Avaliação do perfil de degradação do fármaco cefalexina na forma farmacêutica cápsula

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Von Ahn, Alessandra
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/209938
Resumo: Diferentes condições de degradação foram testadas para avaliar o perfil de degradação da cefalexina. As amostras do insumo farmacêutico, produto acabado na forma farmacêutica cápsula e placebo foram expostas a condições de estresse que permitissem a geração de possíveis produtos de degradação tais como o estresse básico em hidróxido de sódio 0,04 M, oxidativo em peróxido de hidrogênio 0,3%, oxidativo em íons metálicos (FeCl3 50 mM), térmico a 60°C, fotolítico (2,4 Klux.h e 400 W.h/m2) e estresse por umidade controlada a 30°C e 75% de umidade relativa. O estudo permitiu o desenvolvimento de um método indicativo de estabilidade, por cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada a detector de arranjo de diodos, bem como fornecer informações acerca das possíveis rotas de degradação. Os resultados obtidos para as condições de degradação forçada evidenciaram que, em geral, a cefalexina é estável quando exposta à temperatura até 60°C, em contato com a luz ultravioleta ou visível na gama de comprimento de onda compreendida entre 300 e 800 nm e ambientes úmidos de até 75% de umidade relativa. Porém, em condições ácidas, básicas, oxidativas por peróxido de hidrogênio e íons metálicos, a cefalexina apresentou susceptibilidade demonstrada através da queda no teor e formação de produtos de degradação. Apesar de a cefalexina apresentar alta instabilidade quando em solução, nos estresses realizados em estado sólido (térmico, por umidade e fotolítico) o fármaco não apresentou queda de teor significativa (máximo de 2%). Os resultados obtidos para as condições de degradação forçada ácida, básica, oxidativa e íons evidenciam a necessidade de uma avaliação criteriosa durante os estudos de estabilidade acelerada e de longa duração do produto, com destaque para a formação da impureza J que além das condições acima, também foi observada em condições de umidade, termólise e fotólise evidenciando a necessidade de avaliação no que diz respeito às condições de armazenamento e embalagem. O estudo de degradação forçada reitera os dados descritos na literatura e indica que se deve tomar cuidado com relação à hidrólise da matéria-prima e do produto acabado e em específico para o produto final também deve-se ter prudência à combinação de altas temperaturas e umidade.
id URGS_80219f0dcaf8923ea738ad8d01d957e5
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/209938
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Von Ahn, AlessandraSantos, Joao Henrique Zimnoch dos2020-05-30T03:37:32Z2019http://hdl.handle.net/10183/209938001111990Diferentes condições de degradação foram testadas para avaliar o perfil de degradação da cefalexina. As amostras do insumo farmacêutico, produto acabado na forma farmacêutica cápsula e placebo foram expostas a condições de estresse que permitissem a geração de possíveis produtos de degradação tais como o estresse básico em hidróxido de sódio 0,04 M, oxidativo em peróxido de hidrogênio 0,3%, oxidativo em íons metálicos (FeCl3 50 mM), térmico a 60°C, fotolítico (2,4 Klux.h e 400 W.h/m2) e estresse por umidade controlada a 30°C e 75% de umidade relativa. O estudo permitiu o desenvolvimento de um método indicativo de estabilidade, por cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada a detector de arranjo de diodos, bem como fornecer informações acerca das possíveis rotas de degradação. Os resultados obtidos para as condições de degradação forçada evidenciaram que, em geral, a cefalexina é estável quando exposta à temperatura até 60°C, em contato com a luz ultravioleta ou visível na gama de comprimento de onda compreendida entre 300 e 800 nm e ambientes úmidos de até 75% de umidade relativa. Porém, em condições ácidas, básicas, oxidativas por peróxido de hidrogênio e íons metálicos, a cefalexina apresentou susceptibilidade demonstrada através da queda no teor e formação de produtos de degradação. Apesar de a cefalexina apresentar alta instabilidade quando em solução, nos estresses realizados em estado sólido (térmico, por umidade e fotolítico) o fármaco não apresentou queda de teor significativa (máximo de 2%). Os resultados obtidos para as condições de degradação forçada ácida, básica, oxidativa e íons evidenciam a necessidade de uma avaliação criteriosa durante os estudos de estabilidade acelerada e de longa duração do produto, com destaque para a formação da impureza J que além das condições acima, também foi observada em condições de umidade, termólise e fotólise evidenciando a necessidade de avaliação no que diz respeito às condições de armazenamento e embalagem. O estudo de degradação forçada reitera os dados descritos na literatura e indica que se deve tomar cuidado com relação à hidrólise da matéria-prima e do produto acabado e em específico para o produto final também deve-se ter prudência à combinação de altas temperaturas e umidade.Different degradation conditions were tested to evaluate the cephalexin degradation profile. Samples of the pharmaceutical ingredient (API), finished product in capsule form and placebo were exposed to stress conditions which allowed the generation of possible degradation products such as basic stress in 0.04 M sodium hydroxide, oxidative in hydrogen peroxide 0,3%, oxidative in metal ions (50 mM FeCl3), thermal at 60 °C, photolytic (2.4 Klux.h 400 Wh / m2) and controlled humidity stress at 30 °C and 75% relative humidity. The study allowed the development of a method indicative of stability by ultra-efficient liquid chromatography coupled with diode array detector, as well as providing information about possible degradation routes. The results obtained for the condition forced degradation showed that cephalexin is generally stable when exposed to temperatures up to 60°C, in contact with ultraviolet light or visible in the 300 to 800 nm wavelength range and up to 75% relative humidity. However, under acidic, basic, hydrogen peroxide and metal ions oxidative conditions, cephalexin showed susceptibility demonstrated by the decrease in the content and formation of degradation products. Although cephalexin has high instability when in solution, in the stress performed in solid state (thermal, humidity and photolytic) the drug showed no significant drop (maximum 2%). The results obtained for the conditions of acid, basic, oxidative and ions forced degradation highlight the need for a careful evaluation during the studies of accelerated stability and long duration of the product, with emphasis on the formation of impurity J which, besides the above conditions, It was also observed under conditions of humidity, thermolysis and photolysis, evidencing the need for evaluation regarding storage and packaging conditions. The study of forced degradation reiterates the data described in the literature and indicates that caution should be taken regarding hydrolysis of the raw material (API) and finished product and specific to the final product. Caution should also be exercised when combining high temperatures and humidity.application/pdfporFármacosCefalexinaCapsulasAvaliação do perfil de degradação do fármaco cefalexina na forma farmacêutica cápsulainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de QuímicaPrograma de Pós-Graduação em QuímicaPorto Alegre, BR-RS2019doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001111990.pdf.txt001111990.pdf.txtExtracted Texttext/plain65511http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/209938/2/001111990.pdf.txt137aaf099d333bd0e4b4ea88e5abe83cMD52ORIGINAL001111990.pdfTexto parcialapplication/pdf610384http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/209938/1/001111990.pdf253b26c6e3220569d400e104f4bb8b3aMD5110183/2099382020-05-31 03:34:45.070898oai:www.lume.ufrgs.br:10183/209938Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532020-05-31T06:34:45Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação do perfil de degradação do fármaco cefalexina na forma farmacêutica cápsula
title Avaliação do perfil de degradação do fármaco cefalexina na forma farmacêutica cápsula
spellingShingle Avaliação do perfil de degradação do fármaco cefalexina na forma farmacêutica cápsula
Von Ahn, Alessandra
Fármacos
Cefalexina
Capsulas
title_short Avaliação do perfil de degradação do fármaco cefalexina na forma farmacêutica cápsula
title_full Avaliação do perfil de degradação do fármaco cefalexina na forma farmacêutica cápsula
title_fullStr Avaliação do perfil de degradação do fármaco cefalexina na forma farmacêutica cápsula
title_full_unstemmed Avaliação do perfil de degradação do fármaco cefalexina na forma farmacêutica cápsula
title_sort Avaliação do perfil de degradação do fármaco cefalexina na forma farmacêutica cápsula
author Von Ahn, Alessandra
author_facet Von Ahn, Alessandra
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Von Ahn, Alessandra
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Santos, Joao Henrique Zimnoch dos
contributor_str_mv Santos, Joao Henrique Zimnoch dos
dc.subject.por.fl_str_mv Fármacos
Cefalexina
Capsulas
topic Fármacos
Cefalexina
Capsulas
description Diferentes condições de degradação foram testadas para avaliar o perfil de degradação da cefalexina. As amostras do insumo farmacêutico, produto acabado na forma farmacêutica cápsula e placebo foram expostas a condições de estresse que permitissem a geração de possíveis produtos de degradação tais como o estresse básico em hidróxido de sódio 0,04 M, oxidativo em peróxido de hidrogênio 0,3%, oxidativo em íons metálicos (FeCl3 50 mM), térmico a 60°C, fotolítico (2,4 Klux.h e 400 W.h/m2) e estresse por umidade controlada a 30°C e 75% de umidade relativa. O estudo permitiu o desenvolvimento de um método indicativo de estabilidade, por cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada a detector de arranjo de diodos, bem como fornecer informações acerca das possíveis rotas de degradação. Os resultados obtidos para as condições de degradação forçada evidenciaram que, em geral, a cefalexina é estável quando exposta à temperatura até 60°C, em contato com a luz ultravioleta ou visível na gama de comprimento de onda compreendida entre 300 e 800 nm e ambientes úmidos de até 75% de umidade relativa. Porém, em condições ácidas, básicas, oxidativas por peróxido de hidrogênio e íons metálicos, a cefalexina apresentou susceptibilidade demonstrada através da queda no teor e formação de produtos de degradação. Apesar de a cefalexina apresentar alta instabilidade quando em solução, nos estresses realizados em estado sólido (térmico, por umidade e fotolítico) o fármaco não apresentou queda de teor significativa (máximo de 2%). Os resultados obtidos para as condições de degradação forçada ácida, básica, oxidativa e íons evidenciam a necessidade de uma avaliação criteriosa durante os estudos de estabilidade acelerada e de longa duração do produto, com destaque para a formação da impureza J que além das condições acima, também foi observada em condições de umidade, termólise e fotólise evidenciando a necessidade de avaliação no que diz respeito às condições de armazenamento e embalagem. O estudo de degradação forçada reitera os dados descritos na literatura e indica que se deve tomar cuidado com relação à hidrólise da matéria-prima e do produto acabado e em específico para o produto final também deve-se ter prudência à combinação de altas temperaturas e umidade.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-05-30T03:37:32Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/209938
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001111990
url http://hdl.handle.net/10183/209938
identifier_str_mv 001111990
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/209938/2/001111990.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/209938/1/001111990.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 137aaf099d333bd0e4b4ea88e5abe83c
253b26c6e3220569d400e104f4bb8b3a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1810085521795317760