O papel do agrupamento semântico na relação entre memória verbal e funcionalidade na esquizofrenia e transtorno bipolar : uma possível via cognitiva distinta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Mathias Hasse de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/237454
Resumo: Contexto: A memória verbal está comumente prejudicada em esquizofrenia (SZ) e transtorno bipolar (TB), além de associada com funcionalidade. No entanto, há uma escassez de pesquisas analisando o papel de componentes da memória verbal nesses transtornos. O agrupamento semântico, particularmente, é um componente de possível relevância para tal associação, uma vez que é um processo cognitivo complexo dependente de atividade pré-frontal. Objetivos: Investigar componentes da memória verbal na SZ e TB e o papel do agrupamento semântico no relacionamento entre memória verbal e funcionalidade. Método: 495 participantes foram incluídos – 154 SZ, 172 TB, e 167 controles saudáveis (CS) – e passaram por uma avaliação clínica e neuropsicológica. A Hopkins Verbal Learning Test – Revised foi usada para avaliar memória verbal e a Functioning Assessment Short Test para funcionalidade. Conduzimos uma ANOVA para comparações clínicas e sociodemográficas, e uma ANCOVA para comparações em memória verbal, controlando para idade, sexo, e anos de estudo. Para investigar o papel do agrupamento semântico entre desempenho em memória verbal e funcionalidade, conduzimos análises de regressão linear. Resultados: SZ apresentou pior desempenho geral em memória verbal que TB, que por sua vez foi pior que CS. CS usaram mais agrupamento semântico que SZ e TB, porém não houve diferenças entre os dois grupos. Nos CS, o agrupamento semântico impactou o relacionamento entre desempenho em memória verbal e funcionalidade. No entanto, tal interação não ocorreu em SZ e TB. Conclusões: Nossos resultados indicam que SZ e BD podem utilizar uma via cognitiva alternativa na qual o relacionamento entre memória verbal e funcionalidade é independente de processos cognitivos complexos como agrupamento semântico.
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