Cuidado farmacêutico em unidade de terapia intesiva de hospital de alta complexidade : estudo de intervenções realizadas e proposta de ferramenta para priorização de atendimento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/164458 |
Resumo: | Objetivos: Um dos objetivos deste estudo é avaliar as intervenções farmacêuticas realizadas durante o primeiro ano de atuação de farmacêutico junto a equipe multidisciplinar de uma unidade de terapia intensiva (UTI) de hospital de pronto-socorro, público, localizado em Porto Alegre, RS. O estudo se propôs, ainda, a estabelecer uma metodologia para a priorização do cuidado farmacêutico aos pacientes críticos desse hospital. Métodos: Foi realizado um estudo transversal retrospectivo para avaliar as intervenções farmacêuticas no período de maio de 2013 a abril de 2014, a partir de um banco de dados do Serviço de Farmácia. Para estabelecer uma ordem de prioridade para o acompanhamento farmacoterapêutico foi avaliada, prospectivamente, a complexidade da farmacoterapia dos pacientes, através de uma ferramenta chamada Índice de Complexidade da Farmacoterapia adaptado para paciente crítico (ICFT PC), verificando seu grau de associação com o Escore Fisiológico Agudo Simplificado (SAPS3), utilizado como índice prognóstico pela equipe médica. Resultados: No período avaliado retrospectivamente, 426 pacientes internaram na UTI, sendo que 70,6% deles (301) tiveram pelo menos uma intervenção do farmacêutico na sua terapia medicamentosa. Das 602 intervenções realizadas, 53,5% foram relativas à situações qualificadas como erro de medicação. 77,7% do total de intervenções realizadas foram aceitas, sendo o percentual de aceitação superior para as intervenções realizadas devido à erros de medicação (83,2%). Com relação à complexidade da farmacoterapia, 160 pacientes foram avaliados, dos quais 57% eram homens. O ICFT PC dos pacientes variou de 77 a 499, sendo a mediana igual a 164,5. A correlação entre o SAPS3 e o ICFT PC foi de 0,204. Conclusões: O acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes críticos permite não apenas a detecção e correção de potenciais erros de medicação, como também a otimização dos resultados terapêuticos e o uso racional de medicamentos. A utilização de uma metodologia para organização deste cuidado farmacêutico e priorização do atendimento à pacientes com maior risco associado à complexidade da farmacoterapia é uma maneira de proporcionar uma assistência mais efetiva, segura e de qualidade aos pacientes do Sistema Único de Saúde. |
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Valente, Raquel SoldatelliCastro, Mauro Silveira de2017-07-27T02:33:10Z2016http://hdl.handle.net/10183/164458001025823Objetivos: Um dos objetivos deste estudo é avaliar as intervenções farmacêuticas realizadas durante o primeiro ano de atuação de farmacêutico junto a equipe multidisciplinar de uma unidade de terapia intensiva (UTI) de hospital de pronto-socorro, público, localizado em Porto Alegre, RS. O estudo se propôs, ainda, a estabelecer uma metodologia para a priorização do cuidado farmacêutico aos pacientes críticos desse hospital. Métodos: Foi realizado um estudo transversal retrospectivo para avaliar as intervenções farmacêuticas no período de maio de 2013 a abril de 2014, a partir de um banco de dados do Serviço de Farmácia. Para estabelecer uma ordem de prioridade para o acompanhamento farmacoterapêutico foi avaliada, prospectivamente, a complexidade da farmacoterapia dos pacientes, através de uma ferramenta chamada Índice de Complexidade da Farmacoterapia adaptado para paciente crítico (ICFT PC), verificando seu grau de associação com o Escore Fisiológico Agudo Simplificado (SAPS3), utilizado como índice prognóstico pela equipe médica. Resultados: No período avaliado retrospectivamente, 426 pacientes internaram na UTI, sendo que 70,6% deles (301) tiveram pelo menos uma intervenção do farmacêutico na sua terapia medicamentosa. Das 602 intervenções realizadas, 53,5% foram relativas à situações qualificadas como erro de medicação. 77,7% do total de intervenções realizadas foram aceitas, sendo o percentual de aceitação superior para as intervenções realizadas devido à erros de medicação (83,2%). Com relação à complexidade da farmacoterapia, 160 pacientes foram avaliados, dos quais 57% eram homens. O ICFT PC dos pacientes variou de 77 a 499, sendo a mediana igual a 164,5. A correlação entre o SAPS3 e o ICFT PC foi de 0,204. Conclusões: O acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes críticos permite não apenas a detecção e correção de potenciais erros de medicação, como também a otimização dos resultados terapêuticos e o uso racional de medicamentos. A utilização de uma metodologia para organização deste cuidado farmacêutico e priorização do atendimento à pacientes com maior risco associado à complexidade da farmacoterapia é uma maneira de proporcionar uma assistência mais efetiva, segura e de qualidade aos pacientes do Sistema Único de Saúde.Objectives: One of the goals of this study is evaluating pharmaceutical interventions done during the first year of pharmaceutical action together with a multidisciplinary team on an intensive care unit (ICU) inside of a public emergency hospital, located in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. This study is also proposing to establish a methodology to prioritize the pharmaceutical care for critical patients in that hospital. Methods: It was done a retrospective transversal study to evaluate pharmaceutical interventions from May, 2013 to April, 2014, based on a database offered by the Pharmacy Service. To establish a priority order for the pharmacist monitoring, the complexity of patient’s pharmacotherapy was valued, prospectively, through a tool called Pharmacotherapy Complexity Index, which was adapted for critical patients (Medication Regimen Complexity Index for critical patient – MRCI CP). Thus it was possible to verify its level of association with Simplified Acute Physiologic Score (SAPS3) that is used as prognostic index by medical team. Results: On the period evaluated, 426 patients were hospitalized at ICU, 70.6% of them (301) needed at least one pharmaceutical intervention on their drug therapy. Out of the 602 completed interventions, 53.5% were related to situations of medication error. 77.7% of the interventions were accepted; the acceptance percentage was higher for interventions that were done due to medication errors (83.2%). In relation to complexity of pharmacotherapy, 160 patients were evaluated and 57% of them were men. The patients MRCI CP had a range of 77 to 499, being the median 164.5. The correlation between SAPS3 and MRCI CP was 0.204. Conclusions: The pharmacist monitoring of critical patients allows detection and correction of potential medication errors, besides optimization of therapeutic results and rational use of medicines. The use of a methodology to organize this pharmaceutical care and to prioritize the treatment of patients with increased risk associated to complexity of pharmacotherapy is a way of supply an effective, secure and qualified assistance for patients of Unique Health System.application/pdfporFarmácia clínicaErros de medicaçãoTerapia intensivaClinical pharmacyIntensive careMedication errorsComplexity of pharmacotherapyCuidado farmacêutico em unidade de terapia intesiva de hospital de alta complexidade : estudo de intervenções realizadas e proposta de ferramenta para priorização de atendimentoPharmaceutical care on intensive care unit at a major hospital : study of interventions and proposition of tools for attendance prioritisinginfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPrograma de Pós-Graduação em Assistência FarmacêuticaPorto Alegre, BR-RS2016mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001025823.pdf.txt001025823.pdf.txtExtracted Texttext/plain143125http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164458/2/001025823.pdf.txt4ad1f9e8cd418ba7cb31b27ee266e16eMD52ORIGINAL001025823.pdf001025823.pdfTexto completoapplication/pdf1487468http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/164458/1/001025823.pdfff08c6b59faf31a02ceb50f499c627ccMD5110183/1644582024-09-06 06:39:15.495674oai:www.lume.ufrgs.br:10183/164458Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-09-06T09:39:15Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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