Revisão sistemática como ferramenta para avaliação do desenvolvimento de necrose pulpar em dentes traumatizados após movimentações ortodônticas e do efeito da música na ansiedade de pacientes durante o tratamento endodôntico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/252797 |
Resumo: | Movimentações ortodônticas se caracterizam por forças aplicadas sobre os dentes, a fim de se realizar mudanças de posição. Diversos estudos foram realizados buscando entender a relação entre movimentações ortodônticas e a indução de necrose pulpar em dentes saudáveis, porém sem levar em conta casos de dentes com histórico de trauma. Verificar os níveis de evidência para determinar se movimentações ortodônticas podem levar à necrose pulpar dentes com histórico de trauma. Busca sistematizada de artigos publicados até julho de 2022, utilizando termos MeSH e termos comuns ao assunto nas plataformas PubMed, Cochrane Library, Scopus, SciELO, Web of Science, EMBASE e Grey Literature Report. Os critérios de eleição foram baseados na estratégia PICOS. Foram incluídos somente estudos longitudinais que avaliaram a saúde pulpar de dentes traumatizados, submetidos à movimentação ortodôntica. Os principais achados dos estudos foram coletados. A ferramenta The Risk Of Bias In Non-randomized Studies of Interventions (ROBINS-I) foi a utilizada para avaliar o risco de viés dos estudos. A qualidade da evidência foi avaliada pela ferramenta Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation (GRADE). A busca inicial resultou em 1968 estudos, sendo que 197 foram excluídos por serem duplicatas. Após a análise de títulos e resumos, 9 estudos atenderam os requisitos e foram selecionados para a leitura completa do texto; 3 estudos foram excluídos após a leitura completa por não atingirem os critérios para inclusão. Com isso, 6 estudos foram incluídos na revisão sistemática. Dois estudos foram classificados como tendo alto risco de viés e quatro como tendo moderado risco. A qualidade da evidência foi considerada moderada. 5 dos 6 estudos indicam haver uma relação entre a movimentação ortodôntica em dentes com histórico de trauma com dano periodontal e maior ocorrência de necrose pulpar. Essa revisão sistemática indica que dentes traumatizados, submetidos a movimentações ortodônticas, podem ter maior propensão a desenvolver necrose pulpar, com moderado nível de evidência dos estudos. O tratamento endodôntico é um dos procedimentos mais temidos dentre os procedimentos odontológicos. Diversas alternativas para controle da ansiedade dos pacientes vem sendo estudadas, em diferentes contextos de atendimento, inclusive a musicoterapia que se apresenta como uma opção de simples aplicação, não sendo invasiva. Essa revisão sistemática busca responder a seguinte questão: “A musicoterapia pode reduzir a ansiedade dos pacientes durante o tratamento endodôntico?”Uma busca sistematizada foi realizada em seis plataformas digitais (PubMed, Cochrane Library, Scopus, Web of Science, EMBASE, e Open Gray) por artigos publicados até abril de 2022. Os critérios de eleição, baseados na estratégia PICOS, foram: (P) pacientes submetidos a tratamento endodôntico, (I) exposição a música, (C) sem exposição a música, (O) ansiedade do paciente, (S) ensaios clínicos randomizados. O risco de viés foi analisado através da ferramenta Cochrane Risk of Bias tool for randomized controlled trials (RoB 2). A qualidade e evidência dos estudos incluídos foi verificada utilizando a ferramenta Grading of Assessment, Development, and Assessment Recommendations (GRADE). Cinco artigos foram selecionados, com risco de viés estimado entre moderado e alto. A análise descritiva mostrou um efeito a favor do uso da música, com diferenças nos níveis de ansiedade, frequência cardíaca e pressão arterial. É lícito concluir que com baixa força de evidência a música reduz níveis de ansiedade em pacientes durante o tratamento endodôntico. |
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Duarte, Pedro Henrique MarksSó, Marcus Vinicius Reis2022-12-16T04:50:02Z2018http://hdl.handle.net/10183/252797001154232Movimentações ortodônticas se caracterizam por forças aplicadas sobre os dentes, a fim de se realizar mudanças de posição. Diversos estudos foram realizados buscando entender a relação entre movimentações ortodônticas e a indução de necrose pulpar em dentes saudáveis, porém sem levar em conta casos de dentes com histórico de trauma. Verificar os níveis de evidência para determinar se movimentações ortodônticas podem levar à necrose pulpar dentes com histórico de trauma. Busca sistematizada de artigos publicados até julho de 2022, utilizando termos MeSH e termos comuns ao assunto nas plataformas PubMed, Cochrane Library, Scopus, SciELO, Web of Science, EMBASE e Grey Literature Report. Os critérios de eleição foram baseados na estratégia PICOS. Foram incluídos somente estudos longitudinais que avaliaram a saúde pulpar de dentes traumatizados, submetidos à movimentação ortodôntica. Os principais achados dos estudos foram coletados. A ferramenta The Risk Of Bias In Non-randomized Studies of Interventions (ROBINS-I) foi a utilizada para avaliar o risco de viés dos estudos. A qualidade da evidência foi avaliada pela ferramenta Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation (GRADE). A busca inicial resultou em 1968 estudos, sendo que 197 foram excluídos por serem duplicatas. Após a análise de títulos e resumos, 9 estudos atenderam os requisitos e foram selecionados para a leitura completa do texto; 3 estudos foram excluídos após a leitura completa por não atingirem os critérios para inclusão. Com isso, 6 estudos foram incluídos na revisão sistemática. Dois estudos foram classificados como tendo alto risco de viés e quatro como tendo moderado risco. A qualidade da evidência foi considerada moderada. 5 dos 6 estudos indicam haver uma relação entre a movimentação ortodôntica em dentes com histórico de trauma com dano periodontal e maior ocorrência de necrose pulpar. Essa revisão sistemática indica que dentes traumatizados, submetidos a movimentações ortodônticas, podem ter maior propensão a desenvolver necrose pulpar, com moderado nível de evidência dos estudos. O tratamento endodôntico é um dos procedimentos mais temidos dentre os procedimentos odontológicos. Diversas alternativas para controle da ansiedade dos pacientes vem sendo estudadas, em diferentes contextos de atendimento, inclusive a musicoterapia que se apresenta como uma opção de simples aplicação, não sendo invasiva. Essa revisão sistemática busca responder a seguinte questão: “A musicoterapia pode reduzir a ansiedade dos pacientes durante o tratamento endodôntico?”Uma busca sistematizada foi realizada em seis plataformas digitais (PubMed, Cochrane Library, Scopus, Web of Science, EMBASE, e Open Gray) por artigos publicados até abril de 2022. Os critérios de eleição, baseados na estratégia PICOS, foram: (P) pacientes submetidos a tratamento endodôntico, (I) exposição a música, (C) sem exposição a música, (O) ansiedade do paciente, (S) ensaios clínicos randomizados. O risco de viés foi analisado através da ferramenta Cochrane Risk of Bias tool for randomized controlled trials (RoB 2). A qualidade e evidência dos estudos incluídos foi verificada utilizando a ferramenta Grading of Assessment, Development, and Assessment Recommendations (GRADE). Cinco artigos foram selecionados, com risco de viés estimado entre moderado e alto. A análise descritiva mostrou um efeito a favor do uso da música, com diferenças nos níveis de ansiedade, frequência cardíaca e pressão arterial. É lícito concluir que com baixa força de evidência a música reduz níveis de ansiedade em pacientes durante o tratamento endodôntico.Orthodontic movements are characterized as forces applied on teeth, in order change their positions. Many studies have been made seeking to understand the relationship between orthodontic movements and the occurrence of pulp necrosis in healthy teeth, but without considering teeth with trauma history. Check the evidence levels available to determine if orthodontic movements can lead to pulp necrosis in teeth with trauma history.A systematic search of articles published until June/2022 was performed using MeSH and free in PubMed, Cochrane Library, Scopus, SciELO, Web of Science, EMBASE e Grey Literature Report databases. Election criteria were based on PICOS strategy. Only longitudinal studies that evaluated pulpar health of traumatized teeth after orthodontic treatment were included. Main findings were collected and summarized. The Risk Of Bias In Non-randomized Studies of Interventions (ROBINS-I) was used to assess the quality of the studies. Strength of evidence was evaluated through the Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation (GRADE) tool. Initial screening of databases resulted in 1968 studies, of which 197 were excluded for being duplicates. After title and abstracts analysis, 9 studies met the criteria and were selected for full-text reading; 3 articles were excluded after full-text reading. 6 longitudinal articles ended up being included in this systematic review. Two studies were classified as having high risk of bias and four studies as having moderate risk, according to ROBINS-I tool, and quality of evidence was classified as moderate. 5 out of 6 studies suggest there is a relation between orthodontic movement in teeth with history of periodontal damaging trauma and a higher occurrence of dental pulp necrosis.This systematic review suggests traumatized teeth, when subject of orthodontic treatment, may have larger risk of developing pulp necrosis, although the strength of evidence was moderate. Endodontic treatment is one of the most fearful procedures among dental procedures. Several options for reducing patient’s anxiety have been studied in different procedures, including music therapy, which presents as a simple non-invasive option.This systematic review aims to answer the following question: “Can music therapy reduce patient’s anxiety during endodontic treatment?”. A search was performed in six electronic databases (PubMed, Cochrane Library, Scopus, Web of Science, EMBASE, and Open Gray) for articles published until April 2022. The eligibility criteria, based on the PICOS strategy, were (P) patients undergoing endodontic treatment, (I) exposure to music, (C) no music, (O) patients’ anxiety, (S) randomized clinical trials. 9 The risk of bias was analyzed according to the Cochrane Risk of Bias tool for randomized controlled trials (RoB 2). The strength of evidence from the included studies was assessed using the Grading of Assessment, Development, and Assessment Recommendations (GRADE) tool. Five eligible studies were retrieved, with an estimated moderate to high risk of bias. Descriptive analysis showed an effect in favor of music intervention, with differences among state anxiety, heart rate, and blood pressure. It is possible to assert, with a very low quality of evidence, that music might reduce anxiety levels on patients during root canal treatment.application/pdfporEndodontiaMusicoterapiaAnsiedade ao tratamento odontológicoRevisão sistemáticaEndodonticsMusic therapyDental anxietySystematic reviewRevisão sistemática como ferramenta para avaliação do desenvolvimento de necrose pulpar em dentes traumatizados após movimentações ortodônticas e do efeito da música na ansiedade de pacientes durante o tratamento endodônticoSystematic review as a tool for evaluating the development of dental pulp necrosis in traumatized teeth after orthodontic movements and the effect of music on patient’s anxiety during endodontic treatment info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de OdontologiaPrograma de Pós-Graduação em OdontologiaPorto Alegre, BR-RS2022doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001154232.pdf.txt001154232.pdf.txtExtracted Texttext/plain29833http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/252797/2/001154232.pdf.txt91e3115b3b02cc2d94b1198ae36a0744MD52ORIGINAL001154232.pdfTexto parcialapplication/pdf325361http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/252797/1/001154232.pdfbc18b64d78544a6eb65d80207672cafaMD5110183/2527972022-12-17 06:03:00.316871oai:www.lume.ufrgs.br:10183/252797Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-12-17T08:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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