Avaliação do vasoactive-inotropic score para pacientes com choque séptico na UTI pediátrica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Ian Teixeira e
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/216950
Resumo: Objetivo : Vasoactive-inotropic score (VIS) j á foi validado como ferramenta para predição de mortalidade em crianças submetidas à cirurgia cardíaca, mas com resultados conflitantes em outros grupos de pacientes. O objetivo deste estudo é avaliar o papel do VIS na avaliação de paciente com choque séptico na UTI pediátrica (UTIP) e sua correlação com mortalidade. Desenho de estudo: Coorte histórica. Local: UTI pediátrica de hospital universitário quaternário no Sul do Brasil. Pacientes: Pacientes entre 1 mês e 18 anos admitidos entre j aneiro/2016 e julho/2018 com diagnóstico de choque séptico. Intervenção: Nenhuma. Principais resultados: Foram analisadas 181 admissões, com uma mortalidade de 28,7%. O VIS apresentou uma baixa capacidade discriminatória para predição de mortalidade nos pacientes com choque séptico, com a maior área sob a curva ROC de 0,69. Quando dicotomizado utilizando valores próximos a 20 ou 25, o VIS apresentou, entretanto, uma forte associação com mortalidade, com odds ratio entre 3,4 (IC 95%, 1,7-6,8) e 4,4 (IC 95%, 2,2-8,8), podendo representar a gravidade clínica desses pacientes. Referenciais mais altos, como 150 ou 200, como proposto em outros estudos, não conferiram ao escore maior valor preditivo ou i ncremento na força de associação. Conclusão: O VIS avalia principalmente o suporte hemodinâmico farmacológico, entretanto, não é capaz de predizer adequadamente a mortalidade de crianças com choque séptico. Como o choque séptico é uma entidade clínica complexa, multissistêmica, essa avaliação parcial é i mprecisa e assim, i ncapaz de predizer mortalidade. Entretanto, VIS pode ser utilizado como marcador de gravidade clínica nesses pacientes, permitindo a comparação de grupos de crianças com choque séptico e alertando para a necessidade de se decidir por alternativas terapêuticas.
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