Evolução metamórfica dos metapelitos da antiforme Serra dos Pedrosas : condições e idades do metamorfismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lenz, Cristine
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/8520
Resumo: Na região central do Escudo Sul Rio-grandense aflora uma seqüência de rochas supracrustais -metassedimentares e metavulcânicas -de idade Neoproterozóica (Complexo Metamórfico Porongos- CMP) intercaladas com gnaisses e granitóides milonitizados de idade Paleoproterozóica (Gnaisses Encantadas e Granitóides Milonitizados de Santana da Boa Vista). Neste trabalho foram estudados os xistos pelíticos do extremo leste do CMP, nas proximidades do contato com as rochas da Suíte Intrusiva Encruzilhada do Sul (SIES). Nessa região aflora a Antiforme Serra dos Pedrosas, uma dobra tardia de escala quilométrica que controla a distribuição das unidades do CMP denominadas Cerro Cambará, Rincão do Maranhão e Cerro do Facão. A deformação principal dessas rochas, marcado pelas foliações S1 e S2 foi originada em zonas de cisalhamento tangenciais de idade Neoproterozóicas. Durante esse evento é atingido o pico metamórfico na região (M1) marcado pela assembléia mineral em equiíbrio Ms-Bt-Chl-Grt-St-Pl-Qz, estável em condições de pressão intermediária (6 kbar) e temperatura em torno de 590°C. As condições de PT da assembléia M1 foram estimadas com base nas grades petrogenéticas do sistema MnNCKFMASH (Tinkham et al., 2001) e foram confirmadas por dados de geotermobarometria, obtidos através do programa Thermocalc. Uma estreita faixa de rochas no extremo leste da unidade Cerro do Facão registra evidências de um metamorfismo de contato (M2), relacionado á intrusãos dos magmas graníticos da SIES. Esse evento está registrado na cristalização da assembléia mineral Ms-Bt-Chl-And-Grt-Qz e ocorre dominantemente em veios que cortam a foliação S2. A assembléia M2 é estável em baixas pressões (em torno de 2.7 kbar) e temperaturas variando de 550-560 °C, condições de PT essas também estimadas através das grades petrogenética sistema MnNCKFMASH (Tinkham et al., 2001) e confirmadas pelos cálculos de geotermobarometria. O evento metamórfico M3 está registrado apenas nas rochas da unidade Cerro do Facão. Esse está provavelmente relacionado ao processo de soerguimento da região, sendo registrado por pseudomorfos de clorita e muscovita á partir da estaurolita e andalusita e de clorita á partir da granada. As idades de 658 ± 26 Ma do evento metamórfico M1 foram obtida pelo método Rb-Sr, através da construção de isócronas minerais internas de muscovita e rocha total. As idades TDM dos metassedimentos revelaram uma fonte Paleoproterozóica e os dados de End revelaram uma grande contribuição crustal nas rochas da área fonte dos metassedimentos. As idades TDM obtidas para as rochas metassedimentares do CMP variaram entre 1.6 e 2.0 Ga, o que representa que a área fonte dessas rochas foi originada de uma fonte Paleoproterozóica. Os valores de ENd variaram entre - 13,4 to -16,7 e revelando uma grande contribuição crustal para as rochas da área fonte desses metassedimentos.
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A deformação principal dessas rochas, marcado pelas foliações S1 e S2 foi originada em zonas de cisalhamento tangenciais de idade Neoproterozóicas. Durante esse evento é atingido o pico metamórfico na região (M1) marcado pela assembléia mineral em equiíbrio Ms-Bt-Chl-Grt-St-Pl-Qz, estável em condições de pressão intermediária (6 kbar) e temperatura em torno de 590°C. As condições de PT da assembléia M1 foram estimadas com base nas grades petrogenéticas do sistema MnNCKFMASH (Tinkham et al., 2001) e foram confirmadas por dados de geotermobarometria, obtidos através do programa Thermocalc. Uma estreita faixa de rochas no extremo leste da unidade Cerro do Facão registra evidências de um metamorfismo de contato (M2), relacionado á intrusãos dos magmas graníticos da SIES. Esse evento está registrado na cristalização da assembléia mineral Ms-Bt-Chl-And-Grt-Qz e ocorre dominantemente em veios que cortam a foliação S2. A assembléia M2 é estável em baixas pressões (em torno de 2.7 kbar) e temperaturas variando de 550-560 °C, condições de PT essas também estimadas através das grades petrogenética sistema MnNCKFMASH (Tinkham et al., 2001) e confirmadas pelos cálculos de geotermobarometria. O evento metamórfico M3 está registrado apenas nas rochas da unidade Cerro do Facão. Esse está provavelmente relacionado ao processo de soerguimento da região, sendo registrado por pseudomorfos de clorita e muscovita á partir da estaurolita e andalusita e de clorita á partir da granada. As idades de 658 ± 26 Ma do evento metamórfico M1 foram obtida pelo método Rb-Sr, através da construção de isócronas minerais internas de muscovita e rocha total. As idades TDM dos metassedimentos revelaram uma fonte Paleoproterozóica e os dados de End revelaram uma grande contribuição crustal nas rochas da área fonte dos metassedimentos. As idades TDM obtidas para as rochas metassedimentares do CMP variaram entre 1.6 e 2.0 Ga, o que representa que a área fonte dessas rochas foi originada de uma fonte Paleoproterozóica. Os valores de ENd variaram entre - 13,4 to -16,7 e revelando uma grande contribuição crustal para as rochas da área fonte desses metassedimentos.In the central part of the Sul-Rio-Grandense Shield crops out a sequence of supracrustal rocks of Neoproterozoic ages (Porongos Metamorphic Complex-PMC) tectonic interleaved with its Palaeoproterozoic basement composed by gnaisses and mylonitic granitoids belonging to Encantadas Complex and Santana da Boa Vista Milonitic Granitoids, respectively. The focus of this study are the metapelitic schists that occur in the eastern part of the area of outcrop of the PCM, adjacent to granitic rocks of the Encruzilhada do Sul Intrusive Suite (ESIS). Exposures of the Cerro Cambará. Rincão do Maranhão and Cerro do Facão schists of the PMC in this area are controled by the Serra dos Pedrosas Antiform, a km-scale late-tectonic fold. The main deformation (D1) that affected these rocks gave rise to flat-lying shear zones at the regional scale and is marked by the S1-S2 foliation in the samples studied. During this tectonic episode peak metamorphic conditions (M1) were achieved and is market by de mineral assemblage Ms-Bt-Chl-Grt-St-Pl-Qz, stable under intermediare conditions (6 kbar) amd temperatures around 590°C. These P-T conditions were estimated through equilibrium conditions of these mineral phases in petrogenetic grid of the MnNCKFMASH system and were confirmed by thermobarometric calculations using the program Thermocalc. A narrow strip of rocks that crops out in the East of the Cerro do Facão unit shows evidence of contact metamorphism (M2) related to intrusion of granitic magmas of the SIES. This event is registered by crystallization of the assemblage Ms-Bt-Chl-And-Grt-Qz and occcurs predominantely in veins that cut across the S2 foliation. This assemblage is stable under conditions os low pressure (2.7 kbar) and temperature around 550°C. These P-T conditions were also estimated by equilibrium of mineral phases in petrogenetic grids and confirmed by thermobarometric calculations. The M3 metamorphic event is registered only in rocks of the Cerro do Facão unit. It is probably related to uplift of rocks of this region being marked by pseudomorphs of chlorite and muscovite on staurolite and andalusite and chlorite on garnet. Ages of 658+26 Ma were obtained for the M1 metamorphic event using the Rb-Sr method with mineral isochrons of muscovite and whole-rock. TDM ages of 1.6 to 2.0 Ga and ENd values between -13,4 and -16,7 indicate that crustal rocks of Palaeoproterozoic ages are the main source for these metasedimentsapplication/pdfporPetrologia metamórficaGeologia isotópicaComplexo metamófico porongosEvolução metamórfica dos metapelitos da antiforme Serra dos Pedrosas : condições e idades do metamorfismoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2006mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000578368.pdf000578368.pdfTexto completoapplication/pdf4671439http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8520/1/000578368.pdf93d53aec71fc5eda04f064a1f98960a0MD51TEXT000578368.pdf.txt000578368.pdf.txtExtracted Texttext/plain207964http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8520/2/000578368.pdf.txtbb4dee03a12ae8e9de48b859a7c8e1b5MD52THUMBNAIL000578368.pdf.jpg000578368.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1319http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/8520/3/000578368.pdf.jpg1877cba16b94672b0c2374f2227f1aafMD5310183/85202018-10-15 09:21:42.885oai:www.lume.ufrgs.br:10183/8520Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-15T12:21:42Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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