Comparação do crosslinking corneano acelerado e tradicional : resultados a longo prazo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/212643 |
Resumo: | Introdução: O crosslinking é o padrão ouro no tratamento da progressão do ceratocone e outras doenças ectásicas da córnea. Foi primeiramente introduzido em 2003 através da combinação de uma hora de exposição a riboflavina e radiação ultravioleta, dentro de diretrizes que se tornaram conhecidas como Protocolo Tradicional de Dresden. Desde então, diversos autores propõem modificações da técnica e redução no tempo cirúrgico, desde que se mantenha energia suficientemente capaz de fortalecer as estruturas do tecido da córnea e, possivelmente, gerar benefícios ao paciente. Objetivo: O objetivo desde estudo é comparar resultados tardios de grupos de pacientes submetidos ao protocolo tradicional de Dresden com aqueles submetidos ao protocolo acelerado. Método: Os pacientes foram agrupados entre aqueles submetidos ao protocolo tradicional de Dresden (3mW/cm2, 30 minutos contínuo) e os submetidos ao crosslinking com protocolo acelerado (30mW/cm2, 8 minutos pulsado). O desfecho final avaliado foi a estabilização ou não da doença, seguida dos valores e variações pré e pós-operatórios de acuidade visual, alterações refracionais e topográficas, contagem endotelial e complicações. Resultados: O estudo avaliou 127 olhos (115 pacientes) nos dois grupos, em um período médio de follow-up de 34 meses. As taxas de estabilização da doença foram semelhantes entre eles (p 0,528). Houve diferença estatisticamente significativa nas medidas da ceratometria máxima nos períodos pré (p 0,016) e pós-operatório (p 0,014) entre os grupos, assim como na variação entre elas, sendo as maiores médias e a maior variação encontradas no grupo do protocolo acelerado. A acuidade visual corrigida final foi superior entre os pacientes submetidos ao protocolo acelerado (p 0,009). Também houve diferença estatisticamente significativa entre as complicações (0,015), com maior incidência no protocolo tradicional. Não houve diferença estatisticamente significativa nas avaliações topográficas, refracionais e de contagem endotelial. Conclusão: Resultados tardios demonstram similaridade entre os resultados do protocolo tradicional e acelerado em termos de estabilização da doença, em período médio de seguimento de 34 meses, podendo este último ser realizado em menor tempo cirúrgico, associado a menor número de complicações e melhores resultados visuais. |
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Marafon, Samara BarbaraMarinho, Diane Ruschel2020-08-05T03:39:07Z2019http://hdl.handle.net/10183/212643001115778Introdução: O crosslinking é o padrão ouro no tratamento da progressão do ceratocone e outras doenças ectásicas da córnea. Foi primeiramente introduzido em 2003 através da combinação de uma hora de exposição a riboflavina e radiação ultravioleta, dentro de diretrizes que se tornaram conhecidas como Protocolo Tradicional de Dresden. Desde então, diversos autores propõem modificações da técnica e redução no tempo cirúrgico, desde que se mantenha energia suficientemente capaz de fortalecer as estruturas do tecido da córnea e, possivelmente, gerar benefícios ao paciente. Objetivo: O objetivo desde estudo é comparar resultados tardios de grupos de pacientes submetidos ao protocolo tradicional de Dresden com aqueles submetidos ao protocolo acelerado. Método: Os pacientes foram agrupados entre aqueles submetidos ao protocolo tradicional de Dresden (3mW/cm2, 30 minutos contínuo) e os submetidos ao crosslinking com protocolo acelerado (30mW/cm2, 8 minutos pulsado). O desfecho final avaliado foi a estabilização ou não da doença, seguida dos valores e variações pré e pós-operatórios de acuidade visual, alterações refracionais e topográficas, contagem endotelial e complicações. Resultados: O estudo avaliou 127 olhos (115 pacientes) nos dois grupos, em um período médio de follow-up de 34 meses. As taxas de estabilização da doença foram semelhantes entre eles (p 0,528). Houve diferença estatisticamente significativa nas medidas da ceratometria máxima nos períodos pré (p 0,016) e pós-operatório (p 0,014) entre os grupos, assim como na variação entre elas, sendo as maiores médias e a maior variação encontradas no grupo do protocolo acelerado. A acuidade visual corrigida final foi superior entre os pacientes submetidos ao protocolo acelerado (p 0,009). Também houve diferença estatisticamente significativa entre as complicações (0,015), com maior incidência no protocolo tradicional. Não houve diferença estatisticamente significativa nas avaliações topográficas, refracionais e de contagem endotelial. Conclusão: Resultados tardios demonstram similaridade entre os resultados do protocolo tradicional e acelerado em termos de estabilização da doença, em período médio de seguimento de 34 meses, podendo este último ser realizado em menor tempo cirúrgico, associado a menor número de complicações e melhores resultados visuais.Introduction: Crosslinking is the gold standard treatment for keratoconus and corneal ectasia progression. It was first introduced in 2003 by combining a total of one-hour exposure to riboflavin and ultraviolet radiation, which is known as the Traditional Dresden Protocol. After its was proved to be effective, other authors proposed new technique performances - keeping the power and the tissue stiffening - in order to reduce the surgical time and improve patient well being. Purpose: To compare long-term follow-up outcomes between traditional and accelerated corneal crosslinking treatment for cornea ectasia. Design: Retrospective cohort study. Method: The primary outcome was halted disease progression. The secondary outcomes were the pre and postoperative results the following: corrected distance visual acuity, refraction and topographic changes, endothelial cells count and complications. Results: The study evaluated 127 eyes of 115 patients in both groups. The mean follow-up was 34 months. It was found that 89.7% and 93.9% of eyes had successful treatment with the traditional and accelerated protocols, respectively (p = 0.528). There was a significantly difference between pre (p 0.016) and postoperative (p 0.014) measurements in maximal keratometry, with a higher mean found in accelerated group for both moments. Final corrected distance visual acuity was better in the accelerated protocol (p 0.009). There was also a significantly difference between complications (0.015), with a higher incidence in the traditional protocol. There was no statistically significant difference in topographic, refractive and endothelial cell counts. Conclusion: Long-term follow-up showed that accelerated protocol is similar to standard protocols in terms of halting keratoconus and ectatic disease for a mean follow-up period of 34 months. In addition, the accelerated protocol had a greater success rate, better final visual acuity, lower incidence of complications, and a shorter operative time than the traditional protocol.application/pdfporCórneaCeratoconeDilatação patológicaRiboflavinaRaios ultravioletaCorneaCrosslinkingAccelerated crosslinkingKeratoconusEctasiaComparação do crosslinking corneano acelerado e tradicional : resultados a longo prazoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências CirúrgicasPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001115778.pdf.txt001115778.pdf.txtExtracted Texttext/plain109489http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/212643/2/001115778.pdf.txtecde0dbdd6aaefccd78bc7b2ccea0af0MD52ORIGINAL001115778.pdfTexto completoapplication/pdf615669http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/212643/1/001115778.pdf234e074b2defbe6b2583044e794947d1MD5110183/2126432022-12-16 05:50:17.610324oai:www.lume.ufrgs.br:10183/212643Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-12-16T07:50:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Introdução: O crosslinking é o padrão ouro no tratamento da progressão do ceratocone e outras doenças ectásicas da córnea. Foi primeiramente introduzido em 2003 através da combinação de uma hora de exposição a riboflavina e radiação ultravioleta, dentro de diretrizes que se tornaram conhecidas como Protocolo Tradicional de Dresden. Desde então, diversos autores propõem modificações da técnica e redução no tempo cirúrgico, desde que se mantenha energia suficientemente capaz de fortalecer as estruturas do tecido da córnea e, possivelmente, gerar benefícios ao paciente. Objetivo: O objetivo desde estudo é comparar resultados tardios de grupos de pacientes submetidos ao protocolo tradicional de Dresden com aqueles submetidos ao protocolo acelerado. Método: Os pacientes foram agrupados entre aqueles submetidos ao protocolo tradicional de Dresden (3mW/cm2, 30 minutos contínuo) e os submetidos ao crosslinking com protocolo acelerado (30mW/cm2, 8 minutos pulsado). O desfecho final avaliado foi a estabilização ou não da doença, seguida dos valores e variações pré e pós-operatórios de acuidade visual, alterações refracionais e topográficas, contagem endotelial e complicações. Resultados: O estudo avaliou 127 olhos (115 pacientes) nos dois grupos, em um período médio de follow-up de 34 meses. As taxas de estabilização da doença foram semelhantes entre eles (p 0,528). Houve diferença estatisticamente significativa nas medidas da ceratometria máxima nos períodos pré (p 0,016) e pós-operatório (p 0,014) entre os grupos, assim como na variação entre elas, sendo as maiores médias e a maior variação encontradas no grupo do protocolo acelerado. A acuidade visual corrigida final foi superior entre os pacientes submetidos ao protocolo acelerado (p 0,009). Também houve diferença estatisticamente significativa entre as complicações (0,015), com maior incidência no protocolo tradicional. Não houve diferença estatisticamente significativa nas avaliações topográficas, refracionais e de contagem endotelial. Conclusão: Resultados tardios demonstram similaridade entre os resultados do protocolo tradicional e acelerado em termos de estabilização da doença, em período médio de seguimento de 34 meses, podendo este último ser realizado em menor tempo cirúrgico, associado a menor número de complicações e melhores resultados visuais. |
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