Ecologia química de pentatomídeos em Oryza sativa (Poaceae) : implicações no manejo com feromônio sexual sintético e nas interações tritróficas mediadas por fitormônios

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Thais Fernanda Stella de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/169950
Resumo: Substâncias químicas utilizadas nas interações entre espécies podem ser ferramentas no manejo de pragas agrícolas. Este trabalho objetivou avaliar o uso de feromônio sexual sintético no monitoramento populacional do percevejo-do-colmo Tibraca limbativentris Stål, 1860 (Hemiptera: Pentatomidae) e o uso de fitormônios na indução de defesa de plantas de arroz ao percevejo T. limbativentris e ao percejevo-dogrão Oebalus pugnax Fabricius, 1775 (Hemiptera: Pentatomidae). Zingiberenol é o feromônio sexual de T. limbativentris, e oito isômeros deste composto foram impregnados em septos de borracha, combinados 2 a 2, configurando os tratamentos Z1, Z2, Z3 e Z4. Em ensaios de olfatometria, o tratamento Z1 (3S, 6S, 7R + 3R, 6R, 7R) foi superior ao Z4 e ao controle e, no campo, foi superior a todos os demais, mesmo em área com população baixa. Da mesma forma que as relações entre insetos, interações insetoplanta são baseadas em compostos químicos. Plantas atacadas emitem voláteis derivados das rotas do ácido jasmônico (AJ) e do ácido salicílico (AS), que repelem herbívoros e recrutam inimigos naturais. Plantas da cultivar BR-IRGA 409 receberam os tratamentos 1) herbivoria de T. limbativentris; 2) aspersão de solução AJ 2mM; 3) AJ 5mM; 4) AS 8mM; 5) AS 16mM; e 6) controle (etanol) e foram submetidas a avaliação da emissão de compostos por CG-EM e CG-DIC e testes de olfatometria. O tratamento com AS 16mM modificou o perfil cromatográfico de forma semelhante ao tratamento herbivoria, aumentando a emissão de salicilato de metila, e modificou o comportamento de fêmeas de T. limbativentris e do parasitoide Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Scelionidae). A indução de defesa ao percevejo O. pugnax foi avaliada em plantas da cultivar Cocodrie utilizando metil jasmonato (MeJa), um derivado do AJ, como indutor. As plantas receberam os tratamentos 1) herbivoria de O. pugnax; 2) aspersão de solução MeJa 2mM; 3) MeJa 5mM; 4) AS 8mM; 5) AS 16mM; e 6) controle (etanol). A emissão de compostos foi avaliada por CG-EM e o desenvolvimento de ninfas e efeito nos componentes de rendimento foram avaliados em experimentos de casa de vegetação e campo. O tratamento com AS 16mM aumentou a emissão de salicilato de metila de forma semelhante ao tratamento herbivoria e dificultou o desenvolvimento e alimentação do percevejo. O hormônio AS induz defesas diretas e indiretas em arroz. Mais trabalhos devem ser feitos para verificar a dose adequada.
id URGS_860a04426e7393186ee78e50ebe18c3e
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/169950
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Freitas, Thais Fernanda Stella deSant'Ana, Josue2017-11-01T02:32:23Z2017http://hdl.handle.net/10183/169950001051738Substâncias químicas utilizadas nas interações entre espécies podem ser ferramentas no manejo de pragas agrícolas. Este trabalho objetivou avaliar o uso de feromônio sexual sintético no monitoramento populacional do percevejo-do-colmo Tibraca limbativentris Stål, 1860 (Hemiptera: Pentatomidae) e o uso de fitormônios na indução de defesa de plantas de arroz ao percevejo T. limbativentris e ao percejevo-dogrão Oebalus pugnax Fabricius, 1775 (Hemiptera: Pentatomidae). Zingiberenol é o feromônio sexual de T. limbativentris, e oito isômeros deste composto foram impregnados em septos de borracha, combinados 2 a 2, configurando os tratamentos Z1, Z2, Z3 e Z4. Em ensaios de olfatometria, o tratamento Z1 (3S, 6S, 7R + 3R, 6R, 7R) foi superior ao Z4 e ao controle e, no campo, foi superior a todos os demais, mesmo em área com população baixa. Da mesma forma que as relações entre insetos, interações insetoplanta são baseadas em compostos químicos. Plantas atacadas emitem voláteis derivados das rotas do ácido jasmônico (AJ) e do ácido salicílico (AS), que repelem herbívoros e recrutam inimigos naturais. Plantas da cultivar BR-IRGA 409 receberam os tratamentos 1) herbivoria de T. limbativentris; 2) aspersão de solução AJ 2mM; 3) AJ 5mM; 4) AS 8mM; 5) AS 16mM; e 6) controle (etanol) e foram submetidas a avaliação da emissão de compostos por CG-EM e CG-DIC e testes de olfatometria. O tratamento com AS 16mM modificou o perfil cromatográfico de forma semelhante ao tratamento herbivoria, aumentando a emissão de salicilato de metila, e modificou o comportamento de fêmeas de T. limbativentris e do parasitoide Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Scelionidae). A indução de defesa ao percevejo O. pugnax foi avaliada em plantas da cultivar Cocodrie utilizando metil jasmonato (MeJa), um derivado do AJ, como indutor. As plantas receberam os tratamentos 1) herbivoria de O. pugnax; 2) aspersão de solução MeJa 2mM; 3) MeJa 5mM; 4) AS 8mM; 5) AS 16mM; e 6) controle (etanol). A emissão de compostos foi avaliada por CG-EM e o desenvolvimento de ninfas e efeito nos componentes de rendimento foram avaliados em experimentos de casa de vegetação e campo. O tratamento com AS 16mM aumentou a emissão de salicilato de metila de forma semelhante ao tratamento herbivoria e dificultou o desenvolvimento e alimentação do percevejo. O hormônio AS induz defesas diretas e indiretas em arroz. Mais trabalhos devem ser feitos para verificar a dose adequada.Chemical substances used in interactions among species may become tools for agricultural pest management. This work aimed to evaluate the use of synthetic sex pheromone for population monitoring of the rice stem stink bug Tibraca limbativentris Stål, 1860 (Hemiptera: Pentatomidae) and the use of plant hormones to induce rice defence to T. limbativentris and Oebalus pugnax Fabricius, 1775 (Hemiptera: Pentatomidae). Zingiberenol is the sexual pheromone of T. limbativentris. Eight isomers of this compound were impregnated in rubber septums, combined 2 to 2, configuring treatments Z1, Z2, Z3 and Z4. In olfactometry assays, Z1 (3S, 6S, 7R + 3R, 6R, 7R) was preferred over Z4 and check and, in field assays, over all the others isomers, even with a low population area. Like insects relationships, insect-plant interactions are based on chmical compounds. Plants under insect attack emit volatiles derived from routes of jasmonic acid (JA) and salicylic acid (SA), which repel herbivores and recruit natural enemies. Plants of BR-IRGA 409 variety received the treatments 1) herbivory of T. limbativentris; 2) spray until run off a JA 2mM solution; 3) JA 5mM 4) SA 8mM; 5) SA 16mM; and 6) check (ethanol) and were submitted to evaluation of volatiles compound emission by GC-MS and GC-FID and olfactometry tests. Treatment with SA 16mM modified chromatographic profile as the herbivory treatment, increasing methyl salicylate emission and changing the behavior of T. limbativentris and of the females of it parasitoid, Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Scelionidae). Defense induction to thestink bug O. pugnax was evaluated in plants of Cocodrie veriety using methyl jasmonate (MeJa), a JA derivative, as elicitor. Plants were treated with 1) herbivory of O. pugnax; 2) spray 30 mL of MeJA 2mM solution; 3) MeJa 5mM; 4) SA 8mM; 5) SA 16mM; and 6) check (ethanol). Compound emission was evaluated by GCMS. Nymph development and yield components were evaluated in greenhouse and field experiments. Treatment with SA 16mM increased methyl salicylate emission, just like herbivory treatment, and made the nymph feeding and development more difficult. Salicylic acid elicits direct and indirect efenses in rice. Additional work should be done check the proper dose.application/pdfporPercevejoArroz irrigadoFeromônioControle biológicoEcologia química de pentatomídeos em Oryza sativa (Poaceae) : implicações no manejo com feromônio sexual sintético e nas interações tritróficas mediadas por fitormôniosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaPorto Alegre, BR-RS2017doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001051738.pdf001051738.pdfTexto completoapplication/pdf2006469http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/169950/1/001051738.pdf2c882abd59a0279d97a56ac44e340879MD51TEXT001051738.pdf.txt001051738.pdf.txtExtracted Texttext/plain213021http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/169950/2/001051738.pdf.txtbc699468beef5d204cf16b491cb955d5MD52THUMBNAIL001051738.pdf.jpg001051738.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1151http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/169950/3/001051738.pdf.jpgc59012a01b6e2154ab030069ed3cd79fMD5310183/1699502023-08-12 03:47:11.007896oai:www.lume.ufrgs.br:10183/169950Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-08-12T06:47:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Ecologia química de pentatomídeos em Oryza sativa (Poaceae) : implicações no manejo com feromônio sexual sintético e nas interações tritróficas mediadas por fitormônios
title Ecologia química de pentatomídeos em Oryza sativa (Poaceae) : implicações no manejo com feromônio sexual sintético e nas interações tritróficas mediadas por fitormônios
spellingShingle Ecologia química de pentatomídeos em Oryza sativa (Poaceae) : implicações no manejo com feromônio sexual sintético e nas interações tritróficas mediadas por fitormônios
Freitas, Thais Fernanda Stella de
Percevejo
Arroz irrigado
Feromônio
Controle biológico
title_short Ecologia química de pentatomídeos em Oryza sativa (Poaceae) : implicações no manejo com feromônio sexual sintético e nas interações tritróficas mediadas por fitormônios
title_full Ecologia química de pentatomídeos em Oryza sativa (Poaceae) : implicações no manejo com feromônio sexual sintético e nas interações tritróficas mediadas por fitormônios
title_fullStr Ecologia química de pentatomídeos em Oryza sativa (Poaceae) : implicações no manejo com feromônio sexual sintético e nas interações tritróficas mediadas por fitormônios
title_full_unstemmed Ecologia química de pentatomídeos em Oryza sativa (Poaceae) : implicações no manejo com feromônio sexual sintético e nas interações tritróficas mediadas por fitormônios
title_sort Ecologia química de pentatomídeos em Oryza sativa (Poaceae) : implicações no manejo com feromônio sexual sintético e nas interações tritróficas mediadas por fitormônios
author Freitas, Thais Fernanda Stella de
author_facet Freitas, Thais Fernanda Stella de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Freitas, Thais Fernanda Stella de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Sant'Ana, Josue
contributor_str_mv Sant'Ana, Josue
dc.subject.por.fl_str_mv Percevejo
Arroz irrigado
Feromônio
Controle biológico
topic Percevejo
Arroz irrigado
Feromônio
Controle biológico
description Substâncias químicas utilizadas nas interações entre espécies podem ser ferramentas no manejo de pragas agrícolas. Este trabalho objetivou avaliar o uso de feromônio sexual sintético no monitoramento populacional do percevejo-do-colmo Tibraca limbativentris Stål, 1860 (Hemiptera: Pentatomidae) e o uso de fitormônios na indução de defesa de plantas de arroz ao percevejo T. limbativentris e ao percejevo-dogrão Oebalus pugnax Fabricius, 1775 (Hemiptera: Pentatomidae). Zingiberenol é o feromônio sexual de T. limbativentris, e oito isômeros deste composto foram impregnados em septos de borracha, combinados 2 a 2, configurando os tratamentos Z1, Z2, Z3 e Z4. Em ensaios de olfatometria, o tratamento Z1 (3S, 6S, 7R + 3R, 6R, 7R) foi superior ao Z4 e ao controle e, no campo, foi superior a todos os demais, mesmo em área com população baixa. Da mesma forma que as relações entre insetos, interações insetoplanta são baseadas em compostos químicos. Plantas atacadas emitem voláteis derivados das rotas do ácido jasmônico (AJ) e do ácido salicílico (AS), que repelem herbívoros e recrutam inimigos naturais. Plantas da cultivar BR-IRGA 409 receberam os tratamentos 1) herbivoria de T. limbativentris; 2) aspersão de solução AJ 2mM; 3) AJ 5mM; 4) AS 8mM; 5) AS 16mM; e 6) controle (etanol) e foram submetidas a avaliação da emissão de compostos por CG-EM e CG-DIC e testes de olfatometria. O tratamento com AS 16mM modificou o perfil cromatográfico de forma semelhante ao tratamento herbivoria, aumentando a emissão de salicilato de metila, e modificou o comportamento de fêmeas de T. limbativentris e do parasitoide Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Scelionidae). A indução de defesa ao percevejo O. pugnax foi avaliada em plantas da cultivar Cocodrie utilizando metil jasmonato (MeJa), um derivado do AJ, como indutor. As plantas receberam os tratamentos 1) herbivoria de O. pugnax; 2) aspersão de solução MeJa 2mM; 3) MeJa 5mM; 4) AS 8mM; 5) AS 16mM; e 6) controle (etanol). A emissão de compostos foi avaliada por CG-EM e o desenvolvimento de ninfas e efeito nos componentes de rendimento foram avaliados em experimentos de casa de vegetação e campo. O tratamento com AS 16mM aumentou a emissão de salicilato de metila de forma semelhante ao tratamento herbivoria e dificultou o desenvolvimento e alimentação do percevejo. O hormônio AS induz defesas diretas e indiretas em arroz. Mais trabalhos devem ser feitos para verificar a dose adequada.
publishDate 2017
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-11-01T02:32:23Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2017
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/169950
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001051738
url http://hdl.handle.net/10183/169950
identifier_str_mv 001051738
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/169950/1/001051738.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/169950/2/001051738.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/169950/3/001051738.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 2c882abd59a0279d97a56ac44e340879
bc699468beef5d204cf16b491cb955d5
c59012a01b6e2154ab030069ed3cd79f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1810085423751364608