Comparação entre a capacidade prognóstica do grau de congestão pulmonar aferido pela ecografia pulmonar e a correlação desta com a pressão diastólica final do ventrículo esquerdo em pacientes submetidos à angioplastia coronariana primária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Beltrame, Rafael Coimbra Ferreira
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/276616
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi comparar a capacidade prognóstica do grau de congestão pulmonar aferido pela ecografia pulmonar (EP) na beira do leito, sua relação com avaliação clínica, e a correlação com a pressão diastólica final do ventrículo esquerdo (Pd2VE) em pacientes admitidos com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) submetidos à intervenção coronariana percutânea (ICP) primária. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo realizado em um hospital terciário de referência. A Pd2VE foi aferida imediatamente antes da ICP. Foi feita análise da curva ROC (Receiver operating characteristic curve) para calcular a área sob a curva (AUC – area under the curve) para ocorrência de eventos cardiovasculares adversos maiores (ECAM). A AUC da Pd2VE e EP foram 0,63 (P=0,002) e 0,71 (P<0,001), respectivamente. A correlação de Spearman entre a Pd2VE e EP foi 0.33 (P<0.001). Na análise multivariada, a EP permaneceu como preditor independente de ECAM intra-hospitalares (odds ratio [OR] = 1, 14 [IC 95% , 1,06–1,23]; P=0,01). A EP quando acrescida à classificação de Killip e Kimball (KK) – classificação LUCK - aumenta a AUC para mortalidade intra-hospitalar de 0,86 para 0,89 (P=0.05 para diferença entre as curvas). Em conclusão, encontramos uma fraca correlação entre Pd2VE e EP em pacientes submetidos a ICP primária, demonstrando que manifestação hemodinâmica do aumento da pressão de enchimento do ventrículo esquerdo não se manifesta com alteração radiológica compatível. A classificação LUCK foi mais sensível do que o exame físico isoladamente para identificar pacientes com pior prognóstico. A EP se manteve preditor de ECAM intra- hospitalares.
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