Pacientes HIV positivas com neoplasia intraepitelial vulvar de alto grau multifocal : taxa de progressão para doença invasiva de vulva e fatores de risco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roedel, Fabíola
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/257490
Resumo: Introdução: Mulheres soropositivas para o vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) apresentam risco aumentado de infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) e lesões sobre o trato genital inferior. Sabe-se que a infecção por HPV pode determinar alterações no epitélio cervical, vulvar, vaginal e perianal. Na vulva, essas modificações constituem a neoplasia intraepitelial vulvar (NIV) de alto grau, considerada precursora do câncer de vulva relacionado ao HPV. A imunossupressão, verificada nessas mulheres, contribui para taxas elevadas de persistência ou recorrência da doença intraepitelial e, também, relaciona-se à progressão para doença invasora. Objetivo: avaliar a taxa de progressão para carcinoma invasor e fatores de risco em pacientes HIV positivas com NIV multifocal, além da taxa de persistência e recorrência, características clínicas das lesões epidemiológicas das pacientes. Método: Será realizado um estudo de corte. O primeiro tratamento com laser CO2 será considerado o tempo zero. O seguimento será realizado durante o período do estudo (julho/2015 a dezembro/2019) ou até a morte da paciente. O desfecho principal é progressão de doença. As informações foram obtidas por meio da revisão de prontuários. Resultados: Das 20 pacientes analisadas, 5 tiveram progressão da doença. Destas, 4 apresentaram lesões multifocais acometendo 4 ou mais áreas da vulva, além de lesões multicêntricas. Conclusão: Pacientes que são imunossuprimidas, devido ao HIV, e que apresentam NIV de alto grau, o fazem de uma forma mais preocupante, como lesões pré-neoplásicas, e exibem maior índice de resistência. Esse fato, portanto, sugere um nível de vigilância maior em frequência e tempo, visando evitar a evolução para doença invasiva.
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