Estudo comparativo do desempenho de diferentes eletrodos ventriculares no seguimento a médio prazo pós-implante de marcapasso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sales, Marcela da Cunha
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/131168
Resumo: INTRODUÇÃO: O número de implantes de marcapassos vem crescendo consideravelmente e também a utilização de eletrodos de fixação ativa eluídos com corticóides. No entanto, dados prospectivos do desempenho destes eletrodos a médio e longo prazo são, ainda, bastante restritos. OBJETIVOS: O objetivo principal deste estudo é determinar a estabilidade dos parâmetros elétricos ao longo do tempo (limiares de estimulação, medidas de sensibilidade e de impedância) para dois eletrodos ventriculares diferentes, ambos eluídos com corticóide, sendo um de fixação ativa e um de fixação passiva e compará-los entre si. Também queremos determinar o momento em que há estabilização destas medidas. PACIENTES E MÉTODOS: Pacientes com indicação de implante de marcapasso foram alocados em dois grupos: Grupo A – implante de eletrodo ventricular de fixação ativa (Setrox S-Biotronik) e Grupo P – implante de eletrodo ventricular de fixação passiva (Selox ST-Biotronik), ambos eluídos com corticóides. Foram realizadas medidas de parâmetros elétricos durante o implante, 48h, 15d, 30d, 60d, 90 e 180d: medidas de sensibilidade, impedância e de limiares de estimulação com diferentes larguras de pulso (0,2, 0,4 e 0,5ms). RESULTADOS: Foram incluídos, de forma não randomizada, 55 pacientes, com idade média de 72 ± 9 anos, sendo 31(56,36%) do sexo masculino. A principal indicação de implante foi Bloqueio Átrio-Ventricular de 3º grau (31 pacientes - 56,36%). Características clínicas basais foram iguais nos dois grupos. Análise das medidas de parâmetros elétricos: Sensibilidade ventricular (onda R): Não houve diferença entre as medidas feitas nos diferentes tempos em cada grupo (grupo A, P=0,314 e grupo P, P=0,327 entre os diversos tempos). Também não houve diferença entre as curvas dos dois grupos entre si (P=0,78 para as comparações entre as curvas). Medidas de impedância do eletrodo ventricular: Nos dois grupos (A e P) houve diminuição significativa das impedâncias em 48h e 15d (P<0,0001 e P=0,007 respectivamente). A partir de 15 dias, as curvas das impedâncias dos dois grupos estabilizaram, não havendo mais diferença significativa entre os valores médios. Na comparação entre os valores de impedância das duas curvas, o grupo P teve valores significativamente mais elevados em todos os momentos em que houve medição (P=0,01). Medidas dos limiares de estimulação ventricular: os grupos A e P tiveram achados semelhantes para as medidas com as diferentes larguras de pulso: em 48hs houve uma leve tendência de queda do limiar sem significância estatística, seguida de uma elevação importante (com significância estatística). A partir dos 15 dias, houve estabilização dos limiares de estimulação para os dois grupos, sem mudanças significativas até o final do acompanhamento. Não houve diferença na comparação das curvas dos dois grupos. CONCLUSÕES: Os eletrodos testados de fixação ativa e passiva eluídos com corticóides apresentaram parâmetros de sensibilidade e limiares de estimulação semelhantes entre si, enquanto que o eletrodo passivo apresentou-se com impedâncias maiores em todas as medidas. Para os dois eletrodos houve alterações significativas de limiares e impedância até 15 dias pós-implante seguido de estabilização até o final do período. Estes achados podem ter implicações na seleção do eletrodo, no agendamento das revisões e na programação do marcapasso.
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