Papel da mutação germinativa TP53 p.R337H no cancer papilar de tireóide
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/197517 |
Resumo: | Introdução: O câncer papilar de tireóide (CPT) é responsável pela maioria dos tumores malignos da tireóide. O CPT pode ocorrer como parte de síndromes genéticas hereditárias em aproximadamente 5% dos casos, mas não está incluído no espectro de tumores da síndrome de Li-Fraumeni (LFS). Entretanto, em pacientes com LFS carreadores da mutação germinativa TP53 R337H, o CPT é o segundo tipo de câncer mais prevalente, sugerindo ele que possa fazer parte do espectro das neoplasias relacionadas à síndrome. A prevalência da mutação p.R337H em pacientes com CPT não é conhecida. Objetivo: Determinar a prevalência da mutação germinativa TP53 p.R337H e correlacioná-la com as características clínicas e oncológicas em uma coorte de pacientes com PTC. Desenho, Métodos e pacientes: Coorte aleatória de pacientes com PTC em atendimento em Hospital Terciário Universitário. A extração de DNA de sangue periférico foi realizada através do procolo de precipitação de sal (Puregene Gentra®) e através do kit GE. A identificação da mutação do TP53 R337H foi realizada pelo ensaio TaqMan – PCR em Tempo Real. Dados clínicos e laboratoriais foram obtidos de registros em prontuários e por meio de entrevistas individuais. Resultados: Um total de 62 pacientes com CPT foi incluído. A idade média dos pacientes no momento do diagnóstico foi de 48.1 ± 16.2 anos e 53 (85.5%) eram mulheres. O tamanho mediano do tumor foi de 2.3 (1.3-3.7), 23 (37.1%) pacientes tiveram metástases linfonodais e 3 (4.8%) apresentaram metástases à distância. A maioria (37 pacientes; 59.7%) apresentaram categoria I do TNM e foram classificados como Baixo Risco pelo ATA (3; 53.2%). Exposição à radiação ionizante na infância estava presente em 4 (6.5%) pacientes e 9 (14.5%) tinham uma história familiar positiva para CPT. Apenas um paciente apresentou as características da Síndrome de Li-Fraumeni. Nenhum dos pacientes analisados foi positivo para a mutação p.R337H. De modo interessante, 6 (9.7%) pacientes tinham história de câncer de mama e de tireóide sincrônicos. Eles apresentaram idade maior no momento do diagnóstico do PTC (55.73 ± 10.0 vs. 44.53 ± 14.63; p=0.004), mas nenhuma outra característica clínica ou oncológica específica foi identificada neste subgrupo de pacientes. Conclusões: A mutação germinativa TP53 p.R337H, não foi identificada em uma coorte de pacientes com PTC. Baseado em dados da literatura, a prevalência da mutação pode ter sido superestimada e, a possibilidade de uma população não representativa deve ser considerada |
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