Impacto do uso de benzodiazepínicos no nível de ansiedade em pacientes com epilepsia do lobo temporal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/37036 |
Resumo: | Nesse trabalho estudamos o impacto do uso de benzodiazepínicos prescritos como co-adjuvantes para o controle de crise nos níveis de ansiedade em pacientes com epilepsia do lobo temporal. Estudo de corte transversal com 99 epilépticos. Avaliamos o nível de ansiedade desses pacientes por meio do Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e da Escala de Ansiedade de Hamilton. Dos 99 pacientes, 15 (15.15%) usavam benzodiazepínico (Clobazam/Clonazepam) e 84 (84.84%) não usavam benzodiazepínico para o controle das crises. Em nossa amostra os pacientes que usavam benzodiazepínico eram mais jovens e iniciaram com as crises mais cedo. Além disso, o uso de benzodiazepínico foi mais comum em pacientes com epilepsia refratária (OR=5.6; 95% CI; 1.97-11.06; p=0.047). Esses dados demonstram que o benzodiazepínico foi utilizado para controle de crise em pacientes com epilepsia refratária do lobo temporal. Nesse estudo observamos que ser mulher, ter transtorno de ansiedade ou de humor detectado pela entrevista clínica estruturada para desordens do eixo I do DSM-IVTR (SCID) está associado com altos níveis de ansiedade tanto na escala de BAI quanto na de Hamiltom. No BAI foi detectado altos níveis de ansiedade em pacientes com crises não controladas (OR=4.67; 95% CI 1.97-11.06; p<0.001). Na escala de ansiedade de Hamiltom encontramos altos níveis de ansiedade em pacientes com história familiar psiquiátrica. Não houve diferença estatisticamente significante nos níveis de ansiedade de pacientes que usavam e que não usavam benzodiazepínico cronicamente para o controle da epilepsia, diferente do que esperávamos. É plausível que o uso crônico de benzodiazepínicos possa induzir tolerância ao efeito ansiolítico desses fármacos em epilepsia. Estudos adicionais são necessários para definir melhores estratégias para o tratamento de transtornos de ansiedade em epilepsia. |
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Dal Pizzol, AngélicaBianchin, Marino Muxfeldt2012-02-01T01:20:02Z2011http://hdl.handle.net/10183/37036000816411Nesse trabalho estudamos o impacto do uso de benzodiazepínicos prescritos como co-adjuvantes para o controle de crise nos níveis de ansiedade em pacientes com epilepsia do lobo temporal. Estudo de corte transversal com 99 epilépticos. Avaliamos o nível de ansiedade desses pacientes por meio do Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e da Escala de Ansiedade de Hamilton. Dos 99 pacientes, 15 (15.15%) usavam benzodiazepínico (Clobazam/Clonazepam) e 84 (84.84%) não usavam benzodiazepínico para o controle das crises. Em nossa amostra os pacientes que usavam benzodiazepínico eram mais jovens e iniciaram com as crises mais cedo. Além disso, o uso de benzodiazepínico foi mais comum em pacientes com epilepsia refratária (OR=5.6; 95% CI; 1.97-11.06; p=0.047). Esses dados demonstram que o benzodiazepínico foi utilizado para controle de crise em pacientes com epilepsia refratária do lobo temporal. Nesse estudo observamos que ser mulher, ter transtorno de ansiedade ou de humor detectado pela entrevista clínica estruturada para desordens do eixo I do DSM-IVTR (SCID) está associado com altos níveis de ansiedade tanto na escala de BAI quanto na de Hamiltom. No BAI foi detectado altos níveis de ansiedade em pacientes com crises não controladas (OR=4.67; 95% CI 1.97-11.06; p<0.001). Na escala de ansiedade de Hamiltom encontramos altos níveis de ansiedade em pacientes com história familiar psiquiátrica. Não houve diferença estatisticamente significante nos níveis de ansiedade de pacientes que usavam e que não usavam benzodiazepínico cronicamente para o controle da epilepsia, diferente do que esperávamos. É plausível que o uso crônico de benzodiazepínicos possa induzir tolerância ao efeito ansiolítico desses fármacos em epilepsia. Estudos adicionais são necessários para definir melhores estratégias para o tratamento de transtornos de ansiedade em epilepsia.In this study we evaluate the anxiety levels in patients with temporal lobe epilepsy whether using or not a benzodiazepine for seizure control. We performed a cross-sectional study with 99 patients diagnosed with temporal lobe epilepsy that whether were using or not a benzodiazepine (clobazam or clonazepam) for seizure control. We evaluated the anxiety level of patients using as tools the Beck Anxiety Inventory (BAI) and the Hamilton Anxiety Scale (HAMA). Of the 99 patients, 15 (15.15%) used a benzodiazepine (Clobazam/Clonazepam) and 84 (84.84%) did not use a benzodiazepine for seizure control. In our sample, patients using a benzodiazepine were younger and had seizures early in life. Additionally, the use of a benzodiazepine was more frequent in patients with refractory epilepsy (OR =5.6, 95% CI 1.97-11.06; p=0.047). These data demonstrate the a benzodiazepine was utilized for seizure control in patients with temporal lobe refractory epilepsy. We identified that female sex patients with anxiety disorder or mood disorders detected by SCID demonstrate high anxiety levels measured both with BAI as well as with HAMA. High anxiety levels were detected with the use of BAI in patients with uncontrolled seizures (OR=4.67; 95% CI 1.97-11.06; p<0.001). With the use of Hamiltom we identified high anxiety levels in patients with a positive psychiatric family history. There was no statically significant difference in anxiety levels among patients utilizing or not not a benzodiazepine for seizure control, differently from what we expected. It is plausible that chronic use of benzodiazepines can induce tolerance to the anxiolytic effect of these drugs in epilepsy. Additional studies are needed to define better strategies for treatment of anxiety disorders in epilepsy.application/pdfporTranstornos de ansiedadeEpilepsiaBenzodiazepinasDiagnóstico duplo (Psiquiatria)Anxiety disordersEpilepsyBenzodiazepinePsychiatric comorbiditiesImpacto do uso de benzodiazepínicos no nível de ansiedade em pacientes com epilepsia do lobo temporalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2011mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000816411.pdf.txt000816411.pdf.txtExtracted Texttext/plain74049http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37036/2/000816411.pdf.txt8af551f0537c77fd07b40ba3f018f0d0MD52ORIGINAL000816411.pdf000816411.pdfTexto completoapplication/pdf606457http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37036/1/000816411.pdffc832f65d9717aa2654995280a081d6eMD51THUMBNAIL000816411.pdf.jpg000816411.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1193http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/37036/3/000816411.pdf.jpg1a3adf1a4763bed54395b1c5b5a622b4MD5310183/370362018-10-10 07:53:05.865oai:www.lume.ufrgs.br:10183/37036Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-10T10:53:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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