Evolução, geometria e preenchimento do complexo de canyons de brejo Grande, bacia de Sergipe-Alagoas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Braulio Oliveira
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/10779
Resumo: Este estudo teve como objetivo principal a definição da origem, evolução, geometria e preenchimento do Complexo de Canyons de Brejo Grande. Este complexo está incluído no intervalo maastrichtiano do Grupo Piaçabuçu, que é composto por uma cunha sedimentar progradante, depositada num sistema plataforma-talude-bacia, do Cretáceo Superior ao Quaternário, na Bacia de Sergipe-Alagoas. Foram utilizados dados sísmicos, perfis de poços, dados bioestratigráficos e descrições de testemunhos e amostras de calha. O complexo é composto de três canyons: Canyon de Brejo Grande, o mais antigo; Canyon do Rio Praúnas e Canyon de Aroeira, o mais novo. A localização e orientação dos canyons foram controladas por falhas da fase rift, reativadas antes da escavação. Foram reconhecidas quatro fases de preenchimento: fase inicial, fase de by-pass, fase dos complexos de canais e fase da cunha progradante. Na fase inicial, foram depositados os complexos de transporte de massa. Eles estão melhor preservados quando preenchem calhas na base do canyon. Na fase de by-pass o canyon atuou como um conduto e apenas depósitos de lags foram preservados. A fase dos complexos de canais ocorreu quando os fluxos gravitacionais não mais transportavam suas cargas para a bacia e depositavam a maior parte de sua carga dentro do canyon. A fase da cunha progradante corresponde à parte do preenchimento depositada no começo da subida do nível relativo do mar. Os complexos de canais são os componentes mais importantes do preenchimento dos canyons. Seus canais são frequentemente isolados espacialmente. Eventos sísmicos anômalos produzidos pelos canais mostram que eles são estreitos, com baixa sinuosidade e continuidade longitudinal variável. Os canais empilham-se verticalmente na parte inferior, mais confinada, do preenchimento dos canyons, e lateralmente na parte superior, menos confinada, dos canyons assimétricos. Os canais migram das partes mais confinadas para as menos confinadas. O método da estratigrafia de seqüências foi usado para estabelecer a evolução do complexo de canyons, definindo as seqüências que os preencheram, as relações de tempo entre aorigem e o preenchimento dos canyons e as superfícies limitantes e internas das seqüências. Foram definidas três seqüências de 3ª ordem. Cada canyon foi preenchido por uma seqüência deposicional composta pelos tratos de sistemas de mar baixo e transgressivo. Nos tratos de mar baixo das seqüências 1,2 e 3 foram identificados o equivalente proximal do leque de fundo de bacia e o complexo de canais do leque de talude. Na seqüência 3, além destes, foi também observada a cunha progradante. O limite inferior da seqüência 1 corresponde à base da biozona de nanofósseis N-280. O limite inferior da seqüência 2 coincide com a base da biozona de nanofósseis N-290.
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Foram reconhecidas quatro fases de preenchimento: fase inicial, fase de by-pass, fase dos complexos de canais e fase da cunha progradante. Na fase inicial, foram depositados os complexos de transporte de massa. Eles estão melhor preservados quando preenchem calhas na base do canyon. Na fase de by-pass o canyon atuou como um conduto e apenas depósitos de lags foram preservados. A fase dos complexos de canais ocorreu quando os fluxos gravitacionais não mais transportavam suas cargas para a bacia e depositavam a maior parte de sua carga dentro do canyon. A fase da cunha progradante corresponde à parte do preenchimento depositada no começo da subida do nível relativo do mar. Os complexos de canais são os componentes mais importantes do preenchimento dos canyons. Seus canais são frequentemente isolados espacialmente. Eventos sísmicos anômalos produzidos pelos canais mostram que eles são estreitos, com baixa sinuosidade e continuidade longitudinal variável. Os canais empilham-se verticalmente na parte inferior, mais confinada, do preenchimento dos canyons, e lateralmente na parte superior, menos confinada, dos canyons assimétricos. Os canais migram das partes mais confinadas para as menos confinadas. O método da estratigrafia de seqüências foi usado para estabelecer a evolução do complexo de canyons, definindo as seqüências que os preencheram, as relações de tempo entre aorigem e o preenchimento dos canyons e as superfícies limitantes e internas das seqüências. Foram definidas três seqüências de 3ª ordem. Cada canyon foi preenchido por uma seqüência deposicional composta pelos tratos de sistemas de mar baixo e transgressivo. Nos tratos de mar baixo das seqüências 1,2 e 3 foram identificados o equivalente proximal do leque de fundo de bacia e o complexo de canais do leque de talude. Na seqüência 3, além destes, foi também observada a cunha progradante. O limite inferior da seqüência 1 corresponde à base da biozona de nanofósseis N-280. O limite inferior da seqüência 2 coincide com a base da biozona de nanofósseis N-290.Canyon The channels stack vertically in the lower, more confined portion of canyons, and laterally in the upper, less confined part of asymmetric canyons. Lateral migration of channels is from the side of steeper to the side of less steep wall, where confinement is smaller. The sequence stratigraphy method was used to establish the evolution of the canyon complex, defining the sequences that filled the canyons and the time relationship between the origin and filling of canyons and the boundary and internal surfaces of sequences. Three third order depositional sequences were defined. Each canyon is filled by a depositional sequence compounded of lowstand and transgressive system tracts. In the lowstand system tracts of the first, second and third sequences were identified a proximal equivalent of the basin floor fan andthe channel complexes of the slope fan. In the third sequence, besides those parts, was also observed the progradational wedge. The inferior limit of the first sequence corresponds to the N- 280 nannofossil biozone base and the inferior limit of the second sequence coincides with the N- 290 nannofossil biozone base.application/pdfporEstratigrafia de sequenciasSergipe-Alagoas, Bacia sedimentar de (SE e AL)CanyonPiaçabuçu GroupMaastrichtianSequence stratigraphyEvolução, geometria e preenchimento do complexo de canyons de brejo Grande, bacia de Sergipe-Alagoasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2007mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000600963.pdf000600963.pdfTexto completoapplication/pdf7724808http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10779/1/000600963.pdfb86d04ec06e7063d4f0029b33aaf7ff4MD51TEXT000600963.pdf.txt000600963.pdf.txtExtracted Texttext/plain90567http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10779/2/000600963.pdf.txta7bc4f6af68fc4e9bb63e605d995f840MD52THUMBNAIL000600963.pdf.jpg000600963.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1310http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/10779/3/000600963.pdf.jpgdca5c21b04d72dd5f3dd1a32f6373d1fMD5310183/107792018-10-11 08:33:26.076oai:www.lume.ufrgs.br:10183/10779Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-11T11:33:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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