD51TEXT000930083.pdf.txt000930083.pdf.txtExtracted Texttext/plain255063http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101367/2/000930083.pdf.txtd21b320917a1e891f2cda720e4117062MD52THUMBNAIL000930083.pdf.jpg000930083.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1105http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101367/3/000930083.pdf.jpg2861b1fdc36e9cb13f6bc838ebdb4bd1MD5310183/1013672018-10-22 09:19:12.827oai:www.lume.ufrgs.br:10183/101367Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-22T12:19:12Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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