Doenca hepatica cronica pelo virus c : relacao entre quantificacao viral, aspectos demograficos, laboratoriais e histopatologicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cheinquer, Hugo
Data de Publicação: 1996
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/139230
Resumo: Com o objetivo de avaliar as características operacionais da quantificação do RNA do vírus da hepatite C (VHC) pelo método do DNA ramificado (bDNA) e correlacionar a taxa de viremia com aspectos demográficos, laboratoriais e histopatológicos da doença hepática crônica C, foram estudados prospectivamente, no período de julho de 1991 à julho de 1992, 1 07 pacientes provenientes do ambulatório do Serviço de Hepatologia da Universidade de Miami, Flórida, E.U.A.. Todos apresentavam elevação das aminotransferases por mais de seis meses, anticorpos anti-VHC positivos por ELISA 11 e RIBA 11, RNA do VHC positivo por reação em cadeia da polimerase pós-transcriptase reversa (RT-PCR) e diagnóstico histopatológíco de hepatite crônica ou cirrose. Quanto ao sexo, 68 dos 107 (63,6%) pacientes eram homens e 39 (36,4%) eram mulheres. A idade variou entre 29 e 84 anos (média de 46,2 +/- 12,6 anos). Com relação à cor, 93 dos 107 (86,9%) pacientes eram brancos, 13 (12,1%) eram pretos e 1 (0,9%) amarelo. Como controles, foram selecionados 41 indivíduos com anticorpos anti-VHC negativos por ELISA li e RIBA 11 e negativos para oRNA do VHC por RT-PCR, compreendendo 11 pacientes avaliados ambulatorialmente no mesmo período (6 com cirrose biliar primária e 5 com hepatite crônica B), além de 30 voluntários saudáveis. Do total de 107 pacientes positivos para o RNA do VHC por RT-PCR, o teste bONA foi positivo em 88 (sensibilidade de 82,2%), sendo negativo em todos os controles (especificidade de 1 00% ). A concordância observada entre ambos os testes foi de 87,2%, com índice "kappa" de 0,74. A correlação entre os aspectos demográficos e o grau de atividade histopatológica mostrou que os pacientes com cirrose (CIR) possuíam idade média significativamente superior aqueles diagnosticados como hepatite crônica ativa (HCA) (52,4 +/- 14,3 versus 46,8 +/- 12,3 anos; p<0,02) ou hepatite crônica persistente (HCP) (52,4 +/- 14,3 versus 40,8 +/- 8,9 anos; p<0,0002). A m.édia da aminotransferase do aspartato (AST) mostrou-se significativamente superior no grupo CIR quando comparado aos grupos HCA (139,5 +/- 81,4 versus 96,4 +/- 40,2 UI/I; p<0,009) e HCP (139,5 +/- 81,4 versus 87,5 +/- 40,2 UI/I; p<0,009). A quantificação do RNA do VHC por bDNA não apresentou relação com os aspectos demográficos e laboratoriais dos pacientes com doença hepática crônica C. Porém, com relação a atividade histopatológica, observou-se que os indivíduos do grupo HCA apresentaram taxa média de viremia significativamente superior aos grupos HCP (16.908.490 +/- 13.654.660 versus 3.796.030 +/- 8.075.090 eq RNA-VHC/ml; p<O,OOOO) e CIR (16.908.490 +/- 13.654.660 versus 4.200.030 +/- 5.543.480 eq RNA-VHC/ml; p<O,OOOO). Concluindo, entre os vários resultados que confirmam dados anteriores ou ampliam os conhecimentos relativos a alguns aspectos da doença hepática crônica C, destaca-se a elevação progressiva da idade com relação à progressão da atividade histopatológica, a concordância substancial entre a quantificação viral por bDNA e a detecção do RNA do VHC por RT-PCR, além do achado de maior taxa média de viremia nos pacientes com HCA em relação aos demais grupos, aqui objetivamente demonstrada.
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