Potencial biológico e nanotecnológico do óleo volátil de espécies de Stenachaenium Benth. nativas do Rio Grande do Sul
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/198708 |
Resumo: | Inúmeras pesquisas têm evidenciado importantes atividades biológicas provenientes de óleos voláteis e seus constituintes. Entretanto, estes compostos apresentam-se como misturas complexas, caracterizadas por sua volatilidade e instabilidade. Por esta razão, é crescente a investigação de sistemas nanoparticulados atuando como carreadores destes compostos, com a finalidade de estabilizar a volatilidade do óleo. Partindo desse pressuposto, a presente proposta objetivou avaliar quimica e biologicamente o óleo volátil de espécies do gênero Stenachaenium Benth. nativas do Rio Grande do Sul, cuja família botânica, Asteraceae, é conhecida pela produção dessa classe de metabólitos e escassos são os estudos na literatura especializada com relação à fitoquímica ou atividades biológicas relacionadas às espécies deste gênero. Assim, obteve-se, pelo método de hidrodestilação, o óleo volátil de folhas e flores de S. adenanthum, S. macrocephalum, S. megapotamicum e S. riedelli. A análise química, realizada por CG/MS, identificou 64 compostos nas diferentes amostras de óleo volátil, demonstrando grande variabilidade entre as espécies, onde S. adenanthum e S. megapotamicum exibiram importante presença de sesquiterpenos, enquanto que para as demais houve predominância de compostos alifáticos. O óleo de S. megapotamicum propiciou o desenvolvimento de nanoemulsões, pela técnica de emulsificação espontânea, que foram avaliadas em ensaios biológicos em comparação ao óleo livre. Com relação à atividade antifúngica, determinada pela técnica de microdiluição em caldo, as amostras de S. megapotamicum e S. riedelli demonstraram atividade contra dermatófitos. Todas as amostras, exceto a espécie S. adenanthum, exibiram inibição significativa da migração leucocitária em relação ao controle, avaliada no ensaio de antiquimiotaxia. Apenas os óleos voláteis das espécies S. megapotamicum e S. riedelli apresentaram atividade antioxidante pelo ensaio de TBARS. O sistema nanoemulsionado potencializou significativamente o efeito antifúngico do óleo. Assim, os óleos voláteis, principalmente de S. megapotamicum e S. riedelli, podem ser considerados promissores para o tratamento de infecções por dermatófitos, com o benefício do efeito antiquimiotáxico e antioxidante. |
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Danielli, Letícia JacobiApel, Miriam Anders2019-08-31T02:34:28Z2013http://hdl.handle.net/10183/198708000883407Inúmeras pesquisas têm evidenciado importantes atividades biológicas provenientes de óleos voláteis e seus constituintes. Entretanto, estes compostos apresentam-se como misturas complexas, caracterizadas por sua volatilidade e instabilidade. Por esta razão, é crescente a investigação de sistemas nanoparticulados atuando como carreadores destes compostos, com a finalidade de estabilizar a volatilidade do óleo. Partindo desse pressuposto, a presente proposta objetivou avaliar quimica e biologicamente o óleo volátil de espécies do gênero Stenachaenium Benth. nativas do Rio Grande do Sul, cuja família botânica, Asteraceae, é conhecida pela produção dessa classe de metabólitos e escassos são os estudos na literatura especializada com relação à fitoquímica ou atividades biológicas relacionadas às espécies deste gênero. Assim, obteve-se, pelo método de hidrodestilação, o óleo volátil de folhas e flores de S. adenanthum, S. macrocephalum, S. megapotamicum e S. riedelli. A análise química, realizada por CG/MS, identificou 64 compostos nas diferentes amostras de óleo volátil, demonstrando grande variabilidade entre as espécies, onde S. adenanthum e S. megapotamicum exibiram importante presença de sesquiterpenos, enquanto que para as demais houve predominância de compostos alifáticos. O óleo de S. megapotamicum propiciou o desenvolvimento de nanoemulsões, pela técnica de emulsificação espontânea, que foram avaliadas em ensaios biológicos em comparação ao óleo livre. Com relação à atividade antifúngica, determinada pela técnica de microdiluição em caldo, as amostras de S. megapotamicum e S. riedelli demonstraram atividade contra dermatófitos. Todas as amostras, exceto a espécie S. adenanthum, exibiram inibição significativa da migração leucocitária em relação ao controle, avaliada no ensaio de antiquimiotaxia. Apenas os óleos voláteis das espécies S. megapotamicum e S. riedelli apresentaram atividade antioxidante pelo ensaio de TBARS. O sistema nanoemulsionado potencializou significativamente o efeito antifúngico do óleo. Assim, os óleos voláteis, principalmente de S. megapotamicum e S. riedelli, podem ser considerados promissores para o tratamento de infecções por dermatófitos, com o benefício do efeito antiquimiotáxico e antioxidante.Several studies have demonstrated the biological activities of volatile oils and their constituents. However, this group of compounds is a complex mixture, characterized by its instability and volatility. For this reason, researches with nanoparticulate systems have been developed, aiming to obtain carriers for these compounds, in order to stabilize the oil volatility. Taking this into account, this study aims to evaluate chemically and biologically the volatile oil of species of Stenachaenium Benth. genus native from Rio Grande do Sul, which botanical family, Asteraceae, is known for the production of this class of metabolites. In fact, there are just a few reports in the literature regarding to the chemical or biological activities related to the species of this genus. The volatile oil was obtained from leaves and flowers of S. adenanthum, S. macrocephalum, S. megapotamicum and S. riedelli, by hydrodistillation. By chemical analysis using GC/MS, 64 compounds were identified in the different samples, demonstrating the great variability among the species. S. adenanthum and S. megapotamicum exhibited significant presence of sesquiterpenes, while aliphatic compounds were predominant in the other species. The nanoemulsion was developed with the volatile oil of S. megapotamicum by spontaneous emulsification technique and was subjected to biological assays in comparison with free oil. Regarding to the antifungal activity, assessed by broth microdilution, the samples of S. megapotamicum and S. riedelli demonstrated effect against dermatophytes. Except for S. adenanthum, all the species exhibited significant inhibition of leukocyte migration compared to control, when evaluated by antichemotactic assay, through of the Boyden chamber. Only the volatile oil of S. megapotamicum and S. riedelli showed antioxidant activity by TBARS assay. The nanoemulsion significantly improved the effect of free oil in the assay of antifungal activity. Thus, the volatile oil, particularly of S. megapotamicum and S. riedelli may be considered promising for the treatment of dermatophytes infections, with the benefit of antichemotactic and antioxidant effect.application/pdfporStenachaeniumÓleos voláteisAsteraceaeNanoemulsõesNanotecnologiaStenachaeniumVolatile oilNanoemulsionAntioxidant activityAntichemotactic activityAntifungal activityPotencial biológico e nanotecnológico do óleo volátil de espécies de Stenachaenium Benth. nativas do Rio Grande do SulBiological and nanotechnological potential of volatile oil of Stenachaenium Benth. species native from Rio Grande do Sul info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPrograma de Pós-Graduação em Ciências FarmacêuticasPorto Alegre, BR-RS2013mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000883407.pdf.txt000883407.pdf.txtExtracted Texttext/plain207716http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198708/2/000883407.pdf.txt5ab4187ebc11333119c97a2348598b5aMD52ORIGINAL000883407.pdfTexto completoapplication/pdf1491352http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198708/1/000883407.pdf20093f1825b37a2aa16f6dfddcd3604dMD5110183/1987082020-02-20 04:15:52.603101oai:www.lume.ufrgs.br:10183/198708Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532020-02-20T07:15:52Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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