Atividade de pterocaulon polystachyum DC. (asteraceae) frente a acanthamoeba castellanii

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ródio, Camila
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/15716
Resumo: O gênero Pterocaulon agrupa cerca de 20 espécies sendo 10 delas encontradas no Rio Grande do Sul. Várias espécies de Pterocaulon, conhecidas como "Quitoco", são utilizadas na medicina popular na forma de infusão ou decocto com diferentes fins terapêuticos. O extrato metanólico bruto e as frações de Pterocaulon polystachyum apresentam largo espectro de ação contra uma gama de fungos patogênicos, sendo esta atividade atribuída às cumarinas, compostos químicos majoritários nas espécies deste gênero. Considerando que os fármacos antifúngicos são também empregados no tratamento de doenças parasitárias causadas por protozoários, torna-se relevante avaliar se estas plantas apresentam esta atividade. Para tanto, utilizou-se uma cepa de Acanthamoeba castellanii, ameba de vida livre causadora de ceratite ocular a qual exige longo e complexo tratamento. Essa doença atinge especialmente usuários de lentes de contato, cujo crescente aumento, torna necessária a busca de novos fármacos no intuito de se obter terapias mais dinâmicas e que facilitem a adesão dos pacientes. Além disso, este protozoário possui a habilidade de encistar, tornando-se resistente aos fármacos. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade amebicida do extrato metanólico bruto, das frações hexano, diclorometano e metanol, e do exudato de P. polystachyum frente aos trofozoítos e cistos de A. castellanii, assim como isolar e identificar cumarinas presentes na amostra mais ativa. A espécie P. polystachyum apresentou relevante propriedade amebicida frente aos trofozoítos de A. castellanii, principalmente as frações apolares ricas em cumarinas. Da planta foram isolados dois produtos os quais são formados por duas cumarinas cada, identificadas como 5-metóxi-6,7-metilenodioxicumarina e aiapina, e preniletina e preniletina-metiléter, respectivamente. Estes resultados são promissores na busca de novo agente terapêutico para a ceratite amebiana, abrindo caminho a novos testes, tais como de toxicidade em células oculares, testes in vivo e o desenvolvimento de uma formulação oftálmica adequada.
id URGS_749397ee51540725ce232c40210df56a
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/15716
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Ródio, CamilaVon Poser, Gilsane LinoRott, Marilise Brittes2009-05-07T04:12:46Z2008http://hdl.handle.net/10183/15716000691247O gênero Pterocaulon agrupa cerca de 20 espécies sendo 10 delas encontradas no Rio Grande do Sul. Várias espécies de Pterocaulon, conhecidas como "Quitoco", são utilizadas na medicina popular na forma de infusão ou decocto com diferentes fins terapêuticos. O extrato metanólico bruto e as frações de Pterocaulon polystachyum apresentam largo espectro de ação contra uma gama de fungos patogênicos, sendo esta atividade atribuída às cumarinas, compostos químicos majoritários nas espécies deste gênero. Considerando que os fármacos antifúngicos são também empregados no tratamento de doenças parasitárias causadas por protozoários, torna-se relevante avaliar se estas plantas apresentam esta atividade. Para tanto, utilizou-se uma cepa de Acanthamoeba castellanii, ameba de vida livre causadora de ceratite ocular a qual exige longo e complexo tratamento. Essa doença atinge especialmente usuários de lentes de contato, cujo crescente aumento, torna necessária a busca de novos fármacos no intuito de se obter terapias mais dinâmicas e que facilitem a adesão dos pacientes. Além disso, este protozoário possui a habilidade de encistar, tornando-se resistente aos fármacos. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade amebicida do extrato metanólico bruto, das frações hexano, diclorometano e metanol, e do exudato de P. polystachyum frente aos trofozoítos e cistos de A. castellanii, assim como isolar e identificar cumarinas presentes na amostra mais ativa. A espécie P. polystachyum apresentou relevante propriedade amebicida frente aos trofozoítos de A. castellanii, principalmente as frações apolares ricas em cumarinas. Da planta foram isolados dois produtos os quais são formados por duas cumarinas cada, identificadas como 5-metóxi-6,7-metilenodioxicumarina e aiapina, e preniletina e preniletina-metiléter, respectivamente. Estes resultados são promissores na busca de novo agente terapêutico para a ceratite amebiana, abrindo caminho a novos testes, tais como de toxicidade em células oculares, testes in vivo e o desenvolvimento de uma formulação oftálmica adequada.The genus Pterocaulon includes about 20 species and 10 of them are found in Rio Grande do Sul. Several species of Pterocaulon, known as "Quitoco", are used in popular medicine as infusion or decocto with different therapeutic purposes. The crude methanol extract and fractions of Pterocaulon polystachyum presented a broad spectrum of action against a range of pathogenic fungi, and this activity was attributed to the coumarins, the main compounds found in the species of this genus. Whereas the antifungal drugs are also employed in the treatment of diseases caused by parasitic protozoa, it is important to assess whether these plants have this activity. Thus, in this work a strain of Acanthamoeba castellanii was used. This free-living amoeba causes acute amoebic keratitis, a disease that needs long and complex treatment. The increasing number of contact lens users enhances the frequency of the illness making necessary search for new drugs in order to obtain more dynamic therapies that make it easier for patients to maintain long-term treatment. Moreover, because of its capacity to form cysts, some strains of this protozoan are excellent opportunists and therapy-resistant. Thus, the aim of this work was to evaluate the amebicidal activity of crude extract, hexane, dichloromethane and methanol fractions, and exudate of P. polystachyum against cysts and trophozoites of A. castellanii and to quantify the coumarins and to isolate the main components of the most active extract. The plant presented relevant amebicidal property against trophozoites of A. castellanii, mainly in lipophilic fractions rich in coumarins. From the plant two compounds were isolated. They are formed by two coumarins each identified as 5-methoxy-6,7-methylenedioxycoumarin and ayapin, prenyletin and prenyletin-methyl-ether, respectively. These results are promising for the discovery of a new therapeutic agent for the amoebic keratitis and suggest the development of new tests, such as toxicity in eye cells, in vivo tests and the development of an ophthalmic formulation appropriate.application/pdfporPterocaulon polystachyumAsteraceaeAcanthamoeba castellaniiPterocaulonAsteraceaeAmebicidal activityAcanthamoebaAtividade de pterocaulon polystachyum DC. (asteraceae) frente a acanthamoeba castellaniiinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de FarmáciaPrograma de Pós-Graduação em Ciências FarmacêuticasPorto Alegre, BR-RS2008mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000691247.pdf000691247.pdfTexto completoapplication/pdf802769http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15716/1/000691247.pdf6b6f8d48ff06380455e047cf6cafa351MD51TEXT000691247.pdf.txt000691247.pdf.txtExtracted Texttext/plain122562http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15716/2/000691247.pdf.txta684c57ba3d930fe71930368ea3df23fMD52THUMBNAIL000691247.pdf.jpg000691247.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1207http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15716/3/000691247.pdf.jpg385c64d46633794fafe1b9d1b19b68a1MD5310183/157162023-11-05 04:25:10.590657oai:www.lume.ufrgs.br:10183/15716Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-11-05T06:25:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Atividade de pterocaulon polystachyum DC. (asteraceae) frente a acanthamoeba castellanii
title Atividade de pterocaulon polystachyum DC. (asteraceae) frente a acanthamoeba castellanii
spellingShingle Atividade de pterocaulon polystachyum DC. (asteraceae) frente a acanthamoeba castellanii
Ródio, Camila
Pterocaulon polystachyum
Asteraceae
Acanthamoeba castellanii
Pterocaulon
Asteraceae
Amebicidal activity
Acanthamoeba
title_short Atividade de pterocaulon polystachyum DC. (asteraceae) frente a acanthamoeba castellanii
title_full Atividade de pterocaulon polystachyum DC. (asteraceae) frente a acanthamoeba castellanii
title_fullStr Atividade de pterocaulon polystachyum DC. (asteraceae) frente a acanthamoeba castellanii
title_full_unstemmed Atividade de pterocaulon polystachyum DC. (asteraceae) frente a acanthamoeba castellanii
title_sort Atividade de pterocaulon polystachyum DC. (asteraceae) frente a acanthamoeba castellanii
author Ródio, Camila
author_facet Ródio, Camila
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ródio, Camila
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Von Poser, Gilsane Lino
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Rott, Marilise Brittes
contributor_str_mv Von Poser, Gilsane Lino
Rott, Marilise Brittes
dc.subject.por.fl_str_mv Pterocaulon polystachyum
Asteraceae
Acanthamoeba castellanii
topic Pterocaulon polystachyum
Asteraceae
Acanthamoeba castellanii
Pterocaulon
Asteraceae
Amebicidal activity
Acanthamoeba
dc.subject.eng.fl_str_mv Pterocaulon
Asteraceae
Amebicidal activity
Acanthamoeba
description O gênero Pterocaulon agrupa cerca de 20 espécies sendo 10 delas encontradas no Rio Grande do Sul. Várias espécies de Pterocaulon, conhecidas como "Quitoco", são utilizadas na medicina popular na forma de infusão ou decocto com diferentes fins terapêuticos. O extrato metanólico bruto e as frações de Pterocaulon polystachyum apresentam largo espectro de ação contra uma gama de fungos patogênicos, sendo esta atividade atribuída às cumarinas, compostos químicos majoritários nas espécies deste gênero. Considerando que os fármacos antifúngicos são também empregados no tratamento de doenças parasitárias causadas por protozoários, torna-se relevante avaliar se estas plantas apresentam esta atividade. Para tanto, utilizou-se uma cepa de Acanthamoeba castellanii, ameba de vida livre causadora de ceratite ocular a qual exige longo e complexo tratamento. Essa doença atinge especialmente usuários de lentes de contato, cujo crescente aumento, torna necessária a busca de novos fármacos no intuito de se obter terapias mais dinâmicas e que facilitem a adesão dos pacientes. Além disso, este protozoário possui a habilidade de encistar, tornando-se resistente aos fármacos. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade amebicida do extrato metanólico bruto, das frações hexano, diclorometano e metanol, e do exudato de P. polystachyum frente aos trofozoítos e cistos de A. castellanii, assim como isolar e identificar cumarinas presentes na amostra mais ativa. A espécie P. polystachyum apresentou relevante propriedade amebicida frente aos trofozoítos de A. castellanii, principalmente as frações apolares ricas em cumarinas. Da planta foram isolados dois produtos os quais são formados por duas cumarinas cada, identificadas como 5-metóxi-6,7-metilenodioxicumarina e aiapina, e preniletina e preniletina-metiléter, respectivamente. Estes resultados são promissores na busca de novo agente terapêutico para a ceratite amebiana, abrindo caminho a novos testes, tais como de toxicidade em células oculares, testes in vivo e o desenvolvimento de uma formulação oftálmica adequada.
publishDate 2008
dc.date.issued.fl_str_mv 2008
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2009-05-07T04:12:46Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/15716
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000691247
url http://hdl.handle.net/10183/15716
identifier_str_mv 000691247
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15716/1/000691247.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15716/2/000691247.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/15716/3/000691247.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 6b6f8d48ff06380455e047cf6cafa351
a684c57ba3d930fe71930368ea3df23f
385c64d46633794fafe1b9d1b19b68a1
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1800308973209911296